Você tem saudade do quê? De pessoas queridas que partiram, seja porque faleceram ou que simplesmente foram embora?... Eu também, muita. De algo importante? De momentos especiais? Essa pergunta provoca uma série de sensações, às vezes, difíceis de contextualizar. Exemplo: Eu tenho saudade da minha adolescência e juventude. Mas não é saudade daquilo que de fato vivi naquele período e sim, daquilo que poderia ter vivido se a maturidade tivesse sido suficiente. É doido isso, e cruel também. Cobrar maturidade de uma menina que está descobrindo a vida, já que só se atinge esse senso a partir das experiências vividas. Não faz sentido, é contraditório.
O
termo “saudade” só existe em português e é uma das palavras da língua
portuguesa mais presentes nas poesias de afeto e nas músicas populares, pois
descreve exatamente, a mistura dos sentimentos de amor, distância, falta e
perda. É um substantivo feminino e trata-se de um sentimento nostálgico e
melancólico provocado pela distância ou ausência de uma pessoa, uma coisa, um
lugar, ou é motivado pela vontade de reviver experiências, situações e momentos
prazerosos já vividos. O fato é que, sentir saudade vai mais além do que
lembrar e recordar, na verdade, sentir saudade é experimentar um dos
sentimentos mais dolorosos que existem.
Sentir
saudade é muito mais do que recordar os bons momentos que vivemos com outra pessoa.
Mesmo que ela não esteja mais presente em nossas vidas, ocasionalmente, as
recordações irão nos devastar, com certa frequência. Vivenciar a saudade
consiste no vazio que é gerado em nós quando alguém querido se vai. A saudade
dói e essa dor resulta da falta que sentimos de uma avó querida que faleceu, de
um amor da adolescência, de um estimado amigo, dos momentos felizes da nossa
infância. Não queremos ficar aflitos pela dor da saudade, mas é algo impossível
de controlar. Sentimos uma pressão no peito e as lágrimas acabam brotando dos
olhos.
A
saudade é mais do que lembrar e sofrer, quando é intensa provoca um buraco na
alma que não é possível preencher com nada, é se deparar com o vazio que uma
partida nos causou. Não é só lembrar, é almejar por uma pessoa e também pelos
momentos únicos vividos com ela. Mas é necessário seguir em frente e continuar
com a vida, preservando as memórias. No campo dos sentimentos, o sofrimento
ocorre justamente, porque não podemos mais ter aquele ou aquilo que tínhamos.
Conforme o tempo vai passando, as recordações vão deixando de doer e o vazio
deixado pelas lembranças não mais nos impedem de seguir adiante.
Existem processos que podem ajudar muito, quando sentimos saudade de pessoas amadas e também podem oportunizar e melhorar as relações interpessoais: reforçar o vínculo com pessoas queridas - isso fortifica a ideia de bem-estar e segurança; se permitir e cuidar do seu mundo interior - é um dos eixos que mantém o seu equilíbrio emocional e proporciona um bem-estar psicológico; se fortalecer - você se sente desafiado a se adaptar e desenvolver novas habilidades, te fortalecendo emocional e mentalmente. Nem sempre, sentir saudade é um sinônimo automático de tristeza, ela pode auxiliar na busca de paz interior e no crescimento emocional.
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