Época de Natal é um período em que fazemos profundas reflexões, um balanço de como está a vida, aquilo que deu certo e o que não deu, o que fizemos de correto e o que podemos, ou melhor, precisamos melhorar. É exatamente assim que estou me sentindo, buscando paz interior, depois desse ano tão difícil e que sucedeu outro ano igualmente complicado. Não me atrevo a considerar que os meus problemas são maiores, quando percebo os vários privilégios que tenho, desde um lugar seguro para morar, todos os que amo estão vivos e bem, além uma rede familiar que me garante apoio incondicional, além de tantas outras regalias.
A
paz interior também chamada de paz mental é um coloquialismo que se refere ao
estado de estar mentalmente ou espiritualmente em paz, com consciência e compreensão
para encarar conflitos, ansiedade, estresse ou frustração. Minha mãe sempre diz:
“A paz não tem preço”, “Nada tira a minha paz”, “Não perca a sua paz”, “Fique
em paz”... São frases que ouço com muita frequência e em algumas situações fico
perturbada porque não consigo ter toda essa tranquilidade de espírito. Compreendo
então, que se trata de uma infinita busca e como tal, possui caminhos secretos
e únicos que precisam ser descobertos individualmente.
Costumamos
pensar que os sentimentos da alma são consequências da casualidade
temperamental e da força divina. Dificilmente lembramos que a conexão entre
sentimento e ambiente está profundamente associada com a responsabilidade que
temos em estimular a tranquilidade e o equilíbrio ou a angústia e o desespero.
Geralmente lamentamos determinadas situações e acabamos esquecendo a raiz do
sofrimento, mas se fizermos uma análise e observarmos com bom senso, com
certeza enxergaremos a razão da aflição. Delegar nossa alegria, nossa
segurança, nosso bem-estar e nosso tempo a outra pessoa é prenúncio de uma vida
infeliz.
“Muitas
das circunstâncias da vida são criadas por três escolhas básicas: as disciplinas
que você decide manter, as pessoas com quem você decide estar e as leis que
você decide obedecer” - Charles Millhuff. Se sentir em paz, viver em paz e
dormir em paz são efeitos do cuidado que precisamos ter ao fazer as nossas
escolhas, da atenção que damos para as consequências de nossos atos e do
empenho em desfrutar da verdade. O destino é fruto de nossas escolhas e por
isso precisam ser acertadas e conscientes, pois elas são de nossa própria
responsabilidade.
A
paz interior nada mais é do que uma profunda calma e de acordo com especialistas,
para alcançar essa paz é preciso silenciar os pensamentos para conseguir se
conectar a si próprio. Acreditar na paz ajuda a desenvolver estágios mentais
mais extensivos, partindo da indiferença, da baixa autoestima e nos conduzindo
no sentido da saúde mental e emocional. Se quiser atingir essa tão desejada
harmonia, não busque a aprovação de ninguém, a paz interior vem de assumir e
respeitar suas escolhas, mas para tê-la não tente controlar tudo e todos, é
inútil. Cada indivíduo é único.
Perdoe
e se perdoe, praticar o auto perdão é essencial na busca da paz mental. É
importante eliminar os pensamentos negativos e repetitivos, viva sem culpa e
sempre seja grato. Observar a natureza é um ótimo exercício, pois acalma os
pensamentos e funciona como um ponto de equilíbrio que envolve a vida. Não
devemos nos apegar às decepções e sim cultivar a gratidão. Esse é o caminho e pode
nos auxiliar para ter mais paz interior. Aproveitem o espírito natalino para
refletir sobre a vida e fazer as mudanças necessárias que promovem uma saúde
plena. Sigo tentando!
FELIZ NATAL!!!