Em
08 de março é comemorado o Dia Internacional da Mulher e eu não poderia deixar
de falar sobre as dores e as delícias de ser mulher. Ser mulher é ter angústia,
cólica e intuição. Nós conseguimos olhar para outra mulher e compreender sua
dor e seu sofrimento, enaltecer a sua luta e ainda é possível identificar uma
sintonia bastante expressiva com ela. “Toda mulher leva um sorriso no rosto e
mil segredos no coração.” (Clarice Lispector)
Ser
mulher é uma força vital múltipla. Mulher é coragem, energia, inteligência,
medo, sensibilidade e força de vontade. A mulher é capaz de cuidar de si, do
outro, do novo e do velho, além de ter o poder de parir gente, ideia e solução.
Ou não, porque ela pode ser e fazer o que ela quiser. O Dia Internacional da
Mulher foi criado como forma de celebração de conquistas econômicas, políticas
e sociais das mulheres no decorrer dos anos.
Apesar
de sua origem remota ter sido no início do século XX, nos Estados Unidos e na
Europa, quando mulheres reivindicaram igualdade de direitos, o dia 08 de março
começou a ser celebrado oficialmente a partir do ano de 1975. A data tem raízes
históricas, profundas e sérias, sendo adotada pela Organização das Nações
Unidas (ONU), e consequentemente, admitida por vários países.
Em
fevereiro de 1908, nas ruas de Nova Iorque – Estados Unidos, cerca de quinze
mil mulheres que trabalhavam em fábricas, protestaram em busca de melhores
condições de vida e trabalho, salários mais justos e o direito ao voto, até
porque, elas pagavam impostos, mais não podiam escolher seus governantes. Isso
foi só o começo, no ano seguinte, as mulheres ocuparam ruas na Alemanha,
Áustria, Dinamarca e Suíça, quando teve início um movimento organizado pelos direitos
das mulheres.
No
dia 08 de março de 1913 foi declarado o dia internacional pela luta dos
direitos da mulheres. Atualmente, ainda existem desigualdades consideráveis,
por exemplo: dos 195 países que existem no mundo, somente 22 deles são
administrados por mulheres e dentre todos os parlamentares do planeta, cerca de
24,9% são do sexo feminino. Isso significa que, as leis ainda são feitas,
principalmente por homens.
A
nossa luta por igualdade de gênero é constante, intensa e continua sendo um
objetivo distante de ser alcançado. Infelizmente! Não é fácil ser mulher num
país machista, em uma sociedade que ainda é dominada pelo patriarcado - sistema
social em que os homens mantêm o poder e a predominância. Encarar diariamente,
as mais distintas adversidades e vencer as dificuldades, que na maioria das
vezes são invisíveis, nos transformam em verdadeiras guerreiras.
Ser
mulher na atual circunstância em que vivemos é poder tomar posse da nossa
liberdade de escolha, é ocupar o nosso espaço e o direito a termos voz ativa,
sem que para isso, soframos qualquer tipo de represália ou depreciação. Somos
resistência, força, coragem e batalhamos diariamente para ocupar o nosso lugar
no mundo. Apesar dos desafios que vivemos no dia a dia, ter nascido mulher é
motivo de alegria e orgulho.
Cada mulher possui sua própria essência, que é fruto das suas escolhas e dos seus ideais. Somos múltiplas e diversas, umas são independentes, outras são protetoras, tem aquelas que valorizam a coragem, a sensibilidade e outras que se destacam por suas conquistas, e está tudo certo, porque a mulher pode ser quem e o que ela quiser. Seguiremos firmes, combatendo o preconceito, lutando pelo fim da violência contra nós e com um enorme desejo de viver numa sociedade mais justa e igualitária. Feliz vida, mulher!