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terça-feira, 12 de outubro de 2021

Dia das Crianças

Em 12 de outubro é comemorado o Dia da Criança, uma data celebrada em homenagem às crianças. Países como Portugal, Angola e Moçambique festejam o Dia Internacional da Criança, em 1º de junho. A data enaltece os direitos das crianças e dos adolescentes e com isso conscientiza todas as pessoas, principalmente os pais e responsáveis, sobre os cuidados fundamentais no decorrer dessa fase da vida. É costume presentear e promover atividades especiais com muita diversão aos pequenos. No Brasil, o dia das crianças coincide com o dia de Nossa Senhora de Aparecida, feriado nacional.

A criança é o amor feito visível. (Reprodução internet)

O dia das crianças teve origem numa proposta de autoria do médico e político fluminense Galdino do Valle Filho (1879 - 1961) e foi oficializado pelo então presidente Arthur da Silva Bernardes (1875 - 1955). O projeto de lei foi aprovado e através do Decreto nº 4867, de 05 de novembro de 1924, o dia 12 de outubro foi oficializado como o dia das crianças aqui no Brasil. Na década de 1950, esse dia ganhou mais notoriedade, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela em parceria com a empresa de produtos de higiene infantil Johnson & Johnson, criaram uma campanha de marketing chamada “Semana do Bebê Robusto”.

Depois disso, uma campanha publicitária denominada “Semana da Criança” foi lançada por um grupo de empresários, com intuito de impulsionar as vendas, transformando a data num marco comercial e a partir daí, ela se tornou motivo para presentear às crianças, de preferência com brinquedos. A Organização das Nações Unidas (ONU) e o Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (Unicef), estabeleceram o Dia Universal da Criança que é comemorado em 20 de novembro, em deferência à data que foi oficializada a Declaração dos Direitos da Criança, em 1959 e a Convenção dos Direitos da Criança, em 1989.

No documento em questão, ficaram estabelecidos vários direitos e o bem-estar para todas as crianças do mundo, como amor, alimentação e educação, além das proibições ao trabalho e a violência infantil. As diretrizes especificadas na Declaração dos Direitos da Criança são:

  • As crianças, sem distinção ou discriminação, devem ter todos os seus direitos garantidos;
  • Deve-se proporcionar às crianças proteção social e oportunidades que lhes auxiliem no desenvolvimento;
  • É direito da criança receber um nome e nacionalidade;
  • Tanto a criança quanto a mãe devem receber cuidados pré e pós-natais;
  • Crianças com necessidades especiais terão direito a tratamento, educação e cuidados necessários;
  • A criança deve receber amor e compreensão para o desenvolvimento de sua personalidade;
  • Direito à educação para capacitação, sendo gratuita pelo menos nos anos iniciais;
  • Crianças devem ser os primeiros indivíduos a receber socorro;
  • Garantia de proteção em situações de negligência, crueldade e exploração;

  • Proteção em situações de discriminação seja por raça, religião ou de outra natureza.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) garante que a criança tem direito a escola e educação; a saúde e prevenção; à liberdade, respeito e dignidade. De acordo com o artigo 227, da Constituição Federal Brasileira: “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.” É obrigação de todos, proteger e cuidar da criançada. 

Feliz todos os dias, crianças!

@marciamacedostos

terça-feira, 31 de agosto de 2021

Mãe de menino

Quando decidi ser mãe não imaginava os desafios que teria que enfrentar no decorrer da vida. O desafio maior é criar sozinha, sem o apoio do genitor. Quando adolescente, sem imaginar o peso da responsabilidade, eu dizia que queria ter um casal de filhos. Doce inocência! Assim que nasceu o primeiro, já desisti até de pensar na possibilidade de ter o segundo. Nada contra quem tem ou deseja ter mais de um filho, eu que enxerguei uma realidade bem mais complexa e não quis pagar para ver a multiplicação materializada.

Sou mãe de menino, um adolescente de 15 anos e confesso que essa é a missão mais difícil da minha vida, porque mesmo dando o máximo de mim, sempre existe a cobrança de que poderia ter feito mais. Dizem que, ser mãe de menina é mais fácil, pois é possível ver nela uma nova especificidade da sua personalidade, a cada dia que passar, ela ficará mais parecida com você. A conexão com essa filha pode ser tão forte e íntima que serão capazes de se reconhecerem apenas com o olhar e vocês serão cúmplices para o resto da vida.

"Olha o que eu fiz. Parabéns pra mim!" (Arquivo pessoal)

Mas essa não é a minha praia, aqui em casa reina um menino. Dizem que ser mãe de menino é ter um eterno companheiro, além de ser mais prático, pois não precisa de muitos detalhes para arrumar. Passadas as questões infantis, que sequer parecem com as complicações que surgem na adolescência, são infinitamente superiores. Eis que surgem obstáculos maiores na vida de uma mãe de adolescente menino. Acho bem difícil ensinar um menino a não ser machista nessa sociedade patriarcal, exaltando a igualdade de gênero.

Ser mãe de menino tem muitas peculiaridades, é uma grande aventura. Geralmente, os meninos têm muita força física e precisam de bastante afeto para ter um desenvolvimento seguro. Eles são práticos na hora de escolher o look, mas frequentemente, são desconfiados e reservados, necessitam de atenção e paciência. Segundo Freud; “Os meninos aprendem a amar as mulheres através da mãe”. Consequentemente, a mãe é o primeiro amor de um filho homem, mas sobre isso, só o próprio Freud pode explicar.

Fato é que, precisamos ensinar os meninos a serem homens respeitadores e responsáveis, para que sejam pessoas saudáveis nessa sociedade tão doente. E o que falar das perguntas capciosas que os filhos costumam fazer? É cada pergunta cabeluda! Eu aprendi que nunca devemos deixa-los sem respostas, mas não precisa ir muito além, de acordo com a pergunta que foi feita e muito menos, ultrapassar os limites do assunto de acordo com a idade, precisa ter muito jogo de cintura para responder.

Ser mãe muda tudo... Para melhor, apesar dos apesares. (Reprodução internet)

O tanto que meu filho come me deixa impressionada, está na fase de crescimento, o incrível é que tudo nele acontece em excesso; come muito, dorme demais e consegue ficar muito tempo acordado... Mas o que me deixa quase louca é o drama, as alterações de sentimentos e as mudanças de humor. As pessoas sempre me falavam: Aproveita bastante porque chegará o momento em que ele vai preferir ficar mais distante de você, ele terá vergonha de você na escola, com os amigos e quando estiver com as garotas. Simplesmente ignorei essas falas. E não é que esse momento chegou?

Estamos enfrentando a tal da adolescência, a fase das descobertas, e está tudo bem, dou umas piradas de vez em quando, mas fica tudo bem. Nessa etapa, ele precisa ter cuidado com a própria higiene e fazer a arrumação das próprias coisas, ocasionalmente, é importante ficar sozinho para isso. Meu filho não é mais criança e ainda não é adulto, está fazendo a transição da infância para a vida adulta, está na puberdade, tem seus dilemas e problemas, e tem seu próprio tempo para percorrer esse caminho.

Se as mães de menino são fortes e se fazem respeitar, seguramente conseguem ensinar seus filhos a respeitarem as mulheres no decorrer da vida. Todo mundo erra e é normal surgirem arrependimentos, mas não esqueça, você fez o melhor que poderia ter feito na ocasião, não se cobre tanto. A maior missão de uma mãe de menino é educar um bom homem. Homens que tratam bem as mulheres, as crianças, os idosos, que sejam amáveis, carinhosos e gentis. Com certeza essa é uma grande responsabilidade para as mães de menino, vale a pena tentar.

@marciamacedostos

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Etarismo

Você sabe o que é etarismo? Já ouviu essa palavra antes? Eu confesso que não tinha muita familiaridade com esse termo, até assistir o primeiro episódio do quadro “Isso Tem Nome” do Fantástico e me interessar em pesquisar mais sobre o assunto. Não é preciso muito para identificar o quanto essa palavra é comum e está presente no nosso dia a dia, mesmo sem ter o hábito de utilizar. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma em cada duas pessoas no mundo já demonstrou ações discriminatórias que prejudicam a saúde mental e física dos idosos.

O etarismo é um preconceito velado. (Reprodução internet)

O etarismo nada mais é do que o preconceito de idade. A discriminação também é chamada de “idadismo” ou “ageísmo”, é muito comum e surge quando a idade é utilizada para classificar e segmentar os indivíduos. Essa separação pode provocar danos, desvantagens e até injustiças. O etarismo e suas vertentes podem se apresentar de diversas formas, como em comportamentos preconceituosos, em ações discriminatórias e através de políticas e práticas institucionais que sustentam convicções estereotipadas.

Segundo um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), a discriminação por idade é um desafio global e leva a uma saúde pública mais precária, ao isolamento social e pode até causar mortes prematuras. Trata-se de uma capciosa calamidade na sociedade. A discriminação por idade influencia na saúde através de três processos: comportamental, fisiológico e psicológico, ou seja, impacta diretamente na qualidade de vida das pessoas. Manifestações de preconceito com base na faixa etária são mencionadas em diferentes situações do nosso cotidiano.

No Brasil, etarismo é um tema novo, pouco conhecido e que ainda precisa ser muito debatido. Esse tipo de conduta da sociedade, que contesta a competência de uma pessoa por causa de sua idade, provoca a não aceitação, falta de respeito e ética, desprezo, agressões, humilhações, contribui para a baixa autoestima, sentimentos de desamparo e menos valia. É um estereótipo que atinge principalmente as mulheres e geralmente de forma cruel, exemplo: nas histórias infantis o homem velho é sempre um sábio senhor e a mulher velha é sempre a bruxa.

O termo etarismo foi usado pela primeira vez em 1969, pelo gerontologista, psiquiatra e autor americano Robert Neil Butler (1927 - 2010), para caracterizar a intolerância relacionada com a idade, contendo semelhanças com “racismo” e “sexismo”, direcionada aos mais velhos. Entretanto, em 1999, o gerontologista e professor americano Erdman Ballagh Palmore ampliou o conceito, que passou a ser executado com frequência, para nomear qualquer espécie de discriminação baseada na idade, abrangendo preconceito contra crianças, adolescentes, adultos ou idosos.

A Gerontologia é a ciência que estuda o processo de envelhecimento em suas dimensões biológica, psicológica e social. A discriminação por causa da idade é mais intensa em sistemas onde a população convive fortemente com a desigualdade social. Uma maneira de combater o etarismo é evitar dizer frases preconceituosas e estereotipadas:

  •     Desculpa perguntar, mas quantos anos você tem?
  •    É uma “coroa” enxuta para a idade.
  •    Ela poderia ser mãe dele.
  •    Está querendo parecer mocinha / garotão.
  •    Está velha demais para isso ou aquilo.
  •    Não parece que você tem essa idade.
  •    Qual o segredo para estar tão conservada?
  •    Que bonita! Não entrega a idade.
  •    Sério que você tem essa idade?
  •    Solteira nessa idade? Vai ficar para titia.
  •    Você deve ter sido muito bonita quando jovem.
  •    Você não tem mais idade para fazer ou usar isso.
  •    Você parece mais jovem.

 Podemos provocar muito sofrimento por falta de conhecimento ou pela falta de interesse em aprender e se informar. São as pequenas atitudes e mudanças que fazem uma grande diferença.

@marciamacedostos

Velha não, experiente!

Muito tempo sem postar por aqui e nesse período muita coisa aconteceu, algumas boas outras ruins, nada fora do normal, são apenas as conseq...