Estamos assustados com a configuração desses novos tempos, uns acreditam no poder letal da COVID-19, outros não acreditam na doença, uns levam a vida normalmente como se nada estivesse acontecendo, outros estão ficando pilhados com os acontecimentos. O fato é que, para muitos de nós, essa é uma novidade assustadora, nunca vivemos algo parecido, com aulas suspensas, comércio fechado, lockdown, uso obrigatório de máscaras e banhos de álcool em gel.
Se
fossemos avisados que em 2020 iríamos viver essa loucura, certamente não
acreditaríamos, as vezes tenho a impressão de que o primeiro semestre foi
totalmente perdido. 2019 não foi um ano fácil, me recordo das inúmeras
brincadeiras que circulavam nas redes sociais, as pessoas desejavam que aquele ano
acabasse logo, por causa de tantas tragédias que ocorreram.
O
rompimento da barragem de Brumadinho – Minas Gerais, o incêndio no centro de
treinamento do Flamengo no Rio de Janeiro - RJ, o massacre em uma escola estadual
de Suzano – São Paulo, foram só algumas tragédias terríveis que aconteceram em
2019, no Brasil. Por isso, desejamos tanto romper aquele fatídico ano e começar
tudo novamente. Mal sabíamos o que estava por vir.
Em
1º de dezembro de 2019 a COVID-19, doença respiratória aguda causada pelo
Coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-COV-2), foi
identificada pela primeira vez na China, sendo que o primeiro caso foi
reportado em 31 de dezembro do mesmo ano.
Em
30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o
surto da doença causada pelo novo Coronavírus, constituía uma Emergência de
Saúde Pública de Importância Internacional e em 11 de março de 2020, a Covid-19
foi caracterizada pela OMS como uma Pandemia, diante de sua ampla expansão. Uma
Pandemia é definida quando ocorre um grande número de Epidemias em várias
regiões do planeta. Trata-se do pior cenário infectológico que existe.
No
Brasil, o primeiro caso da doença foi confirmado em 26 de fevereiro de
2020 e de lá para cá a situação se agravou muito. Atualmente, o país possui
mais de 38 milhões de casos confirmados e mais de 713 mil mortes pela COVID-19. No mundo inteiro são mais de 695 milhões de casos confirmados e já ultrapassamos a marca de 6 milhões de mortos por causa da doença.
É assustador!
Agora
vivemos nessa incerteza do amanhã, não sabemos como será o futuro e até quando
viveremos dias tão sombrios. Meses depois que toda essa loucura começou, ainda
nos encontramos perdidos em meio a tantas perdas, não são apenas números, são
inumeráveis, são milhares de vidas ausentes, inúmeras famílias dilaceradas por
essa dor. Não pode haver velório, nem homenagear e muito menos se despedir de
uma forma justa e digna dos seus parentes queridos. Isso dói!
É
difícil achar uma pessoa que não saiba de alguém, um parente, um amigo ou um conhecido
que tenha perdido a batalha contra essa terrível doença, eu sei de várias
pessoas. O meu maior desejo no decorrer desse ano, é que possamos sair dessa
triste e lamentável situação, seres humanos melhores, mais justos, que consigamos
aprender a exercer, cada vez mais, a empatia e o respeito ao próximo.
Me
considero uma pessoa realista, gostaria muito de ser otimista, mas não consigo.
Confesso que, pelo que vejo em meu dia a dia e diariamente nos noticiários,
fico desanimada com tantas pessoas usando de má fé, se utilizando de vários
artifícios escusos para se dar bem. Sinceramente!? Tenho medo do que está por
vir e me preocupo com o futuro de meu filho e de meus sobrinhos.
Claro
que devemos nos apegar aos modelos positivos, nos vários exemplos de amor,
carinho, empatia, solidariedade e respeito que existem por aí. Devemos colocar
uma lente de aumento nessas características positivas e multiplicar o bem,
fazendo a nossa parte, aumentando essa corrente.
Não sabemos até quando viveremos esse caos, acredito que nada será como antes, fato é que, sempre existe algo de bom, que podemos fazer para melhorar o dia e a vida da gente e do outro. Vamos focar nisso? Uma andorinha só não faz verão, mas uma revoada delas, é capaz de romper qualquer barreira.