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terça-feira, 18 de maio de 2021

Autoestima

Manter a autoestima elevada em tempos de tantos modelos padronizados de beleza, é complicado. A beleza é relativa e está nos olhos de quem vê. Será? A autoestima compreende a avaliação subjetiva que o indivíduo faz de si mesmo, podendo ser profundamente positivo ou negativo em algum grau. Somos bombardeados o tempo todo, por tratamentos milagrosos, produtos e até intervenções cirúrgicas que nos prometem a perfeição. Toda essa pressão acaba nos deixando insatisfeitos com o nosso próprio corpo e buscando sempre atingir um nível maior de satisfação.

"Eu não sou o que aconteceu comigo, sou o que eu escolhi me tornar." (Reprodução internet)

Vivemos numa eterna busca para atingir uma boa medida de autoestima, autoconfiança e autoconhecimento, isso inevitavelmente, acaba interferindo rigorosamente na forma como vamos agir, pensar e nos comportar diariamente. O fato é que, a autoestima é uma característica essencial para a manutenção do bem-estar emocional. Ela é formada através das experiências pessoais, de comportamentos, crenças, da autoimagem e da imagem que as outras pessoas têm sobre nós. Segundo especialistas, a autoestima está diretamente relacionada ao desenvolvimento do ego.

A autoestima é estabelecida com base nas experiências do passado, na influência e nos comportamentos da atualidade, que sentencia como será o futuro. Trata-se do brio, um valor atribuído a si próprio, sendo uma avaliação física e mental, sem falar do quesito aceitação, que reverbera no equilíbrio emocional e nas nossas condutas diárias. De acordo com psicoterapia, a autoestima possui quatro pilares estabelecidos, são eles: a autoaceitação e a autoconfiança - que representam a dimensão intrapessoal, e a competência social e rede social - que representam a dimensão interpessoal.

Se você tem: competitividade em excesso; dificuldade para aceitar as próprias limitações; dificuldade para reconhecer as próprias conquistas e vitórias; falta de confiança em si mesmo; hábito de se comparar com outras pessoas; intolerância às críticas; medo da rejeição; necessidade de inferiorizar as pessoas; perfeccionismo; sensação de incapacidade; tendência a procrastinação e preguiça; timidez em excesso, preocupe-se, pois esses são sintomas claros de uma baixo autoestima. Ela pode prejudicar o desenvolvimento pessoal e profissional de qualquer indivíduo.

A baixa autoestima pode provocar transtornos como compulsão alimentar, anorexia, bulimia e obesidade, além disso, a pessoa que sofre desse mal pode desenvolver também, a dificuldade em dizer “não”. O desejo de agradar os outros sempre, de ser amado, de conseguir pertencer a um grupo específico e a dificuldade de dizer “não”, podem fomentar vários sentimentos negativos. Essa pessoa acaba sendo tomada pelo crescimento do sentimento de raiva e cada “sim” que ela fala para o outro, é um “não” que ela fala para si mesma.

Está passando por esse processo complicado? Então, o exercício para melhorar a autoestima é: admirar as próprias qualidades, focar no autoconhecimento, fortalecer o amor próprio, investir na saúde mental, emocional e física, não buscar pela perfeição, não se comparar aos outros e ser realista em relação às próprias expectativas. O indivíduo que possui a autoestima elevada, faz bem a sim mesmo e à todos em sua volta. A autoestima é um sentimento que nos faz acolher quem somos. Nós precisamos aceitar a nossa humanidade e isso inclui forças e falhas, inevitavelmente.

Sustentar a autoestima estável está diretamente relacionado com o senso de autopreservação e isso ajuda a reduzir a ansiedade e o estresse. Lição para a vida: seja muito sincero com você mesmo, mas não se cobre tanto; confie em você; cuide-se; encare bem os próprios pontos fracos; enfrente bem a solidão e o desapego; não seja modesto nem arrogante; saiba dizer não; seja seguro de si; tenha facilidade para mudar e tome atitudes. E se você sente que a sua autoestima está baixa, não hesite em procurar ajuda. “Não deixe que o ruído da opinião alheia impeça que você escute a sua voz interior.” (Steve Jobs) 

@marciamacedostos

terça-feira, 22 de março de 2022

Autocuidado

Autocuidado é o conjunto de ações diárias que cada pessoa pode fazer para cuidar de si e promover uma melhor qualidade de vida para si mesmo. É importante que a forma de exercer o autocuidado esteja em conformidade com os desejos, interesses, objetivos e prazeres de cada pessoa, que deve encontrar maneiras particulares de se cuidar. O autocuidado está diretamente relacionado com o bem-estar e por consequência, com a saúde. Para isso, é fundamental entender quais são as nossas necessidades e desejos. Quando criamos hábitos em prol de nosso próprio cuidado, contribuímos com a melhora da nossa saúde mental, física, espiritual e psíquica.

Autocuidado é respeitar os seus limites. (Reprodução internet)

Muitas vezes nós estamos tão preocupados com o outro, seja ele um parente ou um amigo, que acabamos nos colocando à disposição para ouvir e ajudar naquilo que precisam e com isso, geralmente nos esquecemos de cuidar da pessoa mais importante de nossas vidas, nós mesmos. O autocuidado não é uma atitude egoísta, é o ato de cuidar de si mesmo, focando no bem-estar e isso em nada se refere ao egoísmo, os conceitos são diferentes. Egoísmo é a atitude ou o hábito de colocar os próprios interesses e opiniões em primeiro plano, isso em detrimento do bem-estar das pessoas com as quais está se relacionando.

Quando nós praticamos e priorizamos o autocuidado, somos capazes de compreender melhor quem somos, o que queremos e o que podemos fazer para melhorar aquilo que é necessário para a nossa vida. Praticando o autocuidado podemos: aumentar a criatividade e a produtividade, controlar a ansiedade, desenvolver o autoconhecimento e melhorar a autoestima e a autoconfiança, além disso, se auto cuidar ajuda a conhecer melhor o próprio corpo e todos os sinais que ele nos dá, mostrando principalmente, quando algo não está bem. Com isso, fica mais fácil estabelecer práticas e regras para assumir o controle da vida.

Fazer algo sem motivação, apenas por obrigação, que suga a nossa energia, significa que não estamos praticando o autocuidado e assim nos maltratamos cada vez mais. É mais fácil justificar que estamos muito ocupados do que aceitar que precisamos parar e pensar com carinho em nós mesmos. Não tem como preservar a autoestima sem praticar o autocuidado, um está entrelaçado ao outro. A autoestima é essencial para que confiemos nas nossas decisões, é a partir dela que conseguimos avaliar o que fazemos de nós mesmos e para constituí-la é indispensável desenvolver o autoconhecimento. Isso nos proporciona melhor qualidade de vida.

Os tipos de autocuidado são: emocional, espiritual, físico e social. Emocional - precisamos estar conectados com as nossas emoções e buscar o autoconhecimento, temos que desenvolver a gratidão e elevar nosso bem-estar; Espiritual - é importante porque é por esse meio que conseguimos nos conectar com sentimentos de paz, amor próprio e propósito de vida; Físico - está relacionado ao cuidado com o corpo, é importante cuidar da alimentação, do sono e fazer atividade física, isso protege até a nossa saúde mental; Social - é muito importante se conectar com outras pessoas e construir bons relacionamentos, pois é através da interação social e convivência que promovemos impactos significativos nas nossas vidas.

@marciamacedostos

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Relacionamento tóxico

O assunto de hoje é muito sério e precisamos falar mais sobre ele. O relacionamento tóxico é caracterizado pela vontade de controlar o outro pelo simples desejo de manter o domínio, isso dá uma falsa impressão de que se tem aquela pessoa somente para si. Trata-se de um comportamento que se manifesta devagar, aos poucos e de forma sutil, mas que geralmente, passa dos limites e provoca muita tristeza e sofrimento. 

Na relação tóxica tem: críticas, isolamento, a autoestima acaba e suas virtudes viram defeitos. (Reprodução internet)

Não é nada fácil conseguir se libertar de um relacionamento tóxico, mas isso é fundamental, pois ele pode provocar sérios prejuízos para a pessoa que ocupa o lado mais frágil da relação. Quem está nesse tipo de relacionamento, se sente muito mal, presa àquela situação e não visualiza possibilidades de crescimento pessoal. Geralmente, esse cenário se restringe ao campo psicológico.

Esse relacionamento pode ocorrer em qualquer tipo de vínculo, seja ele amoroso, familiar, de amizade ou até mesmo no ambiente profissional, mas é muito comum acontecer na relação amorosa. Normalmente, o indivíduo tóxico não percebe que está tendo essa conduta, é uma pessoa que está de mal com a vida, mas não tem uma intenção clara e definida de machucar e ferir a outra pessoa.

O indivíduo que possui um perfil tóxico costuma reclamar de tudo e de todos, gosta de criticar e julgar os outros com frequência. Além disso, ele suga a energia do outro e como na maioria das vezes, não percebe o que está fazendo, acaba ficando chocado quando é confrontado sobre o assunto e não acredita que provoca tanto desconforto na vida da outra pessoa.

Qualquer pessoa pode desenvolver um ou vários tipos de comportamentos tóxicos, mas esse fato em si não transforma, necessariamente, uma relação em um relacionamento tóxico. De acordo com especialistas, isso só ocorre quando há consistência, dano e intensidade. Na relação tóxica existe muito ciúme, excessiva cobrança e falta de liberdade. A vítima fica dependente e acaba se acostumando com a situação.

Não visualizamos as características nocivas de uma pessoa, quando começamos um envolvimento com ela e isso acontece porque ignoramos os sinais que são apresentados desde o começo, pelo fato de existir uma ligação emocional. Com o passar do tempo, quando diminui o encantamento, é possível perceber os indícios claros de uma relação tóxica.

Mesmo diante de vários indicativos de que a relação não está fazendo bem e nem promovendo um sentimento real de felicidade, a pessoa pode se sentir presa nesse relacionamento. Existem vários sinais que indicam que você pode estar vivendo um relacionamento tóxico, é necessário estar atento aos indícios e procurar ajuda, antes que algo pior possa acontecer.

Se na sua relação, a culpa de tudo é sempre sua; o outro não apoia suas metas e escolhas de vida; a relação traz à tona suas piores características; tem acúmulo de chateações; há críticas desmedidas; a energia é negativa; existem suspeitas o tempo todo; há ameaças frequentes de término do relacionamento; há dependência; há uma constante luta pelo poder; ocorrem crises frequentes de ciúmes; quando estão juntos você “pisa em ovos”; você não é você mesmo; você não se sente feliz; você não visualiza um futuro para relação... Sinto muito! Mas provavelmente, o seu relacionamento é tóxico.

A cura de um relacionamento tóxico não é uma tarefa fácil, nem simples. A atitude mais comum de quem está nessa situação é a negação, a pessoa não enxerga o quanto é doentio persistir em algo prejudicial à saúde mental, emocional e física. Para se livrar da relação nociva, a primeira iniciativa é trabalhar a aceitação e estabelecer uma rede de apoio, com pessoas dispostas a ajudar.

É importante investir no autoconhecimento, para entender os motivos que te fazem estar numa relação doente, praticar a autoconfiança e a autoestima. Procurar ajuda profissional é interessante, pois ele pode te orientar a ressignificar a experiência ruim que viveu e a se fortalecer para ter uma relação saudável. Se valorize e não aceite menos do que você merece.

@marciamacedostos

terça-feira, 5 de abril de 2022

Fofoca

É tão difícil lidar com fofocas. Algumas vezes a fofoca não passa de fuxico, mexerico, boato ou falatório, algo que não causa maiores danos. Mas, há vezes que a coisa pode ficar séria e provocar especulação, difamação, intriga e calúnia, nesses casos o estrago toma proporções inimagináveis. A fofoca não representa apenas a atitude de fazer afirmações baseadas em fatos que não são reais, embasadas na especulação da vida alheia, além da divulgação de fatos da vida de outras pessoas sem o consentimento das mesmas, independente de que seja na intenção de desonrar ou simplesmente de fazer um comentário maldoso.

A boca que trás uma fofoca é a mesma que leva um comentário. (Reprodução internet)

O costume de falar da vida dos outros diz mais sobre quem fala do que de quem é falado. Fazer fofoca é um hábito que está socialmente enraizado em praticamente todas as culturas, afinal de contas, nós somos curiosos por natureza. Os fatores que envolvem essas questões evidenciam muito a respeito do caráter e da personalidade de um indivíduo, está relacionado até com o andamento da vida particular dessa pessoa. Dificilmente, o ato de fofocar possui um viés positivo. Criar confabulações, especulações, maledicência a até divulgar a intimidade dos outros podem provocar grandes males, pois a maioria das fofocas são tóxicas e desrespeitosas.

Geralmente, as informações passadas através de uma fofoca não correspondem à realidade, o assunto que se propaga sofre modificações e chega aos ouvidos alheios de maneira deturpada. Os fofoqueiros de plantão costumam ter baixa autoestima e possuem uma grande necessidade de chamar atenção. São pessoas agressivas, carentes, imaturas e inseguras, com a saúde mental prejudicada e por isso, fazem da fofoca um meio de atrair as atenções. Uma característica grave que um fofoqueiro pode ter é a inveja, mas normalmente, acontece de forma inconsciente, ele desqualifica o outro para provar que é uma pessoa muito melhor.

Além de uma fofoca ser repleta de julgamentos, ainda externa os valores e preconceitos que o fofoqueiro traz dentro de si, sendo uma maneira de reproduzir e fortalecer seu círculo de convivência. Há quem diga que os fuxicos ajudam as pessoas a regularem o estresse e a fiscalizar o mau comportamento alheio. Trata-se de uma estrutura perversa que prejudica a sociedade por ser uma espécie de desmoralização social, o uso indiscriminado das redes sociais e as fake news são a prova disso. A prática de fofocar reflete problemas emocionais caracterizados por ansiedade e frustração, e nesses casos, a fofoca demonstra um mundo interno doente.

Muitas vezes o fofoqueiro precisa de ajuda para distinguir o mundo real do mundo imaginário, pois em algumas situações, a fofoca é motivada por fantasias. Agora, se não há a intenção de prejudicar alguém ou está conectada com a necessidade de contar histórias, não existe nada de mau nisso, a fofoca pode sim, ser positiva. Outra vantagem é usar essa prática como um impulsionador, para tomar consciência da própria existência e fazer um exercício honesto de autoconhecimento. Quando a pessoa faz isso, acaba se isentando de prestar atenção naquilo que precisa ser melhorado em si mesmo.

Refletir sobre o assunto não é agradável, provoca sofrimento e para fugir disso o indivíduo fala mal do outro. Com isso, um alívio momentâneo é experimentado, pois a dificuldade dessa pessoa permanece apenas dentro dela, daí a necessidade de criar fofocas como estratégia de fuga. Compreender essa atitude e seus mecanismos ajuda numa reflexão melhor de si mesmo, tem casos que psicoterapia pode ajudar para reforçar a autoestima. Ocupar-se com a vida dos outros parece coisa de quem não consegue ter uma existência plena, mas, quando a pessoa se aceita como é, se sente bem em ser quem é, e é seguro de si mesmo, com certeza, vai se preocupar menos com a vida alheia.

@marciamacedostos

terça-feira, 13 de setembro de 2022

Viajar é viver

Viajar é trocar a roupa da alma! Se existe coisa melhor do que viajar, eu desconheço. Não há nada melhor do que conhecer lugares, descobrir histórias e aprimorar o conhecimento, aliás, está ai a única coisa que ninguém será capaz de tirar de nós: o aprendizado. E vamos combinar? Nada melhor do que aprender vivendo. Viajar ajuda a abrir a mente e ampliar os horizontes, ensina muito mais do que qualquer escola. Na prática, é possível aprender história, geografia, outras línguas no caso de viagens internacionais e o mais importante de tudo, nos tornamos mais humanos.

A vida é curta e o mundo é grande. (Arquivo pessoal)

Gosto de visitar belezas naturais, lugares que possuem uma natureza estonteante e regiões históricas com construções antigas e significativas. Quem dera eu pudesse viajar mais, pois faço bem menos do que gostaria. Viagens internacionais me provocam desejo, acompanho muito quem faz turismo por esse mundo afora, só que, conhecer mais o Brasil é o meu sonho de consumo. Deus me permita realizar esse sonho! É importante partir para uma viagem de coração aberto, disponível para se surpreender e disposto a absorver e respeitar as singularidades de cada lugar.

Viajar enriquece a alma e o coração! Em cada viagem que faço, procuro encarar como uma oportunidade de voltar diferente e tento conquistar coisas boas, compreender culturas e costumes para elevar a minha compreensão sobre o mundo. Todo esse aprendizado me faz crescer e desenvolver novas habilidades. Afinal, investir em experiências é melhor do que em coisas. Ser é muito melhor do ter! Sair da zona de conforto te faz querer se desafiar cada vez mais, mas, para isso é necessário se despir de todo preconceito e julgamento, e se vestir genuinamente de respeito.

Podemos trazer muitos benefícios para o corpo, a mente e as emoções quando viajamos, por exemplo: recarrega as energias, refresca as ideias e melhora muito a saúde. Isso eu posso garantir, e olha que eu não viajo tanto quanto gostaria, infelizmente. Mas, se a gente tiver um espírito curioso (no bom sentido da palavra), aventureiro e desbravador, em qualquer lugar que for, seremos capazes de descobrir coisas novas e enxergar o belo na simplicidade. Você pode visitar um lugar por várias vezes, nem precisa ser longe, mas em todas elas vai encontrar novidades.

Viajar nos faz viver mais e melhor; ajuda a relaxar e a manter a mente e o corpo saudáveis; a gastronomia pode ser um presente para o organismo; aumenta a capacidade cognitiva; auxilia a saúde mental e física; desenvolve novas habilidades; diminui o risco de um ataque cardíaco; melhora a autoestima; possibilita uma fuga sadia da realidade; promove o autoconhecimento e o amor próprio; reduz bastante o estresse e a ansiedade; renova o ânimo... Tudo isso nos faz estimular em nós o hormônio da felicidade e do bem-estar.

São muitas as vantagens que podemos ter quando decidimos aproveitar, no real sentido da palavra, uma viagem para o campo ou a cidade, perto ou longe, cara ou barata. Os neurotransmissores aumentam a produção de substâncias ligadas ao prazer, como dopamina, endorfina, ocitocina e serotonina. Então abra o coração, enxergue com os olhos da alma a beleza de cada lugar que visita, mesmo que seja um passeio pela sua própria cidade, conheça a história da região onde mora. Acredite, é enriquecedor e a beleza está nos olhos de quem vê! Eu sigo praticando.

@marciamacedostos

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Paz interior

Época de Natal é um período em que fazemos profundas reflexões, um balanço de como está a vida, aquilo que deu certo e o que não deu, o que fizemos de correto e o que podemos, ou melhor, precisamos melhorar. É exatamente assim que estou me sentindo, buscando paz interior, depois desse ano tão difícil e que sucedeu outro ano igualmente complicado. Não me atrevo a considerar que os meus problemas são maiores, quando percebo os vários privilégios que tenho, desde um lugar seguro para morar, todos os que amo estão vivos e bem, além uma rede familiar que me garante apoio incondicional, além de tantas outras regalias.

Ninguém pode lhe proporcionar paz, além de você mesmo. (Reprodução internet)

A paz interior também chamada de paz mental é um coloquialismo que se refere ao estado de estar mentalmente ou espiritualmente em paz, com consciência e compreensão para encarar conflitos, ansiedade, estresse ou frustração. Minha mãe sempre diz: “A paz não tem preço”, “Nada tira a minha paz”, “Não perca a sua paz”, “Fique em paz”... São frases que ouço com muita frequência e em algumas situações fico perturbada porque não consigo ter toda essa tranquilidade de espírito. Compreendo então, que se trata de uma infinita busca e como tal, possui caminhos secretos e únicos que precisam ser descobertos individualmente.

Costumamos pensar que os sentimentos da alma são consequências da casualidade temperamental e da força divina. Dificilmente lembramos que a conexão entre sentimento e ambiente está profundamente associada com a responsabilidade que temos em estimular a tranquilidade e o equilíbrio ou a angústia e o desespero. Geralmente lamentamos determinadas situações e acabamos esquecendo a raiz do sofrimento, mas se fizermos uma análise e observarmos com bom senso, com certeza enxergaremos a razão da aflição. Delegar nossa alegria, nossa segurança, nosso bem-estar e nosso tempo a outra pessoa é prenúncio de uma vida infeliz.

“Muitas das circunstâncias da vida são criadas por três escolhas básicas: as disciplinas que você decide manter, as pessoas com quem você decide estar e as leis que você decide obedecer” - Charles Millhuff. Se sentir em paz, viver em paz e dormir em paz são efeitos do cuidado que precisamos ter ao fazer as nossas escolhas, da atenção que damos para as consequências de nossos atos e do empenho em desfrutar da verdade. O destino é fruto de nossas escolhas e por isso precisam ser acertadas e conscientes, pois elas são de nossa própria responsabilidade.

A paz interior nada mais é do que uma profunda calma e de acordo com especialistas, para alcançar essa paz é preciso silenciar os pensamentos para conseguir se conectar a si próprio. Acreditar na paz ajuda a desenvolver estágios mentais mais extensivos, partindo da indiferença, da baixa autoestima e nos conduzindo no sentido da saúde mental e emocional. Se quiser atingir essa tão desejada harmonia, não busque a aprovação de ninguém, a paz interior vem de assumir e respeitar suas escolhas, mas para tê-la não tente controlar tudo e todos, é inútil. Cada indivíduo é único.

Perdoe e se perdoe, praticar o auto perdão é essencial na busca da paz mental. É importante eliminar os pensamentos negativos e repetitivos, viva sem culpa e sempre seja grato. Observar a natureza é um ótimo exercício, pois acalma os pensamentos e funciona como um ponto de equilíbrio que envolve a vida. Não devemos nos apegar às decepções e sim cultivar a gratidão. Esse é o caminho e pode nos auxiliar para ter mais paz interior. Aproveitem o espírito natalino para refletir sobre a vida e fazer as mudanças necessárias que promovem uma saúde plena. Sigo tentando!

FELIZ NATAL!!!

@marciamacedostos

terça-feira, 6 de abril de 2021

Minha liberdade

Se tem uma coisa que prezo muito na vida, é a minha liberdade. É libertador poder pensar e agir conforme a nossa própria vontade. Não é um processo fácil, muito menos rápido, chegar nessa fase, pois existem várias situações externas que podem podar a nossa personalidade. É preciso ter muita coragem para se libertar de todas as amarras e viver de acordo com aquilo que desejamos e é aí que fica valendo aquela máxima: É muito melhor SER do que TER. 

A liberdade é o oxigênio da alma. (Reprodução internet)

Depois de todas as minhas vivências, atualmente, não admito que ninguém venha tirar a minha liberdade. Não é da minha autonomia de ir e vir para qualquer lugar que estou falando e sim, da minha liberdade de ser quem eu sou. Eu aprecio demais, ser exatamente como sou. Não sou perfeita, longe disso, sigo acertando, errando e sempre aprendendo, cada vez mais sobre as delícias de ser eu. A minha vida é um conto de falhas e está tudo bem.

Sou chata, observadora, intuitiva, crítica e muito desconfiada, preciso ser livre para seguir os meus instintos, se der certo, muito bem e se der errado, tudo bem também, levanto e faço novamente. Se tentar me controlar, não vai funcionar. Vou agir, falar e querer de acordo com a minha consciência, somente ela pode me parar. Ahh!... Mas você não tem medo? Medo eu tenho de não tentar, de me reprimir, de desistir. Prefiro pecar pelo excesso do que pela falta.

Definitivamente, eu me dou a liberdade de ser quem sou, e não aquela que esperam que eu seja. Muitas vezes, já mudei algo em mim para agradar outras pessoas e confesso, na maioria delas acabei saindo machucada, não vale a pena, é perca de tempo e o tempo é precioso demais para ser desperdiçado assim. Estar em paz com nós mesmos é bem mais importante, pois somos as nossas únicas, verdadeiras e eternas companhias.

Aprendemos desde criança, que o mundo funciona de uma forma preestabelecida e nós precisamos agir de acordo, caso contrário, seremos condenados para o resto da vida. Por causa do medo, acabamos abaixando a cabeça e seguimos as regras que nos são determinadas, geralmente, sacrificamos a nossa felicidade e a nossa realização, somente para nos encaixar dentro dos padrões. Puro engano, ninguém consegue ser feliz moldando a própria vida de acordo com as opiniões alheias.

Precisamos priorizar as nossas próprias opiniões a respeito de nossas vidas diante dos palpites de pessoas que por mais que sejam próximas, não sabem o que de fato estamos sentindo. Ser feliz está relacionado com ter liberdade para fazer as próprias escolhas, seguindo um caminho que se encaixe na sua jornada. Para que a vida seja significativa, é preciso ter autenticidade e para isso é necessário superar os obstáculos e desafios.

O importante é nos refazer todas as vezes que nos olharmos no espelho e perceber a possibilidade de não nos reconhecermos mais. Esse é o ponto. É triste constatar que está desperdiçando grande parte do tempo e até da vida, apenas se conformando. Dentro de nós existem todas a ferramentas para mudar o rumo das coisas, o segredo é fazer uma avaliação sincera da vida, buscar o autoconhecimento e descobrir. Só depende de nós.

Dê a atenção e o amor que você merece e mude, se conheça, se transforme, se reinvente. Seja livre para ser quem você realmente é e trabalhe para se fazer feliz, ainda que isso incomode muita gente. Ninguém vai viver a sua vida no seu lugar, a responsabilidade de se cuidar e buscar o próprio sucesso é exclusivamente sua, portanto, seja fiel e leal a você em primeiro lugar, sempre mantenha a autoestima. É libertador! A vida é muito curta para não sermos nós mesmos.

@marciamacedostos

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Velha não, experiente!

Muito tempo sem postar por aqui e nesse período muita coisa aconteceu, algumas boas outras ruins, nada fora do normal, são apenas as consequências da vida adulta. Mas o blog é o meu xodó e bateu uma vontade de aparecer, e aqui estou eu. Hoje é meu aniversário e sabe aquela sensação de que você não se encaixa em nenhum grupo social? Pois é exatamente o que estou sentido. Sou jovem pra ser velha e velha pra ser jovem, já falei sobre isso aqui, só que agora com alguns aninhos a mais.

"Tenho medos bobos e coragens absurdas." (Arquivo pessoal)

A sociedade impõe expectativas e padrões que valorizam a juventude. O etarismo tenta massacrar a nossa existência, como se não tivéssemos o direito a continuar viva, ser feliz e realizada. Sinceramente, eu gosto da mulher que me tornei, tenho orgulho de mim. Sei que estou “amadurecendo”, mas o contrário disso seria?... Importante é ter saúde física e mental. Os efeitos do tempo são reais, mas as experiências acumuladas e a vontade de viver o desconhecido e ser surpreendida por ele seguem intactas.

Grupo social é um conjunto de pessoas que se relacionam de forma estável, com objetivos e interesses em comum. O meu sentimento é que, quando estou num grupo de pessoas mais jovens, os assuntos não batem, eles são mais eufóricos e imediatistas; já quando as pessoas têm mais idade que eu, tenho receio de não atingir a profundidade necessária em qualquer assunto abordado. São apenas sensações! Bom mesmo é quando a gente se sente pertencente, falando a mesma língua que os demais.

Faço terapia há alguns anos e isso me fez olhar com mais carinho para mim, melhorar a autoestima e trabalhar as inseguranças. Quando olho para a Márcia do passado e lembro-me das inquietudes que tinha, sinto vontade de abraçá-la e garantir que vai fica tudo bem e de fato, está tudo bem. Uma lição que ainda estou aprendendo é lidar com a culpa. Trata-se de um sentimento intruso que quando menos espero se faz presente e tenta a todo custo me tirar a paz, porém não é saudável permitir.

Tenho amor próprio, saúde, paz, uma família abençoada, boas amizades e o mais importante, Deus no controle de tudo. O que mais posso querer? Ahh! Bastante coisa! Que com , coragem e força de vontade ainda irei conquistar. Na vida a gente precisa aprender a superar as fases complicadas, vencer as angústias cotidianas, tratar a ansiedade e ressignificar decepções e frustrações. Não é fácil transformar isso tudo em aprendizado, mas praticar o autocuidado é absolutamente necessário.

A vida está em constante renovação, ela é cíclica e tudo sempre faz sentido, se não agora, um dia irá fazer. Nada é mais importante do que ter a liberdade de ser quem sou, sei das minhas qualidades e dos meus defeitos, e sigo buscando evoluir sem perder a minha essência. O tempo é o nosso bem mais precioso, ele é o senhor da razão e Deus é o Senhor do destino, enquanto há vida, temos tempo para recalcular a rota e sem medo escrever uma nova história nas páginas que ainda estão em branco.

Que o meu novo ciclo seja leve e intenso ao mesmo tempo! Encontro você nas páginas da vida.

@marciamacedostos

terça-feira, 10 de agosto de 2021

Dia dos pais

No Brasil, todo segundo domingo do mês de agosto é celebrado o dia dos pais e a importância desse papel na vida e no desenvolvimento dos filhos, no âmbito familiar e social. É importante salientar que a figura de pai não se restringe ao pai biológico ou especificamente ao personagem masculino. Trata-se da função paterna, aquela que pode perfeitamente ser desempenhada pelo avô, tio, padrasto, pai adotivo, irmão mais velho e até a própria mãe, por qualquer pessoa próxima do menor, independente do gênero. Pelas últimas transformações culturais, a função paterna passou por uma significativa evolução.

Ser pai é ser amigo, companheiro e estar presente na vida do filho. (Reprodução internet)

Assim como o dia das mães, a comemoração ao dia dos pais foi pensada com objetivo de fortalecer os laços familiares, a ideia de celebrar esse dia surgiu em 1909, nos Estados Unidos. A filha de um ex-combatente da Guerra Civil Americana, Sonora Louise Smart Dodd (1882 - 1978), decidiu homenagear o seu pai. O primeiro dia dos pais foi comemorado em 19 de junho de 1910, dia do aniversário do pai de Sonora e a celebração se tornou feriado nacional estadunidense em 1972. Existe ainda uma tradição afirmando que a data comemorativa é originada há mais de quatro mil anos, na Babilônia.

De acordo com relatos históricos, o filho do rei Nabucodonosor, teria moldado o primeiro cartão do dia dos pais, em argila. O jovem preparou esse objeto para o seu pai, desejando saúde, sorte e vida longa. A partir daí, a data se tornou uma festa nacional. Em outros países do mundo, as comemorações são realizadas em diferentes datas, conforme a história de cada país. Aqui no Brasil, a primeira comemoração foi em 14 de agosto de 1953, por causa de um concurso que homenageou três categorias: o pai com maior número de filhos, o pai mais novo e o pai mais velho.

Antigamente, a figura de um pai comum, era dominante, cheio de autoridade, que fazia questão de manter uma distância afetiva dos filhos, evidenciando uma função mais educadora e disciplinadora. Atualmente, é possível identificar pais mais afetivos e participativos com suas famílias. Isso se deve às mudanças na hierarquia familiar e os questionamentos da autoridade paterna. Muitas dessas transformações estão acontecendo porque a mulher moderna está acumulando conquistas relevantes, ainda estamos longe do ideal, mas é um importante começo.

A função do pai deveria ser um complemento à função da mãe, mas nem sempre é assim que acontece, infelizmente. O fato é que a formação e a estrutura do ego dos filhos, assim como a sua inserção na sociedade é papel de mãe e pai, ou deveria ser. Estudos afirmam que a presença da figura paterna na vida de um ser em formação é decisiva para o desenvolvimento afetivo, cognitivo e social. A função paterna é capaz de gerar no filho a melhora da autoestima, além do desenvolvimento de uma estrutura psicológica mais forte, tornando o capaz de tomar decisões mais assertivas.

Sábio é o pai que conhece e conduz o seu próprio filho. (Reprodução internet)

A ausência do pai pode provocar agressividade, ansiedade, insegurança e conflitos no desenvolvimento cognitivo e psicológico dos filhos, além de induzir o surgimento de distúrbios comportamentais e até gerar a depressão. Mas isso não é uma regra ou algo irreversível, a ausência do pai não significa a inexistência da representação da figura paterna ou masculina, qualquer pessoa pode exercer essa função e permear a trajetória da criança até a fase adulta. Fazer parte da vida de um filho é construir seu ambiente e a sua visão de mundo.

O dia dos pais vai muito além de um marco comercial, é um apelo para relações mais profundas e reais, com uma convivência afetiva e principalmente, “presença” entre pai e filho. Ser presente tem muito mais valor do que dar presente, os verdadeiros pais, participam da vida de seus filhos, brincam, acompanham, educam, orientam para a vida, sendo exemplo de apoio e segurança. É assim que deve ser, pais precisam exercer uma paternagem de qualidade. Não basta ser pai, tem que participar.

@marciamacedostos

terça-feira, 1 de junho de 2021

Os desalentados

No Brasil, o índice geral de desemprego segue batendo recordes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o número atingiu cerca de 14,7% da população e entre os jovens de 18 a 24 anos, esse resultado chega próximo do dobro, cerca de 29,8%. Desalentado é o adjetivo dado à quem se mostra desanimado, desencorajado, sem ânimo e sem vontade de agir, trata-se de um desesperançado. Pesquisas apontam que cresceu o número de pessoas desalentadas no país, aqueles indivíduos que desistiram de procurar emprego, pois não acreditam que irão encontrar.

Que não te consuma, aquilo que não te soma. A pior derrota é o desalento. (Reprodução internet)

Entre as justificativas apresentadas para a desistência de procurar emprego e se tornar um desalentado, estão: não conseguiu trabalho por ser considerado muito jovem ou muito idoso; não conseguiu um trabalho adequado; não havia trabalho na localidade de residência; não tinha experiência profissional ou qualificação adequada; e o argumento atual que retrata os impactos negativos que a Pandemia causou na economia nacional. Atualmente, são cerca de 6,0 milhões de desalentados no país, que são aquelas pessoas que deixaram de procurar emprego, outro recorde de acordo com o IBGE.

Conforme dados do IBGE, somando os números de desalentados e de desempregados, ou seja, aqueles que estão procurando emprego e os que desistiram, o total fica em torno de 20,3 milhões de brasileiros. Por causa da Pandemia da Covid-19, são cerca de 39,6% da população brasileira inserida na informalidade. Trata-se de um exército de desempregados, informais, subocupados e desalentados. Segundo o órgão federal, no primeiro trimestre de 2021, a média de desempregados ou desocupados ficou em torno de 14,8 milhões de brasileiros.

O fato é que a situação está complicada demais, temos uma crise sanitária que persiste e a crise econômica que atinge índices cada vez mais absurdos. Um importante aspecto que causa essa grande contingência de desalentados no Brasil, é o período longo de recessão que enfraquece a economia, gerando escassez de emprego e uma inércia no mercado econômico, que por sua vez, adquire uma dificuldade de reação, formando um círculo vicioso, que resulta na insuficiência da oferta de emprego formal. A falta de preparo do mercado para absorver a grande demanda de desempregados só agrava a situação.

Ficar desempregado atinge diretamente a nossa saúde mental. O excesso de preocupação atrapalha muito a nossa vida e nos deixa angustiados, ansiosos, culpados e com baixa autoestima. É difícil encontrar um ponto de equilíbrio que nos permita ter a sabedoria para agir de forma inteligente, mantendo o controle da situação, mesmo que adversa. Um caminho de possibilidades é investir no empreendedorismo, boa parte das empresas, surgem da necessidade de produção para garantir o sustento familiar.

Outras sugestões importantes são: nunca deixe de estudar, por mais difícil que esteja o mercado de trabalho; mantenha o currículo bem elaborado, com dados e informações atualizados, evitando endereços de e-mail e redes sociais com palavras inadequadas; procure investir constantemente no aprendizado para desenvolver competências profissionais; cultive uma boa rede de relacionamentos, o networking é extremamente útil para qualquer profissional; seja proativo, isso é visto com bons olhos pelo empregador; e por fim, cuide da saúde física, mental e espiritual. Jamais perca a esperança. Vá a luta!

@marciamacedostos

terça-feira, 27 de julho de 2021

Dia dos avós

Em 06 de julho é celebrado o Dia Mundial dos Avós, no Brasil, em Portugal e na Espanha. A comemoração surgiu em Portugal, com objetivo de homenagear e agradecer todo amor e carinho dos avós por seus netos. O dia 06 de julho foi escolhido em tributo à Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo. De acordo com a tradição da igreja católica e dos evangelhos apócrifos, os santos são considerados padroeiros de todos os avós. Mas, é importante destacar que não existe a genealogia de Maria - mãe de Jesus, nos evangelhos oficiais que integram a bíblia original. 

Avós são amor que nunca envelhece e sabedoria que nunca acaba. (Reprodução internet)

A data comemorativa recorda a canonização de Santa Ana e São Joaquim, no ano de 1584. Sant’Ana é considerada a padroeira das mulheres grávidas e daquelas que desejam ter filhos. Conforme a história, uma senhora portuguesa chamada de Ana Elisa Couto (1926 - 2007), mais conhecida como Dona Aninhas e vovó de seis netos, reivindicou durante aproximadamente 20 anos, a implantação de uma data comemorativa para os avós. Na Assembleia da República de Portugal, a data foi estabelecida no ano de 2003.

Antes de Dona Aninhas, o dia 26 de julho era uma data dedicada somente aos santos, sem evidenciar a celebração aos avós. O comércio também se mobiliza em torno da comemoração ao dia dos avós, muitos netos costumam presenteá-los como forma de agradecimento por todo amor, carinho e atenção que recebem deles. Além de serem o alicerce da família, a existência dos avós em nossas vidas é uma honra para todos nós. As experiências e os conhecimentos de vida que nos são transmitidos por eles, mesmo aqueles de cultura simples, têm muito valor, é uma grandeza que não se compra.

Independente da associação ou não com a tradição dos santos católicos, assim como a inclusão da figura dos avós de Jesus nesse legado, os personagens de Ana e Joaquim revelam muito sobre o papel imprescindível dos avós na organização de uma família. Muitos avós desempenham o papel de pais dos seus netos, outros necessitam de cuidados dos netos por situações diversas, mas, seja qual for o vínculo, é vital que seja repleto de cumplicidade e amor. A imagem dos avós nos revela nosso próprio futuro, ou seja, reflete aquilo que um dia seremos. O que você deseja refletir no seu futuro?

Ser idoso é acumular experiências e sabedorias que devem ser compartilhadas. (Arquivo pessoal)

Os avós são a base da família e por essa razão é importante preservar os laços afetivos e proporcionar muita atenção e carinho, pois o maior prazer da vida deles é ver todos bem, com saúde e vivendo em harmonia. Eles merecem todo nosso respeito e consideração, por serem mais velhos e também por se tratar da nossa ancestralidade. Para que os seus avós tenham vida longa, não permita que eles se sintam sozinhos, é cientificamente comprovado que a convivência familiar, promove bem-estar, aumenta a autoestima e produz felicidade.

Envelhecer faz parte da vida e é o destino de todos nós, portanto considere, valorize e dignifique os mais velhos, eles são a nossa raiz. Aproveite a virtude da experiência que seus avós acumularam no decorrer da vida, eles são fonte de muita inspiração e sabedoria, que podem transmitir para as gerações posteriores. O dia dedicado aos avós representa uma oportunidade para pensarmos sobre o futuro que nos aguarda e sobre a trajetória que estamos traçando para as nossas vidas. Você no futuro terá orgulho ou vergonha da pessoa que se tornou? Pense nisso

@marciamacedostos

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Bebê arco-íris

Bebês arco-íris são crianças que nascem de mães que já sofreram aborto espontâneo ou que tiveram filhos mortos de forma prematura. Para muitas mães que passaram pela perda prematura de um filho, a chegada de um bebê é a luz que surge após uma tragédia, como o arco-íris que nasce depois da tempestade. O arco-íris é uma promessa de sol depois da chuva, a serenidade depois da tempestade, a alegria após a tristeza e a paz após a dor, mas principalmente, é a esperança e o amor após uma perda. Para a mãe a chegada de um bebê é um período de fortes emoções e a perda provoca uma dor inconcebível.

Depois da tempestade, vem a calmaria. (Reprodução internet)

Mesmo que uma criança não chegue para uma família que já tenha uma história de perda e tristeza por trás, a chegada de um bebê sempre simboliza luz, é a esperança de um futuro melhor para todos em sua volta. Assim como um fenômeno da natureza, o bebê arco-íris chega para avivar a vida dos pais, após uma tormenta. O bebê arco-íris não transforma o passado nem substitui a experiência ruim, seria muita responsabilidade, ele só traz um novo sentido para vida e transforma o futuro. O significado de bebê arco-íris nada mais é do que lembrar a mamãe e toda a família de que depois da tempestade, sempre vem a bonança.

Para compreender a representatividade dessa criança, é necessário entender mais sobre o bebê estrela. Esse é o bebê que perdeu a vida sendo por aborto espontâneo, por outra razão qualquer ou depois do nascimento e como costumamos dizer, virou uma estrelinha, um anjinho que continuará sempre sendo um filho. Não é porque a mãe perdeu um bebê, que ela deixou de ser mãe, existiu um filho, portanto existe uma mãe, é necessário compreender isso e viver o luto da perda, entendendo e aceitando o processo doloroso, sem fechar a porta da esperança. O bebê arco-íris não substitui o bebê estrela, só devolve a capacidade de sonhar para a família.

Durante a gravidez, a mulher se transforma e seus sentimentos ficam intensos, se é uma gestação de bebê arco-íris, tudo ganha uma dimensão muito maior. Para viver tudo novamente, a mulher se sente pressionada, frustrada e com a autoestima baixa, podendo até desenvolver ansiedade e uma angústia profunda. Durante esse processo o apoio da família é fundamental e talvez seja necessária uma ajuda profissional para lidar melhor com o misto de sentimentos, bons e ruins, assim ela consegue aproveitar melhor a gravidez, com muita alegria e gratidão. O sentimento de culpa também se faz presente nesse período delicado, por parecer que a superação foi muito rápida.

Ser mãe é uma experiência intensa e única, cada mãe descobre no seu tempo e do seu jeito uma maneira própria de cuidar do filho, mas quando se trata de um bebê arco-íris, os traumas anteriores podem estimular, mesmo sem querer, uma superproteção do neném. Apesar de todo o excesso de cuidados terem motivações de fácil entendimento, é provável que seja prejudicial para desenvolvimento da criança. A superproteção pode afetar de forma negativa o crescimento do filho, dificultando o aprendizado e prejudicando a independência e a capacidade de enfrentar os desafios e a frustrações habituais da vida.

É importante ficar atento para não sobrecarregar o filho de cuidados e expectativas. Quando superprotegemos nossos filhos, acabamos impedindo que eles se tornem independentes e como não estaremos presentes em todos os momentos da existência deles, é melhor que eles saibam socializar e lidar com as decepções da vida. A desilusão de uma criança superprotegida será bem maior cada vez que estiver diante de um novo desafio. Infelizmente, não teremos a capacidade de prevenir todas as dores no decorrer da vida de um filho, é preciso permitir que ele cometa seus próprios erros, corrija e supere seus fracassos, erga a cabeça e siga adiante. Criamos filhos para o mundo!

@marciamacedostos

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Meu amigo cão

Depois de um 2020 bem difícil e desafiador, que testou todos os meus limites, mas também me trouxe bastante aprendizado, além de alguns “poucos” cabelos brancos, que eu odeio. Decidi que o primeiro texto de 2021 precisava ser leve e revelar a mais pura expressão do amor. A convivência com os animais só traz benefícios para a vida e até para autoestima dos seres humanos. Trata-se de uma conexão muito forte.

Lion - Eles já nascem sabendo amar, de um jeito que nunca iremos aprender. (Arquivo pessoal)

A minha relação com os animais sempre foi de muita proximidade e os cães são meus companheiros de uma vida toda. Apesar de me encantar por todas as espécies de bichos, os cachorros sempre foram figuras cativas por aqui, perdi as contas de quantos deles a minha família já teve. Convivi com muitas raças e portes diferentes, e todos eles ocupam um lugar bem especial no meu coração.

Os animais proporcionam companhia e muito afeto para os seres humanos e de acordo com os especialistas, cuidar de um animal também pode beneficiar a saúde dos indivíduos. Eles podem ser utilizados em terapias de crianças e idosos, os resultados favoráveis, são comprovados pela Ciência. Um animal tem a capacidade de retribuir afeição, carinho e cuidado, que servem de estímulo para as Terapias Assistidas por Animais (TAA).

De acordo com estudos, ter um bicho de estimação pode até reduzir significativamente, os riscos de doenças cardíacas. Além disso, um animalzinho pode ajudar a diminuir o estresse, a fortalecer o sistema imunológico, a ter mais disposição, dá apoio aos diabéticos, a aumentar o nível de concentração, interação social e a expectativa de vida, entre tantos outros benefícios. Cães, gatos, pássaros e até os cavalos (equoterapia) podem ajudar a curar pessoas.

Uma coisa é fato, conviver com os animais traz muita alegria e bem-estar, além de promover um convívio sempre agradável e reconfortante. Se você não curte lidar de perto com os bichos, deveria experimentar, garanto que não vai se arrepender. Eles só atacam, quando se sentem ameaçados. A relação entre humanos e animais deve ser de muito respeito, é claro que o entendimento deve partir do “animal racional”. É óbvio!

Pucca - Não há nada mais verdadeiro que o amor de um cachorro. (Arquivo pessoal)

Como já falei, tenho convívio com animais desde criança, mais especificamente com os cachorros e sempre recebi muito amor por parte deles. Lembro com saudade de quando eu e meu irmão éramos crianças pequenas e nós tínhamos um cão enorme da raça Boxer, que era literalmente o nosso protetor. Ele cuidava de nós como se fosse gente e ainda era ciumento. Ai de quem chegasse perto!

Já adolescentes, moramos no interior por um tempo e uma certa vez, encontramos um gatinho filhote abandonado, nessa época meus pais não queriam nem ouvir falar em criar animais, porque tínhamos acabado de perder um cachorro que amávamos muito e ainda estávamos muito tristes. Mas, não havia a remota possibilidade de eu e meus irmãos deixarmos aquele animalzinho indefeso, entregue à própria sorte.

Foi então que tivemos a ideia de colocar ele na casa dos meus avós, que era vizinha à nossa e estava fechada. Lá o gatinho estaria protegido e nós organizamos uma força tarefa para cuidar dele, sem que meus pais percebessem. Nisso, se passaram muitos dias e o consumo de leite da casa aumentou “inexplicavelmente”. Sempre pegávamos um pedaço de bolo a mais, carne, arroz, frutas, tudo para proporcionar uma dieta diversificada ao nosso filhote.

Enfim, nosso gatinho adotado cresceu saudável, até que se sentiu forte o suficiente para encontrar uma rota de fuga, numa casa nada preparada para gatos e foi embora para nunca mais voltar. Acredito que nossa missão chegou ao fim, com sucesso. Foram muitos os bichinhos que passaram pela minha vida, todos eles me marcaram e me tornaram uma pessoa mais feliz. Com eles eu acertei, errei, mas com certeza, aprendi a ser uma pessoa muito melhor.

Atualmente, tenho um cachorro chamado Lion e cuido esporadicamente de muitos outros. Eu não tenho a mínima habilidade para compreender, como pode existir pessoas tão miseráveis e capazes de maltratar os animais, que são seres indefesos, que só merecem o nosso amor e proteção. Para mim, indivíduos que maltratam animais, são capazes de tudo, inclusive agredir e ferir outros humanos. São pessoas desprovidas de qualquer sentimento bom.

"Aqueles que mais nos ensinam sobre humanidade nem sempre são humanos."

@marciamacedostos

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Amamentação

Amamentar é uma das coisas mais sublimes que existem na vida, mas não é uma experiência fácil para todas as mulheres. Uma crítica da atriz Luana Piovani (45 anos) a uma foto da também atriz Thaila Ayala (35 anos) amamentando seu neném recém-nascido causou burburinho na internet. Na foto, Thaila aparece linda e plena, bem arrumada e produzida no meio de um trabalho, com o corpo em forma, dando mama ao filho de 15 dias de vida, em pé e segurando apenas com uma mão. A fotografia é perfeita, não parece que tinha dado a luz há tão pouquinho tempo e na legenda ela diz: ‘AMA*MENTAR’.

A amamentação é feita de amor, resiliência e sacrifícios. (Reprodução internet)

Luana descreveu a imagem numa entrevista e declarou: “Amamentar não é tomar milk shake!” Segundo ela, aquela imagem emite uma ideia errada sobre o processo de amamentação. Ela disse que a realidade está muito longe disso e que aquilo pode acentuar a percepção de que amamentar é algo simples, ou seja, pode reforçar a romantização da amamentação e da maternidade como um todo. A atriz ainda questionou sobre: as dores nos ombros e na lombar, o bico do peito rachado, o bebê que não pega o peito direito, a mãe que não produz leite suficiente e quando precisa amamentar mesmo exausta. É uma loucura - declarou.

Jamais devemos julgar ninguém. Vi os relatos de todo sofrimento que a Thayla passou no decorrer da gestação, é direito dela se mostrar como quiser, nesse momento tão pessoal, mas, os questionamentos de Luana fazem total sentido, pois maternar nunca foi fácil e devemos atentar para o que estamos transmitindo. Não podemos nos comparar aos outros, “cada um no seu canto sofre o seu tanto”, cada história de vida é única e com suas próprias individualidades. A minha experiência com a gravidez, o parto, o puerpério, a amamentação e a relação com as mudanças do corpo, pontos positivos e negativos, só pertencem a mim, não adianta relacionar.

Eu não consegui amamentar e com dois meses de vida, meu filho ficou muito doente e teve uma ama de leite. Na época, isso me fez questionar sobre minha capacidade de ser mãe e me causou sofrimento. A mãe é sempre contestada naquilo que faz ou que não faz, com isso, colocam sua autoestima a prova em todo momento e assim podem fazer aflorar sentimentos como angústia, ansiedade, culpa e frustração. A gente não nasce sabendo ser mãe, nem amamentar, mas com o tempo as coisas se ajustam, aprendemos a afastar os palpites, ganhamos confiança e fazemos do jeito que achamos que deve ser feito. O instinto materno fala mais alto.

Romantizar a maternidade não ajuda em nada as mulheres, a fase de adaptação com um recém-nascido é difícil para todo mundo. Cansaço excessivo, noites sem dormir, olheiras profundas, peito rachado, roupas folgadas e cabelo bagunçado fazem parte do processo, mas do lado de fora o que mais se vê são críticas, desprezo e até abominação. Infelizmente, vivemos numa sociedade machista e o pior é que esse machismo é endossado e praticado pelas próprias mulheres. É necessário desconstruir a concepção de que a maternidade é só para mulheres, os parceiros devem se comprometer mais com as obrigações na criação e educação dos filhos.

Com sinceridade, ser mãe é maravilhoso, mas tem muitos desconfortos, medos e desafios, e para aliviar todo esse turbilhão é preciso superar o machismo. Maternar é uma maratona com situações cansativas e doloridas, tanto quanto prazerosas, mas também é amar incondicionalmente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda amamentar de forma exclusiva nos primeiros seis meses de vida do bebê e a partir daí fazer a introdução alimentar, dando continuidade ao aleitamento materno até os dois anos de idade ou mais. Vamos ser mais compreensivos e se não atrapalhar já ajuda bastante.

@marciamacedostos

terça-feira, 21 de setembro de 2021

Sonhar e realizar

O blog Flor de Cacto está fazendo aniversário e eu só quero celebrar, pois a comemoração é em dose dupla. No dia 19 de setembro, completamos um ano de existência. Estou muito feliz por ver esse sonho materializado, já tem sua forma própria, volume e muita propriedade. Já falei aqui, que se trata de um objetivo antigo, um projeto que protelei bastante para começar e quando surgiu a Pandemia da Covid-19, ele se tornou, além de um desejo pessoal, uma válvula de escape para que eu pudesse manter meu controle emocional e a saúde mental, um ponto de equilíbrio.

Gratidão por esse 1º ano de vida. (Arquivo pessoal)

Organizei minhas ideias, fiz todo o planejamento, preparei alguns conteúdos para começar a comunicar com total tranquilidade e lancei no dia do meu aniversário, no ano de 2020, com publicações semanais, rigorosamente. Sempre gostei da arte de escrever, sou uma apaixonada pelas palavras, papel e caneta são meus companheiros da vida toda. É isso mesmo, apesar de aderir o uso da tecnologia que é tão essencial para vida moderna, nunca deixei de escrever da forma tradicional, e quer saber?... Não abro mão disso.

Gosto de colocar no papel tudo o que sinto, as minhas expectativas e propósitos, tenho várias agendas e diários, completamente preenchidos e que guardo com muito carinho. Foi por isso que nasceu o blog, para tornar público àquilo que amo fazer e faço com bastante afinco. Talvez pareça uma bobagem para você, mas para mim, o blog Flor de Cacto é muito importante, produzo os conteúdos com muito cuidado e responsabilidade, ele é a menina dos meus olhos. Tento transmitir aqui os meus pensamentos, sentimentos e perspectivas, dúvidas, anseios e incertezas.

A conexão com o nome Flor de Cacto foi imediata, não só porque amo os cactos, mas pelo fato de me identificar muito com eles que são fortes, resistentes, capazes de sobreviver em meio a muitos desafios, além disso, simboliza firmeza e perseverança, acho que tem tudo a ver comigo. Com as experiências e a realidade da minha vida, eu procuro tocar as pessoas e promover uma troca positiva, principalmente com quem se identifica comigo. O blog está impactando pessoas, tenho recebido muitas mensagens interessantes e isso tem um valor imensurável para mim.

Se os meus textos auxiliarem de alguma forma, pelo menos uma pessoa a pensar, refletir, sonhar, não desistir e realizar, apesar de todas as adversidades da vida, já valeu a pena, o intuito é compartilhar vivências. Pessoas influenciam pessoas! Não significa que para mim, isso é fácil, que eu seja um indivíduo realizado e sem decepções, pelo contrário, sigo no processo de autoconhecimento, com vários questionamentos sem respostas, lutando contra a ansiedade, a frustração e a angústia, para manter a autoestima e não perder a esperança. Faço terapia para não pirar.

Sonhar e estabelecer os objetivos são o combustível necessário para despertarmos com disposição e realizarmos proezas inacreditáveis. O sonho é uma projeção genuína do seu íntimo. Jamais desista dos seus sonhos, mesmo que os pensamentos alheios insistam em tentar te desanimar. Persista e persevere em busca das suas metas, pois a recompensa virá e toda sua dedicação valerá a pena. O blog Flor de Cacto é só um dos meus sonhos, tenho muitos realizados e outros em andamento, alguns estão logo ali e outros seguem em processamento. O importante é não desistir, se não conseguir sozinho pede ajuda, vai à luta, o sucesso é consequência. Vida longa para nós!

@marciamacedostos

terça-feira, 2 de novembro de 2021

Gaslighting

Já ouviu falar em Gaslighting? A palavra específica, não me lembro de ter escutado, mas o significado... Bom, eu sigo destrinchando o quadro “Isso tem Nome” do Fantástico, justamente porque ele está dando nome a situações frequentes do dia a dia, que às vezes não sabemos identificar e muito menos, reconhecer como abuso. O Fantástico foi muito assertivo com a exibição desse quadro, é uma necessidade da sociedade, pois a nomeação gera o reconhecimento do sofrimento. Gaslighting é uma palavra inglesa que em português seria algo como abuso emocional, um tipo de violência psicológica.

Gaslighting ou gas-lighting é uma forma de abuso psicológico e ocorre quando as informações são distorcidas e omitidas de maneira seletiva para beneficiar o abusador. Nesse contexto, as informações são inventadas com o intuito de fazer com que a vítima duvide da sua própria memória, percepção e sanidade mental, ela se sente muito culpada, sem entender o motivo. A pessoa pode ter certeza absoluta de que algo está acontecendo, mas alguém tenta constantemente convencê-la de que é loucura da cabeça dela. Isso é uma manipulação psicológica.

Gaslighting - Você pode ser vítima dessa prática e nem se deu conta. (Reprodução internet)

A pessoa que sofre esse tipo de abuso começa a acreditar que está enlouquecendo, pois o abusador insiste em dizer: “você está louca”, “você está imaginando coisas”, “é coisa da sua cabeça”, “você está delirando”, “você está equivocada”... Toda essa pressão psicológica pode provocar sucessivas crises de ansiedade, prejudicando a saúde mental e mesmo assim, a vítima não consegue perceber que esse tipo de comportamento é abusivo. Alguns especialistas afirmam ser impossível que mulheres heterossexuais brasileiras nunca tenham sofrido gaslighting num relacionamento amoroso.

O termo inglês - gaslighting surgiu de uma peça teatral que se tornou um filme, intitulado “Gaslight” que significa “Luz a Gás”. O longa-metragem mostra um marido manipulando a mulher afim de que ela acredite estar louca, com objetivo de roubar suas joias. É importante prestar atenção no que está sendo dito, para identificar uma relação abusiva. Frases do tipo “você é louca” é um gatilho crucial, aliás, a palavra “louca” sempre está presente no relacionamento abusivo. Isso mexe com a autoestima da mulher e provoca muita angústia.

As circunstâncias desse abuso são vinculadas com a histeria. A Palavra histeria vem do termo hystera que significa útero em grego, sendo utilizada para qualificar a mulher como histérica, indicando que se trata de uma coisa interna, que vem do organismo feminino. Claro que, não é sempre que os abusadores são homens e as vítimas são mulheres. Esse tipo de manipulação psicológica pode ocorrer em diversos tipos de relacionamentos, como: amizade, familiar e até profissional. Entre os casais, pode acontecer o contrário, mulheres praticarem o abuso contra seus companheiros.

O gaslighting também é cometido por homens e mulheres que se relacionam com pessoas do mesmo gênero. Mas, geralmente essa é uma realidade bem presente nas relações heterossexuais, sendo praticado pelos homens. A mulher acaba vencida pelo cansaço e passa a acreditar que está de alguma forma exagerando, dando razão ao homem e admitindo ser a pessoa abusiva da relação. Assim, o homem vai jogando com a insegurança da mulher até ela explodir, daí todos a consideram como a louca e a agressiva, que precisa se tratar.

Existem muitas maneiras de praticar o gaslighting, algumas delas são: acusações descabidas, ameaças, aumento gradual de manipulações, chantagens variadas, constrangimentos, exaustão mental, humilhações, incoerências, mentiras, negação da realidade e palavras disfarçadas de amáveis. Gaslighting é um tipo de violência psicológica, que é crime previsto no Código Penal e a pena para quem pratica varia entre seis meses e dois anos.

Vale ressaltar que a violência psicológica pode se transformar em violência física. Na violência doméstica, antes da primeira agressão física, existem muitos atos de agressividade, como: controle, insultos, acusações, ofensas e xingamentos. É necessário reconhecer quando está vivendo uma espécie de relacionamento tóxico e cortar o mal pela raiz, dar um basta antes que o mal cresça.

@marciamacedostos

Velha não, experiente!

Muito tempo sem postar por aqui e nesse período muita coisa aconteceu, algumas boas outras ruins, nada fora do normal, são apenas as conseq...