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terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

O medo

Você tem medo de quê? “... É muito lucrativo que o mundo tenha medo; medo da gripe, são mais uns medicamentos; vem outros vírus reforçar os dividendos. Medo da crise, do crime; como já vimos num filme; medo de ti e de mim; medo dos tempos...” (MEDO DO MEDO. Os Paralamas do Sucesso. Álbum: Sinais do Sim. 2017). Estava refletindo na letra dessa música e além de ficar pensando sobre meus medos pessoais e íntimos, fiquei impressionada com o quão atual ela é. Parece que quando foi lançada, fez uma previsão do que iríamos enfrentar em 2020, quando começou a Pandemia da Covid-19.

Tudo o que a gente quer pode estar do outro lado do medo. (Reprodução internet)

De acordo com a psicologia, o medo é um estado afetivo suscitado pela consciência do perigo ou que, ao contrário, suscita essa consciência. Trata-se de uma sensação desagradável desencadeada pela percepção de perigo, real ou imaginário, é temor, ansiedade irracional ou fundamentada, um receio. Tanto o excesso quanto a falta do medo é prejudicial à vida do ser humano. O medo não é um indício de fraqueza ou covardia, é uma reação involuntária e natural que convivemos durante vários momentos da vida. Se nunca sentíssemos medo, certamente não viveríamos por muito tempo, pois é essa emoção que nos faz pensar antes de agir.

O medo é uma barreira que nos auxilia a pensar nos riscos e nas consequências de nossos atos, ele também é um retorno imediato nas situações em que ficamos amedrontados e temos que tomar uma atitude. Medo está relacionado com o instinto de sobrevivência. Nosso cérebro é ativado de forma involuntária quando sofre os estímulos estressantes e libera substâncias que fazem disparar o coração, deixam a respiração ofegante e contraem os músculos, sendo denominada como reação de luta ou reação de fuga. Essa emoção é um mecanismo de proteção que nos mantém vivos, mas quando o medo evolui, pode se tornar uma fobia.

Se o medo provoca um comprometimento expressivo no dia a dia e nas relações dos indivíduos, significa que se transformou em fobia, que é algo extremo e excessivo. A fobia é um medo desproporcional e exagerado, muito além do que é considerado normal. Há vários tipos de fobias e a cura só é possível com tratamentos que trabalhem as causas e os sintomas, como a terapia por exemplo. Ter medo é normal e vai continuar acontecendo independente da nossa vontade, mas não podemos deixar que isso prejudique a nossa vida. Existe uma palavra que é pouco falada, a “Agorafobia”, cujo significado é bem mais conhecido, trata-se do medo de sentir medo.

Agorafobia é um transtorno de ansiedade que geralmente se desenvolve depois de um ou mais ataques de pânico. Os sintomas incluem medo de lugares e situações que possam causar sensação de pânico, aprisionamento, impotência ou constrangimento. O tratamento inclui psicoterapia e medicamentos. Para superar essas mazelas, é possível colocar em prática dicas importantes, como: aceitar os seus medos, escrever sobre eles - isso eu faço e garanto que ajuda bastante, cultivar os pensamentos positivos, ressaltar as suas vitórias, conversar sobre os seus medos com amigos e familiares, focar na sua respiração e fazer terapia - que também não abro mão. Autocontrole e autoconhecimento são fundamentais.

@marciamacedostos

terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Mamografia

Desde a minha adolescência tenho medo da mamografia, só de imaginar aquela máquina apertando, ou melhor, amassando o meu peito, dava pavor. Certa vez, acompanhei a minha mãe nesse exame, foi por acaso e eu não entedia direito do que se tratava, só lembro-me dela saindo meio chorosa da sala restrita. Na verdade, eu nunca soube se essa impressão que tive, foi real ou fruto da minha imaginação. A minha única certeza é que tenho muita sensibilidade nos seios e não gostava de sequer me imaginar fazendo a mamografia.

Mamografia é como um Raio X das mamas, que pode ser feita de forma convencional ou digital. (Reprodução internet)

Era bom idealizar que meu momento de fazer a mamografia seria uma realidade distante. Mas, não é que minha hora chegou?! Sempre ouvi falarem horrores desse exame, mulheres dizem que dói, algumas falam que a dor é terrível e o desconforto é descomunal. Tanto comentários negativos me fizeram detestar a ideia. Nunca tive boa relação com a dor, morria de medo do parto natural também, desde adolescente planejava fazer cesariana, para não passar pela dor de parir e assim aconteceu, meu filho nasceu de parto cesária. Já contei essa história aqui no blog.

Sei que pode parecer bobagem, mas para mim não é, por isso decidi falar sobre o assunto. Para desfazer a ideia que pode passar pela cabeça de muitas mulheres que como eu, sente medo de fazer mamografia. Como disse, a minha vez chegou, pesquisei muito, assisti vídeos de especialistas, ávida por dicas para passar pelo exame sem sentir dor, mas de nada adiantava, pois conforme ia chegando o dia, o nervosismo só aumentava. Pensei em tomar analgésico, anti-inflamatório e até calmante. Acreditam? Na hora H, eu me tremia toda. Sensação horrível!

Fui com medo mesmo e fiz a mamografia, até porque desistir não era uma opção, até porque tenho muito mais medo da doença. Sou meio paranoica! Graças a Deus, o medo não me paralisa, mas sei que isso acontece com muitas pessoas, comprovei isso nas minhas pesquisas. Conclusão: “É desconfortável, porém suportável”. Muitas mulheres não fazem esse importante exame por receio, só que é necessário fazer, porque se ele é realizado no tempo indicado pode prevenir o câncer de mama, e se a doença for descoberta precocemente, aumenta muito a chance de cura.

A mamografia, também chamada de mastografia, é um exame de rastreio por imagem, cuja finalidade é estudar o tecido mamário. Esse tipo de exame pode detectar um nódulo, mesmo que ele ainda não seja palpável. O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente entre as mulheres e de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer é o principal problema de saúde pública no mundo, estando entre as quatro principais causas de morte prematura na maioria dos países. Portanto, fazer os exames periódicos é vital para que as estatísticas diminuam.

Trata-se de um exame radiológico de alta resolução realizado nas mamas, que apresenta imagens detalhadas capazes de identificar precocemente o câncer de mama, antes mesmo que a mulher sinta os sintomas. Cerca de 01 a cada 10 mulheres desenvolvem o câncer de mama em algum momento da vida e a periodicidade da mamografia permite que 95% dos casos sejam diagnosticados com maiores chances de cura. É recomendável que a partir dos 40 anos de idade, todas as mulheres façam mamografia regularmente e para aquelas que possuem histórico familiar de câncer de mama, o ideal é fazer anualmente a partir dos 35 anos, ou antes. Fica dica!

Cuidar da saúde é essencial!

@marciamacedostos

terça-feira, 8 de junho de 2021

Assédio

Assédio é um conjunto de sinais ao redor ou em frente a um local determinado, estabelecendo um cerco com a finalidade de exercer o domínio, ou seja, trata-se de insistência inconveniente, impertinente, persistente e duradoura, perseguição, sugestão ou pretensão constantes em relação a alguém. Que nós mulheres convivemos diariamente com o assédio, não é segredo para ninguém. Infelizmente! Além de viver essa realidade, passei a me interessar mais sobre os detalhes desse tipo de impertinência em 2016, quando em equipe, fizemos uma pesquisa profunda sobre o assunto.

A regra é clara: Não é não. (Reprodução internet)

O estudo foi realizado para o nosso TCC - Trabalho de Conclusão de Curso, na graduação de Comunicação Social e Jornalismo, cujo tema foi “Assédio sexual e vestuário feminino nos espaços públicos de Salvador”. Nosso trabalho teve o objetivo de analisar a prática comum do assédio sexual vivido pela mulher nos espaços públicos da capital baiana e a relação que esse tipo de ação possui com o vestuário feminino. Foram investigados os aspectos sociais, históricos e de gênero que explicam as contradições da sociedade, assim como as causas e consequências.

Conforme pesquisas, no Brasil, aproximadamente 64% das mulheres afirmam que já sofreram algum tipo de assédio na rotina diária. Essas pesquisas apontam que os locais mais comuns de ocorrerem assédios são os lugares públicos com cerca de 47% e o transporte público com cerca de 40%. O levantamento apontou ainda que o ônibus com 76% e metrô com 25%, são os dois locais onde as mulheres informam haver mais episódios de assédio. Situações como locomoção noturna, regiões violentas, ambientes lotados, locais desconhecidos e pontos de ônibus, também são considerados de risco.

Aproximadamente metade das mulheres brasileiras vivem essa angústia e declaram que já sofreram assédio sexual no ambiente de trabalho, mas apesar dos dados, o senso de impunidade e o medo acabam desencorajando as denúncias. A ineficiência de políticas internas relacionadas à essa prática absurda no âmbito profissional e principalmente, o receio da exposição, só fortalecem a falta de coragem em denunciar. Muitas dessas mulheres acabam se sentindo culpadas pelo assédio que sofreu, elas preferem conviver com o silêncio, a solidão e a sensação de impotência.

As mulheres desenvolvem problemas de autoestima e ansiedade, pois sofrem variadas maneiras de assédio em público, como o assobio inconveniente, os comentários de cunho sexual, os olhares insistentes, seus corpos tocados sem permissão, os xingamentos, homens que se exibem de forma inadequada e o pior de tudo, estupros em locais públicos. O assédio sexual é um tipo de violência que ocasiona vários problemas para a vida das mulheres. Nós temos o direito de ser quem somos, sem ter que sofrer qualquer tipo de consequência negativa, abuso e violência por causa disso.

Meu corpo não é público. (Reprodução internet)

O assédio sexual é um tipo de violência banalizada, que segue na contramão dos direitos garantidos a mulher, principalmente o de ir e vir, a partir do momento que elas sentem medo de andar nos espaços públicos. O ato de naturalizar isso pode estar relacionado ao fato de que o corpo da mulher é considerado como algo público, pela sociedade machista e preconceituosa em que vivemos. Trata-se do reflexo de uma cultura que não percebe a mulher como sujeito, essa cultura machista que enxerga a mulher como objeto passivo do desejo masculino.

Não é normal sair de casa com medo de entrar para uma estatística que simboliza uma das maiores formas de torturas e desigualdade de gênero, isso pode prejudicar até a nossa saúde mental. Essa realidade precisa ser combatida e modificada, urgentemente, pois fere uma das premissas básicas do Estado Democrático de Direito, que é a dignidade da pessoa humana. Apesar da influência patriarcal ser forte em nossa sociedade, é necessário mais educação e conscientização do problema para reduzir o assédio e promover a prática constante do respeito.

@marciamacedostos

terça-feira, 27 de abril de 2021

Planeta Azul

“Visto de longe, o Planeta Terra é um pálido ponto azul. Nele, todos a quem ama, todos a quem conhece não conheceu. Qualquer um, sobre quem você ouviu falar, cada ser humano que já existiu, viveu a sua vida, suas alegrias e suas tristezas, nesse pontinho menor que um grão de areia. É onde cada rei e cada plebeu, cada explorador e cada destruidor, cada pai e cada mãe, cada casal apaixonado e cada criança esperançosa viveu e viverá, em um grãozinho de poeira, um planeta azul, um planeta também efêmero.” (ORQUESTRA OURO PRETO. O Planeta Azul. 2018)

22 de abril é o Dia Internacional do Planeta Terra, uma data separada para pensarmos em um desenvolvimento mais sustentável e saudável, muito necessário para a qualidade de vida das futuras gerações. Citei a palavra “pensarmos” mas na verdade deveria dizer “agirmos”, é preciso ter atitude e com muita urgência, pois, se as coisas continuarem do jeito que está, infelizmente os nossos descendentes não terão mais um planeta para chamar de seu. O verso acima me fez refletir bastante sobre as minhas ações e principalmente, sobre o que eu posso melhorar em prol de um bem maior.

"A poluição, a ganância e a estupidez são as maiores ameaças ao planeta." - Stephen Hawking (Reprodução internet)

O problema é muito grande e é proporcional ao tamanho da responsabilidade de cada indivíduo. Não adianta fingir que não é com você, pois cada um de nós precisa assumir o compromisso de cuidar da nossa casa, do nosso habitat natural. Não é possível que você consiga passar despercebido diante de todos os problemas ambientais que estamos enfrentando. Sabia que através de atitudes simples, nós podemos mudar o rumo dessa história? Mas isso tem que ser feito em grupo, uma grande equipe, só os bons hábitos poderão transformar a nossa realidade.

Efêmero é algo breve, de curta duração, é passageiro e transitório. E saber que o Planeta Terra é efêmero, assusta e dá medo, não por mim mesma, até porque a vida é breve e a única certeza que temos é da morte. Mas, se parar para pensar na nossa descendência, preocupa bastante. Nossos filhos, netos e bisnetos vão precisar viver num lugar favorável e se a gente não cuidar e proteger o meio ambiente hoje, agora, já... Que habitat deixaremos para eles? Não podemos destruir, precisamos cuidar e preservar.

O Planeta Terra, também conhecido como Mundo ou Planeta Azul é um grupo de milhões de organismos vivos, que possui o poder de preservação da vida. É o único planeta do Sistema Solar que possui água no estado líquido que somado ao oxigênio faz com que exista a vida. É composto em sua maior parte por água e por esse motivo, é chamado de Planeta Azul. Existem grandes e imensuráveis forças que moldam o nosso planeta e elas manifestam a todo instante, qual é o nosso papel, indispensável na história e no equilíbrio do globo terrestre.

Nosso planeta está passando por sérios problemas ambientais e grande parte desses problemas são provocados pela ação humana, que desmata, polui e usa de forma indiscriminada e irresponsável os recursos naturais. Nós podemos amenizar esses impactos ambientais e evitar que uma gravidade maior aconteça. Se cada cidadão mudar pelo menos um hábito ruim em relação ao universo, unidos somos capazes de refrear o impacto negativo e recuperar as condições, atualmente drásticas, do meio ambiente.

Atitudes que podem salvar o mundo: apoiar causas ambientais; descartar corretamente o lixo; economizar água; eliminar o uso de canudos, sacolas plásticas e descartáveis em geral; evitar o consumismo; não comprar e nem vender animais silvestres; não pescar em períodos de reprodução; não sujar as praias e as ruas; optar por alimentos orgânicos; plantar árvores; poupar energia; preservar a vegetação nativa e os cursos d’água; preservar as árvores; reaproveitar materiais; reciclar o lixo; tentar reduzir o consumo de carne vermelha; utilizar transportes limpos; informar e conscientizar outras pessoas.

Cuidar da Mãe Terra é proteger a si mesmo e o futuro da humanidade, afinal nós somos da Terra e a Terra é nossa, então vamos fazer a nossa parte todos os dias, pois juntos somos mais fortes, juntos somos um só. Menosprezar a necessidade de preservar o meio ambiente é caminhar a passos largos para a extinção.

“A responsabilidade social e a preservação ambiental significa um compromisso com a vida.” (João Bosco da Silva)

@marciamacedostos

terça-feira, 9 de novembro de 2021

Marília Mendonça - uma potência

A tragédia do dia 05 de novembro de 2021 (sexta-feira) tirou a vida da cantora Marília Mendonça - 26 anos e de mais outras quatro pessoas: Abicieli Silveira Dias, tio e assessor da cantora; Henrique Ribeiro, produtor geral da artista; Geraldo Martins, piloto e Tarciso Pessoa, copiloto. O avião de pequeno porte decolou de Goiânia - Goiás e caiu em uma cachoeira na serra de Caratinga, no Vale do Rio Doce, interior de Minas Gerais. O acidente que calou a “rainha da sofrência”, uma das vozes mais potentes dos últimos tempos, deixou o Brasil triste e impactado, sem acreditar na realidade dos fatos.

"É bem melhor falar a verdade, do que depois se arrepender." (Reprodução internet)

A sensação que eu tive foi de descrença naquilo que estava assistindo, no primeiro momento, achei que o avião não tinha caído e sim feito um pouso de emergência, pelo cenário apresentado, a aeronave parecia “preservada”. Segundo especialistas responsáveis pelo resgate, provavelmente, as cinco vítimas morreram na hora do impacto. Era quase impossível estarem com vida em consequência da desaceleração que provoca ruptura de grandes vasos e causa hemorragia, além de politraumatismo e graves lesões. O motivo das mortes ainda está sendo investigado e será divulgado posteriormente.

A morte de Marília Mendonça acentua a dor de um país inteiro que já está muito machucado por causa das perdas provocadas pela Pandemia e por todas as mazelas que estamos vivendo. O que mais me doeu nessa fatalidade foi pensar no filhinho da Marília, o Léo de 01 ano e 10 meses, isso dilacerou meu coração. O maior medo de uma mãe é perder o filho ou perder a vida e deixar o filho, tenho certeza que se de alguma forma ela percebeu a tragédia se aproximando, foi no Léo que ela pensou, foi em nome dele que ela chamou por Deus. Acredito que na hora do desespero todos eles pensaram nos filhos pequenos.

É angustiante pensar nas mães das vítimas desse desastre e de tantos outros, mãe nenhuma está preparada para perder um filho, isso vai contra a lei natural da vida. É impossível mensurar o tamanho da dor que é perder um filho, dói só de imaginar. Só peço a Deus que console e traga conforto aos corações de todos. Como diz sabiamente o Padre Fábio de Melo: “Não é só uma voz que se cala; é uma filha que se foi, é uma mãe que não volta. Quantos morrem naquele que morre? Com você Marília, morreu uma multidão.”, é isso, são muitos que morrem em um só.

Marília Mendonça ajudou a criar e era a principal voz do “feminejo”, uma vertente do sertanejo protagonizado pelas mulheres. Com talento, voz intensa e grave, ela sempre foi uma mulher a frente do seu tempo, que cantava as alegrias, os amores e as dores do mulheril, como traições e sofrimentos amorosos, mas não numa perspectiva frágil e submissa, sua postura era totalmente empoderada e dona da razão. A artista simplesmente quebrou paradigmas com o objetivo claro de encorajar pessoas. Abriu caminho para a total visibilidade das mulheres em um universo dominado pelos homens.

Com intensidade e carisma, a cantora e compositora mostrou que as mulheres podem e devem assumir o controle do próprio destino, ajudando a empoderar inúmeras de nós e a provar do que somos capazes. Ela ensinou através da música que a mulher deve se amar, se entender, superar, cuidar da autoestima, deixar a insegurança de lado e prezar pela liberdade, autonomia de ser quem é, encarando sem medo o preconceito e a misoginia. Trata-se de uma verdadeira revolução, com um olhar feminino e a força do feminismo.

Todo esse acontecimento triste e difícil de aceitar e compreender, me fez refletir bastante sobre a finitude da vida, sobre aquela frase tão clichê e real: “a vida é um sopro”. Realmente, a vida é breve e pensar que o momento seguinte é uma incógnita, que ele pode simplesmente não existir, tem que servir para a gente ressignificar muita coisa dentro de nós e valorizar todos os dias o que realmente importa. “Dá um sorriso aí pra mim, não fica assim, quero te ver feliz. Sei que o mundo anda pesado demais, que seja leve o que vier, fique em paz.” - By Marília Mendonça (in memorian).

@marciamacedostos

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Solidariedade

Solidariedade é o compromisso pelo qual as pessoas se obrigam umas às outras e cada uma delas a todas. Trata-se de caráter, condição ou estado de solidário. Solidariedade e generosidade são comportamentos de grande importância no combate às variadas consequências provocadas pela Pandemia da Covid-19, entre elas o crescimento desenfreado da desigualdade social. Fazer o bem sem olhar a quem, além de importante, se tornou essencial para amenizar os efeitos causados pela maior crise sanitária e econômica da história do Brasil.

A solidariedade é um combustível para mudar o mundo. (Reprodução internet)

A palavra “solidariedade” tem origem no francês “solidarité” que também pode remeter para uma responsabilidade recíproca. A solidariedade pode transformar vidas, é um dos valores fundamentais e universais do século XXI e a Organização das Nações Unidas (ONU), através de Assembleia Geral, decretou que 20 de dezembro é o Dia Internacional da Solidariedade Humana, data celebrada desde o ano de 2005. O objetivo principal dessa oficialização é reunir povos e nações em um mesmo propósito, que é promover a paz, os direitos humanos e o desenvolvimento socioeconômico.

Ser solidário é um abraço no outro, um ato de bondade e compreensão com o próximo. Essa é uma emoção que surge através da união de interesses e objetivos entre os integrantes de uma comunidade, estabelecendo: cooperação mútua entre pessoas; identidade entre seres; interdependência de ideias, doutrinas e sentimentos. A solidariedade vai além do auxílio palpável e presencial, ela acontece também através de cuidados com a saúde mental e emocional, com intuito de ajudar a controlar a ansiedade e o medo com relação às dificuldades atuais e futuras.

Respeito e estima pelo outro são princípios fundamentais e inegociáveis. Todo cidadão precisa aprender o valor da solidariedade e colocar em prática cotidianamente e constantemente, com sentimentos nobres e potentes que podem ampliar os níveis de igualdade, resistência e união dos indivíduos. A solidariedade vai além da caridade, compreende “abraçar” causas significativas e se tornar parte delas, desde as pequenas atitudes que podem ser realizadas no dia a dia e gradativamente mais. O ato de ser solidário precisa ser genuíno e obstinado.

A solidariedade começa com o olhar para o outro, significa perceber o que acontece em volta, é um pensar solidário e não solitário, cuja dimensão moral é abrangente, nos vinculando ao real sentido da vida. É uma atitude que pode ser demonstrada também com palavras, se doar, palavras de conforto possui poder curativo, ouvir com atenção e carinho pode ser vital para alguém. Atos de solidariedade fazem muito bem, tanto para quem se doa quanto para quem recebe, seus benefícios podem ser sentidos na alma, na mente e em todo o corpo.

Solidariedade não é só ajudar o próximo a atingir algum objetivo, é muito mais que isso, é informar, orientar, dividir o conhecimento. Ser solidário é ter interesse pela vida do próximo e a solidariedade é um sentimento de identificação com relação ao sofrimento dos outros. Não há outro canal para a solidariedade humanitária a não ser a busca e o respeito da dignidade individual. Ela é o sentimento que melhor representa o respeito pela dignidade humana. Para alcançar um mundo melhor é necessário ter empatia – capacidade de se colocar no lugar do outro.

@marciamacedostos

terça-feira, 6 de abril de 2021

Minha liberdade

Se tem uma coisa que prezo muito na vida, é a minha liberdade. É libertador poder pensar e agir conforme a nossa própria vontade. Não é um processo fácil, muito menos rápido, chegar nessa fase, pois existem várias situações externas que podem podar a nossa personalidade. É preciso ter muita coragem para se libertar de todas as amarras e viver de acordo com aquilo que desejamos e é aí que fica valendo aquela máxima: É muito melhor SER do que TER. 

A liberdade é o oxigênio da alma. (Reprodução internet)

Depois de todas as minhas vivências, atualmente, não admito que ninguém venha tirar a minha liberdade. Não é da minha autonomia de ir e vir para qualquer lugar que estou falando e sim, da minha liberdade de ser quem eu sou. Eu aprecio demais, ser exatamente como sou. Não sou perfeita, longe disso, sigo acertando, errando e sempre aprendendo, cada vez mais sobre as delícias de ser eu. A minha vida é um conto de falhas e está tudo bem.

Sou chata, observadora, intuitiva, crítica e muito desconfiada, preciso ser livre para seguir os meus instintos, se der certo, muito bem e se der errado, tudo bem também, levanto e faço novamente. Se tentar me controlar, não vai funcionar. Vou agir, falar e querer de acordo com a minha consciência, somente ela pode me parar. Ahh!... Mas você não tem medo? Medo eu tenho de não tentar, de me reprimir, de desistir. Prefiro pecar pelo excesso do que pela falta.

Definitivamente, eu me dou a liberdade de ser quem sou, e não aquela que esperam que eu seja. Muitas vezes, já mudei algo em mim para agradar outras pessoas e confesso, na maioria delas acabei saindo machucada, não vale a pena, é perca de tempo e o tempo é precioso demais para ser desperdiçado assim. Estar em paz com nós mesmos é bem mais importante, pois somos as nossas únicas, verdadeiras e eternas companhias.

Aprendemos desde criança, que o mundo funciona de uma forma preestabelecida e nós precisamos agir de acordo, caso contrário, seremos condenados para o resto da vida. Por causa do medo, acabamos abaixando a cabeça e seguimos as regras que nos são determinadas, geralmente, sacrificamos a nossa felicidade e a nossa realização, somente para nos encaixar dentro dos padrões. Puro engano, ninguém consegue ser feliz moldando a própria vida de acordo com as opiniões alheias.

Precisamos priorizar as nossas próprias opiniões a respeito de nossas vidas diante dos palpites de pessoas que por mais que sejam próximas, não sabem o que de fato estamos sentindo. Ser feliz está relacionado com ter liberdade para fazer as próprias escolhas, seguindo um caminho que se encaixe na sua jornada. Para que a vida seja significativa, é preciso ter autenticidade e para isso é necessário superar os obstáculos e desafios.

O importante é nos refazer todas as vezes que nos olharmos no espelho e perceber a possibilidade de não nos reconhecermos mais. Esse é o ponto. É triste constatar que está desperdiçando grande parte do tempo e até da vida, apenas se conformando. Dentro de nós existem todas a ferramentas para mudar o rumo das coisas, o segredo é fazer uma avaliação sincera da vida, buscar o autoconhecimento e descobrir. Só depende de nós.

Dê a atenção e o amor que você merece e mude, se conheça, se transforme, se reinvente. Seja livre para ser quem você realmente é e trabalhe para se fazer feliz, ainda que isso incomode muita gente. Ninguém vai viver a sua vida no seu lugar, a responsabilidade de se cuidar e buscar o próprio sucesso é exclusivamente sua, portanto, seja fiel e leal a você em primeiro lugar, sempre mantenha a autoestima. É libertador! A vida é muito curta para não sermos nós mesmos.

@marciamacedostos

terça-feira, 18 de maio de 2021

Autoestima

Manter a autoestima elevada em tempos de tantos modelos padronizados de beleza, é complicado. A beleza é relativa e está nos olhos de quem vê. Será? A autoestima compreende a avaliação subjetiva que o indivíduo faz de si mesmo, podendo ser profundamente positivo ou negativo em algum grau. Somos bombardeados o tempo todo, por tratamentos milagrosos, produtos e até intervenções cirúrgicas que nos prometem a perfeição. Toda essa pressão acaba nos deixando insatisfeitos com o nosso próprio corpo e buscando sempre atingir um nível maior de satisfação.

"Eu não sou o que aconteceu comigo, sou o que eu escolhi me tornar." (Reprodução internet)

Vivemos numa eterna busca para atingir uma boa medida de autoestima, autoconfiança e autoconhecimento, isso inevitavelmente, acaba interferindo rigorosamente na forma como vamos agir, pensar e nos comportar diariamente. O fato é que, a autoestima é uma característica essencial para a manutenção do bem-estar emocional. Ela é formada através das experiências pessoais, de comportamentos, crenças, da autoimagem e da imagem que as outras pessoas têm sobre nós. Segundo especialistas, a autoestima está diretamente relacionada ao desenvolvimento do ego.

A autoestima é estabelecida com base nas experiências do passado, na influência e nos comportamentos da atualidade, que sentencia como será o futuro. Trata-se do brio, um valor atribuído a si próprio, sendo uma avaliação física e mental, sem falar do quesito aceitação, que reverbera no equilíbrio emocional e nas nossas condutas diárias. De acordo com psicoterapia, a autoestima possui quatro pilares estabelecidos, são eles: a autoaceitação e a autoconfiança - que representam a dimensão intrapessoal, e a competência social e rede social - que representam a dimensão interpessoal.

Se você tem: competitividade em excesso; dificuldade para aceitar as próprias limitações; dificuldade para reconhecer as próprias conquistas e vitórias; falta de confiança em si mesmo; hábito de se comparar com outras pessoas; intolerância às críticas; medo da rejeição; necessidade de inferiorizar as pessoas; perfeccionismo; sensação de incapacidade; tendência a procrastinação e preguiça; timidez em excesso, preocupe-se, pois esses são sintomas claros de uma baixo autoestima. Ela pode prejudicar o desenvolvimento pessoal e profissional de qualquer indivíduo.

A baixa autoestima pode provocar transtornos como compulsão alimentar, anorexia, bulimia e obesidade, além disso, a pessoa que sofre desse mal pode desenvolver também, a dificuldade em dizer “não”. O desejo de agradar os outros sempre, de ser amado, de conseguir pertencer a um grupo específico e a dificuldade de dizer “não”, podem fomentar vários sentimentos negativos. Essa pessoa acaba sendo tomada pelo crescimento do sentimento de raiva e cada “sim” que ela fala para o outro, é um “não” que ela fala para si mesma.

Está passando por esse processo complicado? Então, o exercício para melhorar a autoestima é: admirar as próprias qualidades, focar no autoconhecimento, fortalecer o amor próprio, investir na saúde mental, emocional e física, não buscar pela perfeição, não se comparar aos outros e ser realista em relação às próprias expectativas. O indivíduo que possui a autoestima elevada, faz bem a sim mesmo e à todos em sua volta. A autoestima é um sentimento que nos faz acolher quem somos. Nós precisamos aceitar a nossa humanidade e isso inclui forças e falhas, inevitavelmente.

Sustentar a autoestima estável está diretamente relacionado com o senso de autopreservação e isso ajuda a reduzir a ansiedade e o estresse. Lição para a vida: seja muito sincero com você mesmo, mas não se cobre tanto; confie em você; cuide-se; encare bem os próprios pontos fracos; enfrente bem a solidão e o desapego; não seja modesto nem arrogante; saiba dizer não; seja seguro de si; tenha facilidade para mudar e tome atitudes. E se você sente que a sua autoestima está baixa, não hesite em procurar ajuda. “Não deixe que o ruído da opinião alheia impeça que você escute a sua voz interior.” (Steve Jobs) 

@marciamacedostos

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Então é Natal!

O Natal para mim sempre foi a melhor data comemorativa do ano. Eu amo o clima festivo, as decorações e luzes coloridas, todos os sentimentos que envolvem esse evento tão especial e tradicional. Para o Cristianismo, o Natal é um momento de extrema importância, pois comemora o nascimento de Jesus Cristo. Não existe uma confirmação histórica de que Jesus tenha realmente nascido em 25 de dezembro, mas a data é celebrada no mundo todo, inclusive fora do âmbito religioso.

O verdadeiro sentido do Natal é doar, agradecer e amar. (Reprodução internet)

Essa é uma época marcada por vários costumes cheios de simbologia, como a ceia de Natal, as decorações natalinas, entre elas, a árvore de Natal que é muito simbólica e a troca de presentes. Mas, dentre todos os simbolismos, o que de fato vale e devem ser alimentados, são valores importantíssimos como o amor, a união, a esperança e a família.

Todos os anos, quando se aproxima o Natal, ficamos mais animados e naturalmente felizes, parece mágica, mas é um período que emana sentimentos bons e prósperos. Pelo menos, é isso que sempre senti e escuto das pessoas que me rodeiam, por mais triste que possamos estar, ou passando pela dificuldade que for, quando o Natal se aproxima, as coisas se transformam e somos tomados por sensações leves e gostosas.

Mas nesse ano tem algo diferente, não sei se você concorda comigo e não precisa concordar, só quero dizer um pouco do que sinto. Eu me pego procurando dentro de mim, aquela animação natural, tão comum das festas natalinas e não encontro. A gente tenta se animar, pensar nas coisas boas que aconteceram e olha que só o fato de estarmos vivos e com saúde já é motivo para agradecer e comemorar.

Pelo menos comigo, toda essa sensação natalina de felicidade, no final tem um gostinho amargo. Definitivamente, 2020 não está sendo um ano feliz, é um ano difícil para todo mundo e se você não consegue sentir essa tristeza solta no ar, acredito que você tenha um sério problema e precisa urgentemente, rever os seus conceitos. Desde criança, fui ensinada que devemos chorar com os que choram e nos alegrar com os que se alegram.

Sou grata a Deus por estar concluindo esse ano, viva e saudável, a minha família também está bem, mas vejo tantas pessoas próximas ou através dos noticiários, passando por dificuldades e sofrimentos terríveis, que não consigo me sentir plenamente feliz. Muitos não se importam com o próximo e não têm empatia, isso ficou claro e evidente durante essa Pandemia e me fez pensar no quanto a humanidade ainda precisa aprender e evoluir.

Todos os anos somos desafiados, passamos por situações difíceis e quando chegam as festas natalinas, buscamos renovar os votos e desejos de que o próximo ano seja melhor, acredito que o espírito natalino representa exatamente isso. Acho que nessa virada de ano, será unânime o desejo pelo fim da Pandemia, pela volta da normalidade, que em 2021 possamos relaxar e viver a vida sem esse medo e tensão que estão soltos no ar.

Que nesse Natal, mais do que em todos os outros, sejamos inundados por muita saúde, amor, alegria, amizade, benevolência, bondade, caridade, companheirismo, compreensão, coragem, esperança, , felicidade, força, fraternidade, generosidade, gratidão, harmonia, luz, paciência, paz, perdão, prosperidade, sinceridade, solidariedade, tolerância, união e principalmente, muita empatia e respeito.

Todas essas características são importantes para a vida e devemos abraçar, se você consegue adotar pelo menos um pouquinho de cada uma delas, já é um vencedor e está evoluindo. Sigamos em frente, acreditando sempre que dias melhores virão, ou que, o melhor ainda está por vir. Feliz Natal!

@marciamacedostos

terça-feira, 13 de julho de 2021

Violência doméstica

É muito triste ter que continuar tratando desse assunto, por conta dos acontecimentos que insistem em se reproduzir com bastante frequência, porém é necessário que não nos calemos diante de tanta barbárie. É preciso combater a naturalização da agressão que muitos homens cometem com as parceiras em seus relacionamentos afetivos. Um homem se achar no direito de usar a sua força para agredir e ferir a mulher, causa muita revolta e indignação. Naturalizar a violência contra a mulher faz os homens acreditarem que é normal esse tipo de comportamento execrável.

"A violência é o último refúgio do incompetente." (Reprodução internet)

Se faz necessário ressaltar também que, se você presencia cenas de agressão e não toma uma atitude, seja de tentar intervir ou de procurar ajuda e denunciar, você se torna cúmplice do tal ato. Quando essa inércia é exercida por um outro homem, só comprova a presença do machismo existente na sociedade patriarcal em que vivemos. São muitos anos de violência e vulnerabilidade da mulher em seus relacionamentos afetivos, muitas delas acreditam que devem suportar os abusos calada, pelo bem-estar social da família e para manter as aparências.

A Lei Maria da Penha, nº 11.340 de 07 de agosto de 2006, é uma das melhores leis de enfrentamento à violência doméstica que existe no mundo, mas apesar disso, não temos um sistema criminal de acolhimento às vítimas. As mulheres vítimas de violência estão inseridas em contextos adversos e quando procuram ajuda, sofrem com as críticas e dúvidas de quem deveria acolher e proteger, muitas vezes, ao denunciar elas precisam encarar o julgamento que caem inteiramente em cima delas, transformam a vítima em culpada. Fato é que, o Poder Judiciário enfrenta essa situação de forma inadequada.

A violência contra mulher é um fenômeno que não distingue classe social, raça, etnia, religião, idade e escolaridade, muitas delas reagem com passividade e conformismo, tornando necessário levar esses conflitos para o espaço público e assim evitar que sejamos silenciadas. Como a sociedade é machista e patriarcal, é fundamental começar a encarar a violência doméstica pela perspectiva da educação e da empatia, entender que, quando uma situação absurda dessas acontece, não podemos deixar passar despercebido, é chocante e precisa ser confrontada. “Em briga de marido e mulher, a gente salva a mulher.”

Nas situações de violência doméstica, as mulheres sofrem pelo controle e domínio que seus agressores exercem sobre elas através de variados mecanismos como: domínio econômico, intimidação, isolamento relacional, violência física, violência psicológica, entre outros. A mulher não pode encarar essa situação como um destino e aceitar passivamente. O destino da sua vida lhe pertence, só você tem o direito de decidir sobre ele, sem ter que ser submissa e tolerante com o comportamento violento de quem quer que seja. A violência doméstica é um crime.

A violência doméstica tem um ciclo que funciona como um sistema circular. Esse sistema é caracterizado pela sua continuidade no tempo, ou seja, pela sucessiva repetição no decorrer do relacionamento. As fases de tensão e apaziguamento podem ser cada vez menos frequentes e as fases de ataques violentos ficam cada vez mais intensos. Esse padrão pode terminar onde antes começou, ou em situações limite, episódios desse tipo podem culminar no feminicídio. A regra geral desse ciclo possui três fases:

1 - Aumento de tensão: São as tensões acumuladas diariamente, as ameaças e injúrias feitas pelo agressor, provocam na vítima, uma sensação de perigo eminente.

2 - Ataque violento: O agressor maltrata a vítima de forma física e psicológica, esses maus-tratos tendem a escalar na sua frequência e intensidade.

3 - Lua de mel: Agora o agressor envolve a vítima com carinho e atenção, se desculpando pelas agressões e prometendo mudar, garantindo que não vai mais ser violento.

"O silêncio é o maior aliado do seu agressor." (Reprodução internet)

A violência doméstica abrange diferentes tipos de abuso, são eles:

  • Perseguição - Qualquer comportamento que visa intimidar ou atemorizar. Seguir a pessoa até o local de trabalho ou quando ela sai desacompanhada; controlar constantemente os movimentos da pessoa, seja dentro ou fora de casa.
  • Violência emocional - Qualquer comportamento que visa fazer a pessoa se sentir inútil ou com medo. Geralmente inclui atitudes como: agressão verbal; ameaçar os filhos; magoar os animais de estimação; humilhar a pessoa na presença de amigos, familiares ou em público; entre outros.
  • Violência financeira - Qualquer comportamento que pretenda controlar o dinheiro da pessoa sem que ela o deseje. Algumas dessas atitudes podem ser: controlar o salário; se recusar a dar dinheiro ou forçar a justificativa de todos gastos; ameaçar retirar o apoio financeiro como forma de controle.
  • Violência física - Qualquer forma de agressão corpórea que castiga a pessoa. Pode traduzir-se em comportamentos como: esmurrar; chutar, estrangular, queimar, induzir ou impedir que a pessoa obtenha medicações ou tratamentos.
  • Violência sexual - Qualquer comportamento em que a pessoa é forçada a protagonizar atos sexuais que não deseja. Alguns exemplos são: pressionar ou forçar a pessoa para ter relações sexuais quando ela não quer; pressionar, forçar ou tentar que a pessoa faça sexo sem proteção; forçar a pessoa a ter relações sexuais com terceiros.
  • Violência social - Qualquer comportamento que pretende controlar a vida social da pessoa, através do impedimento de visitar familiares ou amigos; cortar o telefone ou controlar as chamadas e as contas telefônicas; trancar a pessoa em casa, são exemplos constantes.

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Ponto de equilíbrio

Sabe aquele momento que a gente precisa parar e desacelerar? Quando o corpo, o coração e a mente pedem calma? Pois é, todo mundo sabe bem o que é isso e cada pessoa tem uma receitinha própria para atingir um ponto de paz, equilíbrio e relaxamento. Eu amo ouvir música, ver o mar e caminhar na praia, apesar de que, quando a vida é corrida, nem sempre achamos tempo para fazer as coisas que gostamos. 

É necessário manter o equilíbrio, mesmo na adversidade. (Arquivo pessoal)

Sabe aquela frase clichê, que diz que a gente só dá valor quando perde? Pois é, esse é um ponto que preciso ressaltar e que até me envergonho um pouco. Eu amo o mar, me sinto renovada e energizada quando sento na areia da praia, dou as costas para o mundo e começo a admirar aquela imensidão maravilhosa, penso na vida, nos meus problemas, nas minhas conquistas e nos meus planos e projetos.

Vocês já fizeram isso? Fala a verdade, é maravilhoso, não é? Mas como eu disse, muitas vezes, só damos valor quando perdemos, foi o que aconteceu comigo, em época de isolamento social, necessário por causa da Pandemia da Covid-19, eu me vi morrendo de vontade de aproveitar e não posso, ou melhor, não devo. Eu e minha família estamos de fato, respeitando a quarentena, saindo somente quando necessário. Já tá chato, bater na mesma tecla o tempo todo, mas...

Sei que nem todas as pessoas podem se dar ao “luxo” de ficar de quarentena, por causa de trabalho, mas isso é bem diferente de sair para se divertir, fazer festas e aglomerar. Precisamos ter empatia, respeito e pensar no próximo, a gente pode pegar a doença e o quadro não se agravar, mas podemos transmitir para outra pessoa que não terá a mesma sorte, pode ser alguém que amamos ou alguém que nem conhecemos, enfim, o cuidado deve ser o mesmo.

Já prometi para mim mesma que quando a Pandemia passar, vou aproveitar mais a vida, a minha cidade e fazer tudo aquilo que gosto de fazer, mas que por comodismo, preguiça ou falta de tempo, não faço. Moro em Salvador – a primeira capital do Brasil, um lugar repleto de cultura e história, além das belezas naturais. Pretendo visitar muito os pontos históricos e turísticos daqui, além de viajar para aproveitar bastante a dádiva de estar viva.

Precisamos nos conhecer, entender os nossos limites e aprender a lidar com o que sentimos. Existem algumas atitudes que podemos colocar em prática, para manter o equilíbrio tanto emocional quanto físico e que pode aliviar e/ou dominar sentimentos como: angústia, ansiedade, cobrança, culpa, depressão, incerteza, medo, solidão, stress, tensão, entre outras sensações. Nessas situações, manter a é importante.

Algumas sugestões que posso dar e que estou tentando colocar em prática são: afastar-se de coisas e pessoas negativas, aprender a controlar a ansiedade, cultivar a resiliência, fazer coisas positivas por nós, fazer exercícios físicos, ficar perto de quem nos faz bem, investir no autoconhecimento, organizar uma agenda, pedir ajuda sempre que precisar, praticar o autocuidado, respeitar nossos limites, respeitar nossas vontades, se manter motivado, ter alimentação saudável, ter disciplina, valorizar o sono e as próprias conquistas. É um desafio, mas vale a pena tentar.

@marciamacedostos

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Velha não, experiente!

Muito tempo sem postar por aqui e nesse período muita coisa aconteceu, algumas boas outras ruins, nada fora do normal, são apenas as consequências da vida adulta. Mas o blog é o meu xodó e bateu uma vontade de aparecer, e aqui estou eu. Hoje é meu aniversário e sabe aquela sensação de que você não se encaixa em nenhum grupo social? Pois é exatamente o que estou sentido. Sou jovem pra ser velha e velha pra ser jovem, já falei sobre isso aqui, só que agora com alguns aninhos a mais.

"Tenho medos bobos e coragens absurdas." (Arquivo pessoal)

A sociedade impõe expectativas e padrões que valorizam a juventude. O etarismo tenta massacrar a nossa existência, como se não tivéssemos o direito a continuar viva, ser feliz e realizada. Sinceramente, eu gosto da mulher que me tornei, tenho orgulho de mim. Sei que estou “amadurecendo”, mas o contrário disso seria?... Importante é ter saúde física e mental. Os efeitos do tempo são reais, mas as experiências acumuladas e a vontade de viver o desconhecido e ser surpreendida por ele seguem intactas.

Grupo social é um conjunto de pessoas que se relacionam de forma estável, com objetivos e interesses em comum. O meu sentimento é que, quando estou num grupo de pessoas mais jovens, os assuntos não batem, eles são mais eufóricos e imediatistas; já quando as pessoas têm mais idade que eu, tenho receio de não atingir a profundidade necessária em qualquer assunto abordado. São apenas sensações! Bom mesmo é quando a gente se sente pertencente, falando a mesma língua que os demais.

Faço terapia há alguns anos e isso me fez olhar com mais carinho para mim, melhorar a autoestima e trabalhar as inseguranças. Quando olho para a Márcia do passado e lembro-me das inquietudes que tinha, sinto vontade de abraçá-la e garantir que vai fica tudo bem e de fato, está tudo bem. Uma lição que ainda estou aprendendo é lidar com a culpa. Trata-se de um sentimento intruso que quando menos espero se faz presente e tenta a todo custo me tirar a paz, porém não é saudável permitir.

Tenho amor próprio, saúde, paz, uma família abençoada, boas amizades e o mais importante, Deus no controle de tudo. O que mais posso querer? Ahh! Bastante coisa! Que com , coragem e força de vontade ainda irei conquistar. Na vida a gente precisa aprender a superar as fases complicadas, vencer as angústias cotidianas, tratar a ansiedade e ressignificar decepções e frustrações. Não é fácil transformar isso tudo em aprendizado, mas praticar o autocuidado é absolutamente necessário.

A vida está em constante renovação, ela é cíclica e tudo sempre faz sentido, se não agora, um dia irá fazer. Nada é mais importante do que ter a liberdade de ser quem sou, sei das minhas qualidades e dos meus defeitos, e sigo buscando evoluir sem perder a minha essência. O tempo é o nosso bem mais precioso, ele é o senhor da razão e Deus é o Senhor do destino, enquanto há vida, temos tempo para recalcular a rota e sem medo escrever uma nova história nas páginas que ainda estão em branco.

Que o meu novo ciclo seja leve e intenso ao mesmo tempo! Encontro você nas páginas da vida.

@marciamacedostos

terça-feira, 22 de setembro de 2020

A Pandemia e o novo normal

Estamos assustados com a configuração desses novos tempos, uns acreditam no poder letal da COVID-19, outros não acreditam na doença, uns levam a vida normalmente como se nada estivesse acontecendo, outros estão ficando pilhados com os acontecimentos. O fato é que, para muitos de nós, essa é uma novidade assustadora, nunca vivemos algo parecido, com aulas suspensas, comércio fechado, lockdown, uso obrigatório de máscaras e banhos de álcool em gel.

Primeiro passeio, após seis meses de isolamento social. (Arquivo pessoal)

Se fossemos avisados que em 2020 iríamos viver essa loucura, certamente não acreditaríamos, as vezes tenho a impressão de que o primeiro semestre foi totalmente perdido. 2019 não foi um ano fácil, me recordo das inúmeras brincadeiras que circulavam nas redes sociais, as pessoas desejavam que aquele ano acabasse logo, por causa de tantas tragédias que ocorreram. 

O rompimento da barragem de Brumadinho – Minas Gerais, o incêndio no centro de treinamento do Flamengo no Rio de Janeiro - RJ, o massacre em uma escola estadual de Suzano – São Paulo, foram só algumas tragédias terríveis que aconteceram em 2019, no Brasil. Por isso, desejamos tanto romper aquele fatídico ano e começar tudo novamente. Mal sabíamos o que estava por vir.

Em 1º de dezembro de 2019 a COVID-19, doença respiratória aguda causada pelo Coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-COV-2), foi identificada pela primeira vez na China, sendo que o primeiro caso foi reportado em 31 de dezembro do mesmo ano.

Em 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo novo Coronavírus, constituía uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional e em 11 de março de 2020, a Covid-19 foi caracterizada pela OMS como uma Pandemia, diante de sua ampla expansão. Uma Pandemia é definida quando ocorre um grande número de Epidemias em várias regiões do planeta. Trata-se do pior cenário infectológico que existe.

No Brasil, o primeiro caso da doença foi confirmado em 26 de fevereiro de 2020 e de lá para cá a situação se agravou muito. Atualmente, o país possui mais de 38 milhões de casos confirmados e mais de 713 mil mortes pela COVID-19. No mundo inteiro são mais de 695 milhões de casos confirmados e já ultrapassamos a marca de 6 milhões de mortos por causa da doença. É assustador!

Agora vivemos nessa incerteza do amanhã, não sabemos como será o futuro e até quando viveremos dias tão sombrios. Meses depois que toda essa loucura começou, ainda nos encontramos perdidos em meio a tantas perdas, não são apenas números, são inumeráveis, são milhares de vidas ausentes, inúmeras famílias dilaceradas por essa dor. Não pode haver velório, nem homenagear e muito menos se despedir de uma forma justa e digna dos seus parentes queridos. Isso dói!

É difícil achar uma pessoa que não saiba de alguém, um parente, um amigo ou um conhecido que tenha perdido a batalha contra essa terrível doença, eu sei de várias pessoas. O meu maior desejo no decorrer desse ano, é que possamos sair dessa triste e lamentável situação, seres humanos melhores, mais justos, que consigamos aprender a exercer, cada vez mais, a empatia e o respeito ao próximo.

Me considero uma pessoa realista, gostaria muito de ser otimista, mas não consigo. Confesso que, pelo que vejo em meu dia a dia e diariamente nos noticiários, fico desanimada com tantas pessoas usando de má fé, se utilizando de vários artifícios escusos para se dar bem. Sinceramente!? Tenho medo do que está por vir e me preocupo com o futuro de meu filho e de meus sobrinhos.

Claro que devemos nos apegar aos modelos positivos, nos vários exemplos de amor, carinho, empatia, solidariedade e respeito que existem por aí. Devemos colocar uma lente de aumento nessas características positivas e multiplicar o bem, fazendo a nossa parte, aumentando essa corrente.

Não sabemos até quando viveremos esse caos, acredito que nada será como antes, fato é que, sempre existe algo de bom, que podemos fazer para melhorar o dia e a vida da gente e do outro. Vamos focar nisso? Uma andorinha só não faz verão, mas uma revoada delas, é capaz de romper qualquer barreira.

@marciamacedostos

terça-feira, 29 de setembro de 2020

A vida por um fio

Era só mais um dia de trabalho, como tantos outros. Muitas vezes ligamos o botão automático e passamos a agir de forma involuntária. Isso não é bom, porque a vida é intensa e ela exige de nós, atitude e ação. A vida é igual uma peça de teatro e não permite ensaios. 

A paixão por duas rodas, é coisa de família. (Arquivo pessoal)

Naquele que chamo de dia D, o dia em que experimentei pela primeira vez, aquela que acredito ser a pior sensação da vida, que é ver a morte passar diante de nós. Era dia 02 de agosto de 2019, uma sexta-feira de clima ameno e eu seguia para o trabalho normalmente, estava de motocicleta, uma paixão antiga, amo a locomoção sob duas rodas.

Quando o vento bate forte e deixa o corpo leve como uma pluma, fico fascinada e me apaixono ainda mais pela motocicleta. Seguia pela famosa Avenida Paralela, uma importante via urbana da capital baiana, inaugurada há mais de quatro décadas. A Paralela tem fluxo intenso durante todo o dia, riscos e perigos são constantes.

Tenho consciência dos riscos do trânsito de uma cidade como Salvador - BA e procuro dirigir com total responsabilidade. Para um motoqueiro, os riscos são bem maiores, infelizmente não existe gentileza no trânsito e na maioria das vezes, somos considerados culpados em casos de acidentes.

Naquele dia o fluxo estava intenso, porém fluindo, coisa que não é muito comum, em se tratando da Avenida Paralela. O meu trajeto até o trabalho era relativamente curto e costumava ser tranquilo, mas, acidentes sempre podem acontecer. Moto é o veículo que mais mata no Brasil.

Ao tentar uma ultrapassagem, uma carrocinha puxada por uma caminhonete me atingiu e me jogou contra um outro carro, tudo foi muito rápido e numa fração de segundos, tive a minha vida por um fio. Nesse momento a gente sempre pensa que vai morrer, é inevitável.

Nessa situação, um turbilhão de coisas passa pela mente e não é possível estabelecer uma conexão entre os pensamentos. Eu rodei na pista e caí com a moto por cima de mim. Tudo é instantâneo e só dá para gritar por socorro e chamar por Deus, pelo menos no meu caso, que fiquei consciente o tempo todo e acredito em Deus.

Deus! Acredito mesmo que Ele me livrou da morte. Testemunhas do acidente disseram que foi por pouco, não ter sido atropelada, um carro chegou a passar por cima da minha perna e um outro motorista pisou rápido no freio, quando a minha cabeça e os meus braços já estavam debaixo do carro dele. Por isso que afirmo: a minha vida, realmente esteve por um fio.

O socorro demorou a chegar e eu fiquei desesperada, chorava muito, sentia uma forte dor nas costas e queria sair logo dali. Deitada no asfalto, olhava profundamente para o céu, tentando me acalmar. Percebendo que estava viva, comecei a sentir muito medo de ter alguma sequela no corpo, principalmente na coluna, por causa da forte dor que persistiu por meses.

Sentia uma vontade incontrolável de chorar, enquanto os flashes do momento do acidente insistiam em me perturbar, apesar de muitas pessoas tentarem me tranquilizar. Enfim, fui socorrida e após alguns exames de rotina, ficou comprovado que eu estava intacta, as dores eram por causa do impacto da pancada.

Depois das irritações com questões burocráticas como exame de corpo de delito, liberação do veículo e os gastos com seu conserto, a lição que fica é: foi uma experiência horrível, marcante, mas estou viva e só por isso, não dá para reclamar de absolutamente nada, quando ganhamos uma nova oportunidade, uma nova chance para viver.

O lema é: agradecer mais e reclamar menos. Se eu consigo fazer isso sempre? Claro que não. Mas tenho tentado melhorar esse comportamento e quando me sinto insuportável e isso acontece muito, procuro lembrar do acidente e ressignificar a insatisfação. Não é fácil, o exercício é diário, mas é humanamente possível. 

@marciamacedostos

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Frustração, como lidar?

A frustração é um sentimento muito comum a qualquer mortal. Trata-se de um estado emocional que compreende a descontinuação de um comportamento estimulado, é um estado psíquico que procede da imobilização do estimulo produzido por qualquer obstáculo que impossibilita o alcance de um projeto ou objetivo desejado. As fontes da frustração podem ser, tanto internas quanto externas.

A frustração é uma sombra da expectativa. (Reprodução internet)

Fontes internas de frustração, são aquelas que compreendem as deficiências pessoais, como a falta de confiança, a insegurança ou o medo de questões sociais que podem dificultar ou impossibilitar o alcance de uma meta. Já as fontes externas de frustração, envolvem aquelas circunstâncias que fogem do nosso controle, como a falta de dinheiro, as questões climáticas ou acidentes de trânsito.

O sentimento de frustração provoca uma sensação de impotência quando algo desejado não acontece. Normalmente, ocorre quando uma expectativa ou um desejo não são realizados. Ela provoca desânimo, incômodo e acabam criando dificuldades para a realização de qualquer projeto. A decepção que a frustração provoca, atinge o estado emocional das pessoas, podendo ocasionar consequências terríveis.

Um contraponto importante, é que é essencial que um indivíduo sinta-se frustrado, na medida certa, pois isso promove o desenvolvimento da mente. As experiências frustrantes provocam o aprendizado, o crescimento e a criação de novas maneiras de interação com o mundo. Faz parte da vida de todas as pessoas, sendo imprescindível para a evolução humana.

Existem alguns sinais que indicam quando a pessoa está frustrada, são eles: a compensação - quando a pessoa supre os seus fracassos com coisas que a façam se sentir melhor, mesmo que seja temporário; a fuga - quando não se sabe lidar com uma situação que provoca infelicidade é comum fugir ou se isolar; a raiva - quando descontamos os problemas em alguém ou o desânimo - quando perdemos a vontade de reagir.

Quando se está frustrado é importante ter em mente que: a frustração pode ser um impulso de atitudes positivas; a vida não possui um roteiro fechado, sempre há espaços para mudanças; é de extrema importância estabelecer expectativas realistas; nem tudo depende de nós e sempre há a possibilidade de pedir ajuda; o mundo não gira em torno das nossas vontades; pensar somente no pior cenário, não leva ninguém para frente; todo erro é na verdade, uma oportunidade de aprender e fazer diferente; todo ser humano possui uma força de ação, para fazer a diferença.

É preciso fazer com que as frustrações trabalhem a nosso favor e fazer com que elas nos tornem pessoas mais fortes, para conseguir superar os desafios com competência e criatividade. Como começar? É simples, comece vencendo as adversidades possíveis, compreendendo as falhas que acontecem ao longo do processo e principalmente, aceitando os erros que não dependem de nós.

Caso não seja possível superar as frustrações sozinho e não consiga encontrar uma luz no fim desse túnel, talvez seja interessante procurar ajuda de um profissional habilitado e capacitado, como um psicólogo, para lidar com as atribulações da mente humana. Ele vai te ajudar a entender os motivos de sua frustração, como você deve lidar com esses motivos e também como vai desenvolver todo o processo de superação. Vale a pena tentar. Acredite!

@marciamacedostos

terça-feira, 5 de outubro de 2021

Dependência digital

A dependência digital está relacionada com o contexto de uso abusivo das tecnologias digitais e essa utilização excessiva reflete na vida pessoal, social e profissional do indivíduo, ele acaba se distanciando da sociedade. Portanto a dependência digital ocorre quando existe uma necessidade descontrolada de usar os dispositivos digitais e marcar presença nas redes sociais. Segunda-feira, dia 04 de outubro de 2021, ficou marcada por uma pane global nas redes sociais: Facebook, Instagram e WhatsApp. Isso deveria nos fazer refletir sobre o poder que elas exercem sobre nós.

O colapso digital começou por volta de meio dia e meia com o WhatsApp, seguido pelo Facebook e Instagram, sem falar na instabilidade do Google, YouTube e outros aplicativos. Toda essa turbulência durou 6h30 e provocou um grande burburinho entre os usuários, além de causar prejuízos para aqueles que utilizam as redes para ganhar dinheiro. Confesso! Foi impossível não pensar que talvez tivéssemos sido hackeados ou até, que estivéssemos sofrendo um ataque mundial de proporções inimagináveis. Brincadeiras a parte, ficamos inquietos com esse apagão digital.

Parecia inofensivo, mas te dominou... (Reprodução internet)

Mas, a coisa é capaz de ficar muito séria, pois a dependência digital pode ser considerada um transtorno mental quando atinge níveis alarmantes. Pessoas que possuem esse tipo de sujeição podem sofrer de nomofobia, quando são obrigadas a ficarem desconectadas. Nomofobia é o medo irracional de estar sem o telefone celular ou outros aparelhos eletrônicos e está relacionada ao vício em outras tecnologias. É uma fobia provocada pelo desconforto ou angústia consequente da incapacidade de acesso à comunicação, ou pavor de ficar incomunicável.

Trata-se de um transtorno psicológico que pode até causar depressão. Ela provoca um estado de ansiedade que pode se tornar patológico, levando o indivíduo a um transtorno de ansiedade social, ao transtorno do pânico e agorafobia. Não é possível reconhecer os sintomas desse distúrbio de forma imediata, porque eles se instalam lentamente até começarem a causar prejuízos emocionais, sociais e profissionais. Os sintomas são parecidos com a dependência química e conforme estudos, a dependência digital pode favorecer a dependência química.

Preocupações exageradas com assuntos do universo digital; necessidade excessiva de estar em contato com o mundo digital para se sentir satisfeito; agressividade e nervosismo com problemas de conexão; não conseguir ficar off-line e ficar conectado por muito mais tempo que o ideal; mentira sobre o tempo que fica on-line; irritabilidade; estresse; tristeza e desinteresse nas atividades familiares, profissionais e sociais, podem ser indicativos de que algo está fora de controle e precisa ser investigado e tratado com urgência.

É necessário ter atenção aos sinais, se a sua relação com as redes sociais provoca danos nos relacionamentos familiares e sociais; há queda no rendimento profissional; diminuição nas habilidades sociais; problemas físicos como dores no corpo, erros de postura e tendinites; má-alimentação; obesidade, transtorno bipolar, depressão, TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) e fobia social, são sinais de alerta máximo, procure ajuda de um profissional habilitado, como psicólogo ou psiquiatra. É um vício que tem controle e a prática de atividades saudáveis pode ajudar.

É evidente que a internet e as redes sociais auxiliam bastante o trabalho, os estudos, a saúde e as relações interpessoais, facilitam a rotina diária e nos proporcionam liberdade. Mas, como tudo na vida, é fundamental ter cautela para não desenvolver uma dependência emocional e se tornar refém delas. Encontrar um ponto de equilíbrio é o caminho para utilizar as tecnologias com consciência e encarar as transformações do mundo contemporâneo com sabedoria. Priorize seu tempo e se dedique às pessoas e ocupações que te proporcionam crescimento pessoal, no mundo real.

@marciamacedostos

Velha não, experiente!

Muito tempo sem postar por aqui e nesse período muita coisa aconteceu, algumas boas outras ruins, nada fora do normal, são apenas as conseq...