A adolescência é o período de transição entre a infância e a vida adulta, sendo uma época caracterizada pelos estímulos do desenvolvimento emocional, físico, mental, sexual e social, além de acentuar o interesse por conquistar os objetivos relacionados às perspectivas culturais da sociedade. A origem da palavra vem do latim “adolescentia”, cujo significado é exatamente o período da vida humana entre a infância e a fase adulta. Ela é subdividida em: pré-adolescência (10 aos 14 anos); adolescência (15 aos 19 anos), que coincide parcialmente com a juventude (15 aos 24 anos).
Para
a Organização Mundial da Saúde (OMS), os limites cronológicos da adolescência
fica entre 10 e 19 anos. Já a Organização das Nações Unidas (ONU) define a fase
entre 15 e 24 anos. São critérios utilizados principalmente para fins
estatísticos e políticos. No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA) define que adolescência é a faixa etária entre os 12 e os 18 anos de
idade e em casos específicos de acordo com a lei, o regulamento é aplicado até
os 21 anos de idade. A definição de “menor” é determinada para os menores de 18
anos.
Gente!
Dei um suspiro e já virei mãe de um adolescente. Parece que foi ontem que
engravidei, que meu filho nasceu, que eu nasci junto... Nossa! Foram tantas
experiências singulares que vivemos até aqui, que daria um livro bem dramático.
rsrs! Definitivamente, eu não concordo com a expressão que diz que toda mulher
nasce para ser mãe, que isso é um dom natural. Isso não é verdade, algumas nascem
sim, outras aprendem ao se tornarem mães e ainda há aquelas que simplesmente,
não querem ser mães.
Eu
acredito que me encaixo na segunda opção, aprendi praticando e nunca foi fácil.
Não gosto de romantizar a maternidade, pois só uma mãe de verdade sabe das
mazelas que essa função carrega, é muito prazerosa, porém emblemática. Sempre fui
apaixonada por bebês, mas é um período bem delicado quando o bebê é o nosso
filho. Ele foi muito desejado e planejado, dadas as circunstâncias da época,
que atualmente considero que eram péssimas. Foram inúmeras crises existenciais
que tive em cada fase que vivi a maternidade, até aqui.
Nunca
me senti autossuficiente, pelo contrário, sempre achei que estava faltando algo,
que fiz algo errado, enfim... Toda mãe se cobra demais. Meu filho acabou de
completar 15 anos, é um adolescente intenso e cheio de personalidade, dizem que
se parece muito comigo e eu fico analisando, comparando as nossas
características o tempo todo. Me assusta essa semelhança toda e por sermos tão
parecidos fico analisando onde e como eu errei, para tentar evitar que ele faça
o mesmo. Isso é impossível, eu sei, ele vai viver a história dele.
A
adolescência é uma fase deliciosa e eu morro de saudade da minha. É inevitável
acompanhar o meu marrento predileto tão de perto e não lembrar de mim. Cara! Dá
até vontade de voltar no tempo e repetir tantas coisas boas que vivi, corrigir
outras tantas burradas que fiz. Que delícia o primeiro amor, as amizades
agitadas, a impetuosidade, os arroubos constantes e a urgência de viver. É
isso, a adolescência do meu filho está despertando essas lembranças em mim, é
uma saudade nostálgica e melancólica, difícil de explicar.
Adolescente
tem urgência de viver, néh!?! Parece que não há mais tempo, que está num “estágio
terminal” da vida, tem pressa para tudo e simultaneamente, faz tudo no seu
tempo (devagar quase parando). A convivência com adolescente é um processo
desafiador, pois existe uma angústia juvenil real e oficial, há a preocupação
em amar e ser amado, aceitar e ser aceito, sem falar nas transformações que
acontecem no corpo que perturbam os pensamentos. A partir daí surge uma
ansiedade que pode estimular baixa autoestima, sentimentos de menos valia ou supervalorização
perante os outros.
Enfim, a adolescência é a fase mais gostosa e complexa da vida, sem dúvidas. Se bem soubessem, os adolescentes deixariam de lado essa ânsia de crescer logo, de “tomar conta da própria vida”, como eles costumam falar e como eu disse um dia. Eles se arriscam, explodem de paixão e raiva, odeiam regras, são conflituosos, impulsivos e rebeldes. A ciência define esses comportamentos como consequência das mudanças e remodelações que acontecem no cérebro no decorrer da puberdade e nós, os responsáveis, seguimos nos equilibrando na corda bamba dessa oscilação toda, tentando cuidar e proteger sempre.
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