No
Brasil, o índice geral de desemprego segue batendo recordes, de acordo com o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o número atingiu cerca de 14,7% da
população e entre os jovens de 18 a 24 anos, esse resultado chega próximo do
dobro, cerca de 29,8%. Desalentado é o adjetivo dado à quem se mostra desanimado,
desencorajado, sem ânimo e sem vontade de agir, trata-se de um desesperançado.
Pesquisas apontam que cresceu o número de pessoas desalentadas no país, aqueles
indivíduos que desistiram de procurar emprego, pois não acreditam que irão
encontrar.
Entre
as justificativas apresentadas para a desistência de procurar emprego e se
tornar um desalentado, estão: não conseguiu trabalho por ser considerado muito
jovem ou muito idoso; não conseguiu um trabalho adequado; não havia trabalho na
localidade de residência; não tinha experiência profissional ou qualificação
adequada; e o argumento atual que retrata os impactos negativos que a Pandemia
causou na economia nacional. Atualmente, são cerca de 6,0 milhões de
desalentados no país, que são aquelas pessoas que deixaram de procurar emprego,
outro recorde de acordo com o IBGE.
Conforme
dados do IBGE, somando os números de desalentados e de desempregados, ou seja, aqueles
que estão procurando emprego e os que desistiram, o total fica em torno de 20,3
milhões de brasileiros. Por causa da Pandemia da Covid-19, são cerca de 39,6%
da população brasileira inserida na informalidade. Trata-se de um exército de
desempregados, informais, subocupados e desalentados. Segundo o órgão federal,
no primeiro trimestre de 2021, a média de desempregados ou desocupados ficou em
torno de 14,8 milhões de brasileiros.
O
fato é que a situação está complicada demais, temos uma crise sanitária que persiste
e a crise econômica que atinge índices cada vez mais absurdos. Um importante
aspecto que causa essa grande contingência de desalentados no Brasil, é o
período longo de recessão que enfraquece a economia, gerando escassez de
emprego e uma inércia no mercado econômico, que por sua vez, adquire uma
dificuldade de reação, formando um círculo vicioso, que resulta na insuficiência
da oferta de emprego formal. A falta de preparo do mercado para absorver a
grande demanda de desempregados só agrava a situação.
Ficar
desempregado atinge diretamente a nossa saúde mental. O excesso de preocupação atrapalha muito a nossa vida e nos deixa angustiados, ansiosos, culpados e com
baixa autoestima. É difícil encontrar um ponto de equilíbrio que nos permita
ter a sabedoria para agir de forma inteligente, mantendo o controle da
situação, mesmo que adversa. Um caminho de possibilidades é investir no
empreendedorismo, boa parte das empresas, surgem da necessidade de produção
para garantir o sustento familiar.
Outras sugestões importantes são: nunca deixe de estudar, por mais difícil que esteja o mercado de trabalho; mantenha o currículo bem elaborado, com dados e informações atualizados, evitando endereços de e-mail e redes sociais com palavras inadequadas; procure investir constantemente no aprendizado para desenvolver competências profissionais; cultive uma boa rede de relacionamentos, o networking é extremamente útil para qualquer profissional; seja proativo, isso é visto com bons olhos pelo empregador; e por fim, cuide da saúde física, mental e espiritual. Jamais perca a esperança. Vá a luta!