Meu sobrinho Gustavo acabou de completar seis meses e até aqui foi amamentado de forma exclusiva e em livre demanda. A partir de agora ele começa a IA - Introdução Alimentar. Acompanhar de perto todo esse processo é muito novo para mim, porque apesar de também ser mãe, a minha trajetória nessa questão, foi muito diferente, pois não consegui amamentar e tive que introduzir a fórmula bem cedo na vida do meu filho.
Por
motivo de saúde, com dois meses de vida, meu filho precisou de aleitamento
materno exclusivo e como eu não produzia leite, ele teve uma ama de leite, que
o alimentou por quase um mês. Por todas essas questões, não tivemos um
cronograma alimentar tão organizado, onde cada fase é respeitada e levada tão a
sério, como está acontecendo com meu sobrinho.
A
introdução alimentar é o período em que são introduzidos outros alimentos, além
do leite materno, na alimentação dos bebês. Ela é vital para o desenvolvimento
saudável do paladar da criança e marca o início de um hábito alimentar
diversificado. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e do
Ministério da Saúde, esse procedimento deve começar no sexto mês de vida.
Até
o sexto mês, é recomendável que o aleitamento materno seja exclusivo, não
havendo a necessidade de oferecer nenhum outro alimento para o bebê, nem água,
já que o leite materno possui todos os nutrientes necessários para a hidratação
da criança. A introdução de alimentos na dieta é importante, mas é aconselhável
que o leite materno continue sendo ofertado até os dois anos de idade.
Quando
a mãe não pode amamentar o filho, como aconteceu comigo, é possível recorrer às
fórmulas infantis, mas nessas situações a orientação é buscar ajuda de um
médico pediatra para traçar o melhor caminho na nutrição do bebê. A alimentação
adicional deve ser incluída de forma branda e gradativa. Algumas crianças
estranham no começo e podem recusar determinados alimentos.
A possível recusa é absolutamente natural, por se tratar de uma experiência totalmente nova para os bebês e se eles não aceitarem a oferta de primeira, não precisa forçar, insistir e muito menos agradar. É interessante oferecer novamente o alimento que foi rejeitado em outro momento. Segundo especialistas, é necessário ofertar o alimento entre oito e dez vezes, até que a criança aceite.
Pediatras
garantem que o ideal é dar uma alimentação bem variada e rica em nutrientes.
Esses alimentos podem ser macro como: carboidratos, gorduras e proteínas e
micro como: ferro, vitaminas e zinco. Para proporcionar à criança muita
energia, proteínas, vitaminas e sais minerais importantes para um crescimento
saudável, é necessário reunir representantes dos quatro principais grupos
alimentares: frutas e hortaliças; cereais e tubérculos; carnes e ovos; grãos.
Alimentos
como ovos, peixes e glúten devem ser introduzidos na alimentação do bebê, para
gerar a tolerância e evitar possíveis alergias. A consistência da comida deve
ser pastosa e se solidificar gradualmente. Não é recomendável bater os
alimentos no liquidificador e nem misturar os grupos, é interessante que o bebê
possa experimentar diferentes texturas e sabores e que também aprenda a
mastigar. É indispensável distinguir o gosto dos alimentos e os movimentos da
mastigação.
Evitar
produtos como balas, café, congelados, enlatados, frituras, processados, refrigerantes,
salgadinhos, salsicha e açúcar adicionado nos alimentos, é importante pelo
menos até dois anos de idade, prefira os alimentos frescos. O uso do sal deve
ser bem moderado e os temperos precisam ser leves. Na necessidade de utilizar
óleo, é aconselhável que seja em pequena quantidade e usar óleos vegetais, como:
canola, milho ou soja.
Por último e não menos importante, sempre ofereça água filtrada e fervida nos intervalos das refeições. É fundamental manter a disciplina na hora das alimentações, um ambiente calmo e tranquilo ajuda a criança a ter uma alimentação melhor, saudável e torna o momento da refeição mais agradável.