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quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Velha não, experiente!

Muito tempo sem postar por aqui e nesse período muita coisa aconteceu, algumas boas outras ruins, nada fora do normal, são apenas as consequências da vida adulta. Mas o blog é o meu xodó e bateu uma vontade de aparecer, e aqui estou eu. Hoje é meu aniversário e sabe aquela sensação de que você não se encaixa em nenhum grupo social? Pois é exatamente o que estou sentido. Sou jovem pra ser velha e velha pra ser jovem, já falei sobre isso aqui, só que agora com alguns aninhos a mais.

"Tenho medos bobos e coragens absurdas." (Arquivo pessoal)

A sociedade impõe expectativas e padrões que valorizam a juventude. O etarismo tenta massacrar a nossa existência, como se não tivéssemos o direito a continuar viva, ser feliz e realizada. Sinceramente, eu gosto da mulher que me tornei, tenho orgulho de mim. Sei que estou “amadurecendo”, mas o contrário disso seria?... Importante é ter saúde física e mental. Os efeitos do tempo são reais, mas as experiências acumuladas e a vontade de viver o desconhecido e ser surpreendida por ele seguem intactas.

Grupo social é um conjunto de pessoas que se relacionam de forma estável, com objetivos e interesses em comum. O meu sentimento é que, quando estou num grupo de pessoas mais jovens, os assuntos não batem, eles são mais eufóricos e imediatistas; já quando as pessoas têm mais idade que eu, tenho receio de não atingir a profundidade necessária em qualquer assunto abordado. São apenas sensações! Bom mesmo é quando a gente se sente pertencente, falando a mesma língua que os demais.

Faço terapia há alguns anos e isso me fez olhar com mais carinho para mim, melhorar a autoestima e trabalhar as inseguranças. Quando olho para a Márcia do passado e lembro-me das inquietudes que tinha, sinto vontade de abraçá-la e garantir que vai fica tudo bem e de fato, está tudo bem. Uma lição que ainda estou aprendendo é lidar com a culpa. Trata-se de um sentimento intruso que quando menos espero se faz presente e tenta a todo custo me tirar a paz, porém não é saudável permitir.

Tenho amor próprio, saúde, paz, uma família abençoada, boas amizades e o mais importante, Deus no controle de tudo. O que mais posso querer? Ahh! Bastante coisa! Que com , coragem e força de vontade ainda irei conquistar. Na vida a gente precisa aprender a superar as fases complicadas, vencer as angústias cotidianas, tratar a ansiedade e ressignificar decepções e frustrações. Não é fácil transformar isso tudo em aprendizado, mas praticar o autocuidado é absolutamente necessário.

A vida está em constante renovação, ela é cíclica e tudo sempre faz sentido, se não agora, um dia irá fazer. Nada é mais importante do que ter a liberdade de ser quem sou, sei das minhas qualidades e dos meus defeitos, e sigo buscando evoluir sem perder a minha essência. O tempo é o nosso bem mais precioso, ele é o senhor da razão e Deus é o Senhor do destino, enquanto há vida, temos tempo para recalcular a rota e sem medo escrever uma nova história nas páginas que ainda estão em branco.

Que o meu novo ciclo seja leve e intenso ao mesmo tempo! Encontro você nas páginas da vida.

@marciamacedostos

terça-feira, 13 de setembro de 2022

Viajar é viver

Viajar é trocar a roupa da alma! Se existe coisa melhor do que viajar, eu desconheço. Não há nada melhor do que conhecer lugares, descobrir histórias e aprimorar o conhecimento, aliás, está ai a única coisa que ninguém será capaz de tirar de nós: o aprendizado. E vamos combinar? Nada melhor do que aprender vivendo. Viajar ajuda a abrir a mente e ampliar os horizontes, ensina muito mais do que qualquer escola. Na prática, é possível aprender história, geografia, outras línguas no caso de viagens internacionais e o mais importante de tudo, nos tornamos mais humanos.

A vida é curta e o mundo é grande. (Arquivo pessoal)

Gosto de visitar belezas naturais, lugares que possuem uma natureza estonteante e regiões históricas com construções antigas e significativas. Quem dera eu pudesse viajar mais, pois faço bem menos do que gostaria. Viagens internacionais me provocam desejo, acompanho muito quem faz turismo por esse mundo afora, só que, conhecer mais o Brasil é o meu sonho de consumo. Deus me permita realizar esse sonho! É importante partir para uma viagem de coração aberto, disponível para se surpreender e disposto a absorver e respeitar as singularidades de cada lugar.

Viajar enriquece a alma e o coração! Em cada viagem que faço, procuro encarar como uma oportunidade de voltar diferente e tento conquistar coisas boas, compreender culturas e costumes para elevar a minha compreensão sobre o mundo. Todo esse aprendizado me faz crescer e desenvolver novas habilidades. Afinal, investir em experiências é melhor do que em coisas. Ser é muito melhor do ter! Sair da zona de conforto te faz querer se desafiar cada vez mais, mas, para isso é necessário se despir de todo preconceito e julgamento, e se vestir genuinamente de respeito.

Podemos trazer muitos benefícios para o corpo, a mente e as emoções quando viajamos, por exemplo: recarrega as energias, refresca as ideias e melhora muito a saúde. Isso eu posso garantir, e olha que eu não viajo tanto quanto gostaria, infelizmente. Mas, se a gente tiver um espírito curioso (no bom sentido da palavra), aventureiro e desbravador, em qualquer lugar que for, seremos capazes de descobrir coisas novas e enxergar o belo na simplicidade. Você pode visitar um lugar por várias vezes, nem precisa ser longe, mas em todas elas vai encontrar novidades.

Viajar nos faz viver mais e melhor; ajuda a relaxar e a manter a mente e o corpo saudáveis; a gastronomia pode ser um presente para o organismo; aumenta a capacidade cognitiva; auxilia a saúde mental e física; desenvolve novas habilidades; diminui o risco de um ataque cardíaco; melhora a autoestima; possibilita uma fuga sadia da realidade; promove o autoconhecimento e o amor próprio; reduz bastante o estresse e a ansiedade; renova o ânimo... Tudo isso nos faz estimular em nós o hormônio da felicidade e do bem-estar.

São muitas as vantagens que podemos ter quando decidimos aproveitar, no real sentido da palavra, uma viagem para o campo ou a cidade, perto ou longe, cara ou barata. Os neurotransmissores aumentam a produção de substâncias ligadas ao prazer, como dopamina, endorfina, ocitocina e serotonina. Então abra o coração, enxergue com os olhos da alma a beleza de cada lugar que visita, mesmo que seja um passeio pela sua própria cidade, conheça a história da região onde mora. Acredite, é enriquecedor e a beleza está nos olhos de quem vê! Eu sigo praticando.

@marciamacedostos

terça-feira, 5 de abril de 2022

Fofoca

É tão difícil lidar com fofocas. Algumas vezes a fofoca não passa de fuxico, mexerico, boato ou falatório, algo que não causa maiores danos. Mas, há vezes que a coisa pode ficar séria e provocar especulação, difamação, intriga e calúnia, nesses casos o estrago toma proporções inimagináveis. A fofoca não representa apenas a atitude de fazer afirmações baseadas em fatos que não são reais, embasadas na especulação da vida alheia, além da divulgação de fatos da vida de outras pessoas sem o consentimento das mesmas, independente de que seja na intenção de desonrar ou simplesmente de fazer um comentário maldoso.

A boca que trás uma fofoca é a mesma que leva um comentário. (Reprodução internet)

O costume de falar da vida dos outros diz mais sobre quem fala do que de quem é falado. Fazer fofoca é um hábito que está socialmente enraizado em praticamente todas as culturas, afinal de contas, nós somos curiosos por natureza. Os fatores que envolvem essas questões evidenciam muito a respeito do caráter e da personalidade de um indivíduo, está relacionado até com o andamento da vida particular dessa pessoa. Dificilmente, o ato de fofocar possui um viés positivo. Criar confabulações, especulações, maledicência a até divulgar a intimidade dos outros podem provocar grandes males, pois a maioria das fofocas são tóxicas e desrespeitosas.

Geralmente, as informações passadas através de uma fofoca não correspondem à realidade, o assunto que se propaga sofre modificações e chega aos ouvidos alheios de maneira deturpada. Os fofoqueiros de plantão costumam ter baixa autoestima e possuem uma grande necessidade de chamar atenção. São pessoas agressivas, carentes, imaturas e inseguras, com a saúde mental prejudicada e por isso, fazem da fofoca um meio de atrair as atenções. Uma característica grave que um fofoqueiro pode ter é a inveja, mas normalmente, acontece de forma inconsciente, ele desqualifica o outro para provar que é uma pessoa muito melhor.

Além de uma fofoca ser repleta de julgamentos, ainda externa os valores e preconceitos que o fofoqueiro traz dentro de si, sendo uma maneira de reproduzir e fortalecer seu círculo de convivência. Há quem diga que os fuxicos ajudam as pessoas a regularem o estresse e a fiscalizar o mau comportamento alheio. Trata-se de uma estrutura perversa que prejudica a sociedade por ser uma espécie de desmoralização social, o uso indiscriminado das redes sociais e as fake news são a prova disso. A prática de fofocar reflete problemas emocionais caracterizados por ansiedade e frustração, e nesses casos, a fofoca demonstra um mundo interno doente.

Muitas vezes o fofoqueiro precisa de ajuda para distinguir o mundo real do mundo imaginário, pois em algumas situações, a fofoca é motivada por fantasias. Agora, se não há a intenção de prejudicar alguém ou está conectada com a necessidade de contar histórias, não existe nada de mau nisso, a fofoca pode sim, ser positiva. Outra vantagem é usar essa prática como um impulsionador, para tomar consciência da própria existência e fazer um exercício honesto de autoconhecimento. Quando a pessoa faz isso, acaba se isentando de prestar atenção naquilo que precisa ser melhorado em si mesmo.

Refletir sobre o assunto não é agradável, provoca sofrimento e para fugir disso o indivíduo fala mal do outro. Com isso, um alívio momentâneo é experimentado, pois a dificuldade dessa pessoa permanece apenas dentro dela, daí a necessidade de criar fofocas como estratégia de fuga. Compreender essa atitude e seus mecanismos ajuda numa reflexão melhor de si mesmo, tem casos que psicoterapia pode ajudar para reforçar a autoestima. Ocupar-se com a vida dos outros parece coisa de quem não consegue ter uma existência plena, mas, quando a pessoa se aceita como é, se sente bem em ser quem é, e é seguro de si mesmo, com certeza, vai se preocupar menos com a vida alheia.

@marciamacedostos

terça-feira, 22 de março de 2022

Autocuidado

Autocuidado é o conjunto de ações diárias que cada pessoa pode fazer para cuidar de si e promover uma melhor qualidade de vida para si mesmo. É importante que a forma de exercer o autocuidado esteja em conformidade com os desejos, interesses, objetivos e prazeres de cada pessoa, que deve encontrar maneiras particulares de se cuidar. O autocuidado está diretamente relacionado com o bem-estar e por consequência, com a saúde. Para isso, é fundamental entender quais são as nossas necessidades e desejos. Quando criamos hábitos em prol de nosso próprio cuidado, contribuímos com a melhora da nossa saúde mental, física, espiritual e psíquica.

Autocuidado é respeitar os seus limites. (Reprodução internet)

Muitas vezes nós estamos tão preocupados com o outro, seja ele um parente ou um amigo, que acabamos nos colocando à disposição para ouvir e ajudar naquilo que precisam e com isso, geralmente nos esquecemos de cuidar da pessoa mais importante de nossas vidas, nós mesmos. O autocuidado não é uma atitude egoísta, é o ato de cuidar de si mesmo, focando no bem-estar e isso em nada se refere ao egoísmo, os conceitos são diferentes. Egoísmo é a atitude ou o hábito de colocar os próprios interesses e opiniões em primeiro plano, isso em detrimento do bem-estar das pessoas com as quais está se relacionando.

Quando nós praticamos e priorizamos o autocuidado, somos capazes de compreender melhor quem somos, o que queremos e o que podemos fazer para melhorar aquilo que é necessário para a nossa vida. Praticando o autocuidado podemos: aumentar a criatividade e a produtividade, controlar a ansiedade, desenvolver o autoconhecimento e melhorar a autoestima e a autoconfiança, além disso, se auto cuidar ajuda a conhecer melhor o próprio corpo e todos os sinais que ele nos dá, mostrando principalmente, quando algo não está bem. Com isso, fica mais fácil estabelecer práticas e regras para assumir o controle da vida.

Fazer algo sem motivação, apenas por obrigação, que suga a nossa energia, significa que não estamos praticando o autocuidado e assim nos maltratamos cada vez mais. É mais fácil justificar que estamos muito ocupados do que aceitar que precisamos parar e pensar com carinho em nós mesmos. Não tem como preservar a autoestima sem praticar o autocuidado, um está entrelaçado ao outro. A autoestima é essencial para que confiemos nas nossas decisões, é a partir dela que conseguimos avaliar o que fazemos de nós mesmos e para constituí-la é indispensável desenvolver o autoconhecimento. Isso nos proporciona melhor qualidade de vida.

Os tipos de autocuidado são: emocional, espiritual, físico e social. Emocional - precisamos estar conectados com as nossas emoções e buscar o autoconhecimento, temos que desenvolver a gratidão e elevar nosso bem-estar; Espiritual - é importante porque é por esse meio que conseguimos nos conectar com sentimentos de paz, amor próprio e propósito de vida; Físico - está relacionado ao cuidado com o corpo, é importante cuidar da alimentação, do sono e fazer atividade física, isso protege até a nossa saúde mental; Social - é muito importante se conectar com outras pessoas e construir bons relacionamentos, pois é através da interação social e convivência que promovemos impactos significativos nas nossas vidas.

@marciamacedostos

terça-feira, 15 de março de 2022

Positividade

Positividade é a qualidade ou o estado do que é positivo, Trata-se de uma virtude daquilo que é positivo, uma personalidade positiva, otimismo. Não é fácil manter a confiança e a fé todos os dias, diante de tantas adversidades que enfrentamos atualmente, além dos nossos problemas pessoais. Se você não se sente incomodado, pelo menos um pouquinho, com o que vem acontecendo em nosso país e no mundo... Desculpe! Mas você tem um problema sério de consciência e precisa rever seus conceitos. Alcançar a positividade no dia a dia parece inacessível, mas é possível. Só é necessário praticar e essa felicidade não é encontrada sozinha.

É fundamental buscar essa esperança através de atitudes que proporcionam a saúde mental e o bem-estar pessoal e coletivo. Dessa forma, nem as dificuldades mais complicadas podem conseguir prejudicar a nossa paz interior. Existem algumas instruções que podem ajudar a nos tornarmos pessoas mais positivas. As consequências podem demorar, mas a persistência ajuda a atingir o objetivo desejado. É preciso fazer com que algumas atitudes se tornem hábitos na busca para se tornar uma pessoa otimista. Otimismo é a disposição para encarar as coisas pelo lado positivo e esperar por um desfecho favorável, mesmo em situações difíceis.

Você é o que escolhe ser. Viver é muito mais que existir. (Reprodução internet)

Seja grato - Praticar a gratidão é um ótimo exercício. Enumere as coisas pelas quais você é grato, isso pode melhorar o seu senso de humor e te fazer enxergar a vida e os problemas com outros olhos. Com isso, as coisas ruins se transformam em coisas boas, ou então, deixam de exercer domínio sobre você. Relembre seus objetivos - Nossa motivação costuma oscilar à medida que o tempo passa. Se você acorda bem, tem mais força de vontade para buscar seus objetivos e encarar todos os obstáculos. Se acorda mal, tudo o que deseja é acabar logo com o dia para eliminar todo o mal-estar e também os motivos dele.

Faça elogios aos outros e a si mesmo - Quando você faz um elogio a alguém, também pode se sentir bem. O prazer que você causa ao outro se reflete em você e consolida laços mais profundos com as pessoas. Os elogios revertidos para si mesmo possuem a mesma capacidade de propagar positividade. Se nos tratarmos com amor, raramente seremos atingidos por emoções tóxicas. Não exija muito de você - A vida é curta, passa rápido e possui vários inconvenientes naturais, provocados por fatores incontroláveis, que muitas vezes vão te colocar para baixo e te fazer repensar a sua existência. Não se pressione para atingir a perfeição, isso não existe.

Cuide da sua saúde física - Assim como a saúde mental, a física também precisa de atenção. Se o corpo funciona bem, tudo é possível acontecer e vai ficar tudo bem. Saia de casa - Quebrar a rotina ocasionalmente pode te ajudar a afugentar o mau humor e aumentar a produtividade. Se distrair dos problemas e abraçar as novidades fazem a mente se renovar e energizar. Faça meditação - Meditar propicia uma diversidade de benefícios, assim você aumenta a concentração, diminui o estresse e acalma os nervos. A ansiedade reduz a felicidade cotidiana e a meditação pode clarear a mente dos devaneios inúteis.

Anote seus pensamentos - Se você sofre com pensamentos negativos e sente dificuldade para meditar, pode usar a técnica de anotar o que pensa. Faça duas listas: uma com os pensamentos negativos reais e outra com os pensamentos positivos. Se a negativa ficar maior que a positiva, você pensa mais coisas ruins do que boas e consequentemente aumenta o estresse. Faça uma terceira lista com pensamentos que podem combater os ruins e complementar os bons. Sempre consulte suas anotações e perceba que seus pensamentos influenciam suas emoções. Assim será possível ter autocontrole e preservar a autoestima.

Não se apegue aos problemas - Todos eles, sem exceção, são passageiros. Uns são mais dolorosos que outros e a intensidade deles podem nos fazer remoer. É preciso ter paciência e deixar o tempo agir. Se apegar aos problemas só vai te maltratar, seja proativo. Outras dicas são: tente fazer um trabalho voluntário, ajudar ao próximo pode te auxiliar na resolução dos seus problemas; a internet é incrível, você pode usá-la a seu favor; faça terapia, ela é capaz de trazer mais positividade para sua vida, acalma as preocupações e alivia as dores emocionais. A terapia te ajuda a manter a saúde mental diariamente.

@marciamacedostos

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

A fé

“Disse Jesus: Por causa da vossa pouca fé, em verdade vos digo que se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a montanha: Vai daqui para lá e ela irá. E nada vos será impossível.” - Mateus 17:20, Bíblia Sagrada. De acordo com esse trecho bíblico, a fé é algo essencial para a vida humana. Fé é a aceitação de forma incondicional a uma possibilidade que a pessoa passa a acreditar como sendo uma verdade sem qualquer tipo de comprovação ou critério objetivo de reconhecimento, pela total confiança que se deposita nesta ideia ou fonte de transmissão.

A fé é tudo quando você não tem nada. (Reprodução internet)

A fé é a primeira das três virtudes teologais, seguidas da esperança e do amor (ou caridade). A palavra “fé” é originada do grego “pistia” - que significa a consciência de acreditar e do latim “fides” - que remete para o ato de fidelidade. Fé simboliza confiança, credibilidade e crença, é uma atitude contrária à dúvida e está profundamente ligada à força interior. Trata-se de um sentimento absoluto de convicção em algo ou alguém, mesmo sem ter alguma evidência que certifique a veracidade da hipótese em questão.

Quando passamos por problemas de saúde mental, emocional ou física, ter fé representa ter esperança de que algo bom e positivo vai acontecer, e a situação vai melhorar. Enfrentar as adversidades da vida não é fácil, cada indivíduo possui as suas lutas particulares e encarar os problemas com otimismo, mesmo quando tudo parece dar errado, é ter fé e acreditar que tudo pode mudar. Sem falar que é nos momentos difíceis que exercitamos a nossa fé, com ela podemos compreender melhor os desafios e assim vamos moldando a nossa capacidade de força e superação.

Mesmo em meio aos desafios do nosso dia a dia, é importante não perder a esperança e para tê-la é necessário ser persistente, acreditar que tudo é possível ainda que tudo indique o contrário. Em geral, é difícil, mas não podemos desanimar quando nossos desejos, planos e objetivos não se concretizam. Quando as situações se tornam desanimadoras, nós somos capazes de ressignificar e buscar manter a fé e a perseverança, inabaláveis. Vamos seguir com a nossa trajetória, insistir e persistir em nós mesmos, afinal, é cada um por si e Deus por todos.

Sem fé não há esperança e a gente só consegue seguir em frente se tivermos fé e manter a cabeça erguida diante dos desafios. Não se abale, nem se entregue ao pessimismo, a ansiedade, a depressão ou a angústia, acredite no seu potencial. Pensar positivo ajuda a superar os obstáculos e encarar as mudanças, reaja com otimismo e coragem. Muita calma, compreensão e responsabilidade podem mudar a dinâmica, a perspectiva e a situação, podendo promover paz e conforto na jornada. É possível tirar grandes lições até dos infortúnios mais complicados da vida.

No contexto religioso, a fé é uma virtude de quem aceita os princípios apregoados por uma religião. Ter fé em Deus é acreditar na sua existência, na sua onipotência e na sua onisciência. A fé cristã pressupõe crer na Bíblia, como sendo a Palavra de Deus, assim como em todos os ensinamentos que foram doutrinados por Jesus Cristo. Uma referência à conduta de um cristão que age com fé é: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem.” - Hebreus 11:1, Bíblia Sagrada. 

@marciamacedostos

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Superação

O processo de superação se apresenta diferente para cada indivíduo. Trata-se de algo tão pessoal que está relacionado com a forma como fomos criados, como encaramos a realidade da vida, como nos relacionamos com a e o quão bem estamos com a autoestima, com a saúde mental e nos relacionamentos interpessoais. O fato é que varia muito de pessoa para pessoa, a capacidade de superar uma decepção, o término de uma amizade ou um relacionamento, o fracasso, vencer uma doença, a perda de uma pessoa querida, entre outros. A resiliência explica bastante sobre a capacidade de superação.

Errar, superar, aprender e recomeçar... Superar não é escolha, é necessidade. (Reprodução internet)

A resiliência é a habilidade humana de se recuperar de situações difíceis, lidar com problemas, se adaptar a mudanças, superar obstáculos, resistir à pressão de situações adversas e seguir em frente, buscando alcançar resultados positivos. Há quem diga que a sociedade moderna tem menos capacidade de superação do que os nossos antepassados, talvez porque atualmente enfrentamos muito mais adversidades. Apesar de estarmos mais antenados, de termos mais acesso a informação e a aspectos importantes de proteção, estamos bem mais expostos a riscos eminentes do que os nossos avós quando eram jovens.

Na sociedade atual enfrentamos sérios fatores de risco, como desemprego, violência, falta de acesso à educação, saúde, moradia digna e segurança. Tudo isso nos leva a enfrentar certas dificuldades que podem prejudicar o nosso desenvolvimento, como ter uma família bem estruturada, por exemplo. Acabamos ficando mais vulneráveis, sempre testando a nossa capacidade de superar. A aptidão para superar as dificuldades não é igual para todos, uns são mais resilientes que outros. Algumas pessoas são mais habilitadas para o enfrentamento das situações adversas, enquanto outras encontram mais dificuldades e sofrem as consequências disso.

Resiliência é um termo usado pela Física para definir a capacidade de um material em voltar para o seu estado normal, sem deformação, após ter sofrido tensão. A Psicologia utiliza esse termo e adaptou para “resiliência psicológica” para representar uma pessoa com capacidade de retornar ao seu estado psíquico original, depois de passar por incidentes de dor e de sofrimento emocional. É normal confundir resiliência com resignação, mas apesar de serem palavras afins, resignar significa aceitar pacificamente os sofrimentos da vida. Para alcançar a resiliência é necessário percorrer antes o caminho da resignação.

Pessoas resilientes possuem características como sociabilidade, criatividade na solução de problemas e senso de autonomia. Ser resiliente não significa que o indivíduo não tenha problemas, ou não sofra ao passar pelas provações da vida e muito menos, nunca sinta dificuldade para superar uma adversidade. A diferença está na forma como o problema é encarado, na capacidade de reação. Algumas pessoas possuem mecanismos próprios para superar as dificuldades e mais competência para alcançar o sucesso. Existem histórias incríveis de superação, seres humanos que se tornaram brilhantes, contrariando as circunstâncias.

Todo ser humano é capaz de melhorar a capacidade de superação perante as dificuldades da vida, além de ampliar a habilidade para solução dos problemas, sejam eles de qual ordem for e isso independe da intensidade da resiliência. É possível fortalecer a mente para ser resiliente, pois os pensamentos podem interferir nos sentimentos. Então o melhor é afugentar sensações como culpa, frustração, insegurança e tristeza, porque elas só atrapalham a busca pela paz interior. Toda criatura é incrivelmente capaz de superar. Evoluir é legítimo, basta querer.

@marciamacedostos

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Paz interior

Época de Natal é um período em que fazemos profundas reflexões, um balanço de como está a vida, aquilo que deu certo e o que não deu, o que fizemos de correto e o que podemos, ou melhor, precisamos melhorar. É exatamente assim que estou me sentindo, buscando paz interior, depois desse ano tão difícil e que sucedeu outro ano igualmente complicado. Não me atrevo a considerar que os meus problemas são maiores, quando percebo os vários privilégios que tenho, desde um lugar seguro para morar, todos os que amo estão vivos e bem, além uma rede familiar que me garante apoio incondicional, além de tantas outras regalias.

Ninguém pode lhe proporcionar paz, além de você mesmo. (Reprodução internet)

A paz interior também chamada de paz mental é um coloquialismo que se refere ao estado de estar mentalmente ou espiritualmente em paz, com consciência e compreensão para encarar conflitos, ansiedade, estresse ou frustração. Minha mãe sempre diz: “A paz não tem preço”, “Nada tira a minha paz”, “Não perca a sua paz”, “Fique em paz”... São frases que ouço com muita frequência e em algumas situações fico perturbada porque não consigo ter toda essa tranquilidade de espírito. Compreendo então, que se trata de uma infinita busca e como tal, possui caminhos secretos e únicos que precisam ser descobertos individualmente.

Costumamos pensar que os sentimentos da alma são consequências da casualidade temperamental e da força divina. Dificilmente lembramos que a conexão entre sentimento e ambiente está profundamente associada com a responsabilidade que temos em estimular a tranquilidade e o equilíbrio ou a angústia e o desespero. Geralmente lamentamos determinadas situações e acabamos esquecendo a raiz do sofrimento, mas se fizermos uma análise e observarmos com bom senso, com certeza enxergaremos a razão da aflição. Delegar nossa alegria, nossa segurança, nosso bem-estar e nosso tempo a outra pessoa é prenúncio de uma vida infeliz.

“Muitas das circunstâncias da vida são criadas por três escolhas básicas: as disciplinas que você decide manter, as pessoas com quem você decide estar e as leis que você decide obedecer” - Charles Millhuff. Se sentir em paz, viver em paz e dormir em paz são efeitos do cuidado que precisamos ter ao fazer as nossas escolhas, da atenção que damos para as consequências de nossos atos e do empenho em desfrutar da verdade. O destino é fruto de nossas escolhas e por isso precisam ser acertadas e conscientes, pois elas são de nossa própria responsabilidade.

A paz interior nada mais é do que uma profunda calma e de acordo com especialistas, para alcançar essa paz é preciso silenciar os pensamentos para conseguir se conectar a si próprio. Acreditar na paz ajuda a desenvolver estágios mentais mais extensivos, partindo da indiferença, da baixa autoestima e nos conduzindo no sentido da saúde mental e emocional. Se quiser atingir essa tão desejada harmonia, não busque a aprovação de ninguém, a paz interior vem de assumir e respeitar suas escolhas, mas para tê-la não tente controlar tudo e todos, é inútil. Cada indivíduo é único.

Perdoe e se perdoe, praticar o auto perdão é essencial na busca da paz mental. É importante eliminar os pensamentos negativos e repetitivos, viva sem culpa e sempre seja grato. Observar a natureza é um ótimo exercício, pois acalma os pensamentos e funciona como um ponto de equilíbrio que envolve a vida. Não devemos nos apegar às decepções e sim cultivar a gratidão. Esse é o caminho e pode nos auxiliar para ter mais paz interior. Aproveitem o espírito natalino para refletir sobre a vida e fazer as mudanças necessárias que promovem uma saúde plena. Sigo tentando!

FELIZ NATAL!!!

@marciamacedostos

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Solidariedade

Solidariedade é o compromisso pelo qual as pessoas se obrigam umas às outras e cada uma delas a todas. Trata-se de caráter, condição ou estado de solidário. Solidariedade e generosidade são comportamentos de grande importância no combate às variadas consequências provocadas pela Pandemia da Covid-19, entre elas o crescimento desenfreado da desigualdade social. Fazer o bem sem olhar a quem, além de importante, se tornou essencial para amenizar os efeitos causados pela maior crise sanitária e econômica da história do Brasil.

A solidariedade é um combustível para mudar o mundo. (Reprodução internet)

A palavra “solidariedade” tem origem no francês “solidarité” que também pode remeter para uma responsabilidade recíproca. A solidariedade pode transformar vidas, é um dos valores fundamentais e universais do século XXI e a Organização das Nações Unidas (ONU), através de Assembleia Geral, decretou que 20 de dezembro é o Dia Internacional da Solidariedade Humana, data celebrada desde o ano de 2005. O objetivo principal dessa oficialização é reunir povos e nações em um mesmo propósito, que é promover a paz, os direitos humanos e o desenvolvimento socioeconômico.

Ser solidário é um abraço no outro, um ato de bondade e compreensão com o próximo. Essa é uma emoção que surge através da união de interesses e objetivos entre os integrantes de uma comunidade, estabelecendo: cooperação mútua entre pessoas; identidade entre seres; interdependência de ideias, doutrinas e sentimentos. A solidariedade vai além do auxílio palpável e presencial, ela acontece também através de cuidados com a saúde mental e emocional, com intuito de ajudar a controlar a ansiedade e o medo com relação às dificuldades atuais e futuras.

Respeito e estima pelo outro são princípios fundamentais e inegociáveis. Todo cidadão precisa aprender o valor da solidariedade e colocar em prática cotidianamente e constantemente, com sentimentos nobres e potentes que podem ampliar os níveis de igualdade, resistência e união dos indivíduos. A solidariedade vai além da caridade, compreende “abraçar” causas significativas e se tornar parte delas, desde as pequenas atitudes que podem ser realizadas no dia a dia e gradativamente mais. O ato de ser solidário precisa ser genuíno e obstinado.

A solidariedade começa com o olhar para o outro, significa perceber o que acontece em volta, é um pensar solidário e não solitário, cuja dimensão moral é abrangente, nos vinculando ao real sentido da vida. É uma atitude que pode ser demonstrada também com palavras, se doar, palavras de conforto possui poder curativo, ouvir com atenção e carinho pode ser vital para alguém. Atos de solidariedade fazem muito bem, tanto para quem se doa quanto para quem recebe, seus benefícios podem ser sentidos na alma, na mente e em todo o corpo.

Solidariedade não é só ajudar o próximo a atingir algum objetivo, é muito mais que isso, é informar, orientar, dividir o conhecimento. Ser solidário é ter interesse pela vida do próximo e a solidariedade é um sentimento de identificação com relação ao sofrimento dos outros. Não há outro canal para a solidariedade humanitária a não ser a busca e o respeito da dignidade individual. Ela é o sentimento que melhor representa o respeito pela dignidade humana. Para alcançar um mundo melhor é necessário ter empatia – capacidade de se colocar no lugar do outro.

@marciamacedostos

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Decepção

O ano está acabando e eu me peguei esses dias num desassossego chato, refletindo sobre o tanto de decepções que tive nos últimos tempos. Foram insatisfações de todas as categorias e em alguns momentos cheguei a não me sentir bem. É fato que ninguém é feliz e realizado o tempo todo, sempre existe algo que nos perturba, que nos tira do eixo. Existem fases na vida que essas perturbações se tornam tão frequentes que corremos o risco de prejudicar nossa saúde mental e emocional. Nesses momentos precisamos cuidar de nós mesmos e nos apegarmos à .

A decepção é um sentimento de tristeza, descontentamento ou frustração pela ocorrência de fato inesperado, que representa um mal; desilusão, desapontamento. Temos a mania de planejar o futuro, idealizar nossos sonhos e arquitetar nossos projetos para que tudo aconteça da forma que queremos, só que nem sempre as coisas saem como imaginamos e aí as decepções que temos, tomam proporções maiores, como se passassem por uma lente de aumento. É necessário encontrar um equilíbrio para conseguir lidar com as situações adversas.

A desilusão é a visita da verdade. (Reprodução internet)

Quem nunca sofreu uma decepção na vida? É difícil alguém responder que não. Acredito que é impossível existir uma pessoa que nunca tenha se decepcionado em toda a sua vivência. Geralmente, as decepções vêm de onde menos esperamos, fazem parte da vida e necessitamos aprender a lidar com elas. A decepção pode ser tão séria que é capaz de desequilibrar a pessoa emocionalmente, sendo vital a ajuda de um profissional habilitado, como o psicólogo. Fazer terapia é uma ótima opção para quem quer se manter emocionalmente saudável.

Uma decepção acontece quando há uma diferença entre aquilo que esperamos e aquilo que realmente acontece, podendo envolver outras pessoas ou somente nós mesmos. Estamos no meio de uma Pandemia que insiste em não findar e ela, por si só potencializa os efeitos das decepções em nós. A decepção é semelhante à frustração e apesar da sensação ruim que provoca em nós, precisa ser experimentada para nos proporcionar aprendizado e crescimento pessoal. O ideal é aprender a administrar e lidar com as situações angustiantes.

De acordo com os especialistas, temos que fazer da decepção um fator motivador de alguma atitude que nos permita crescer, evoluir e seguir na direção dos nossos objetivos, questionar e enfrentar a realidade como ela é. Isso é importante para estarmos preparados para lidar com as emoções mais dolorosas que provavelmente irão surgir no decorrer da vida. Assim conseguiremos obter força interior e desenvolver as habilidades necessárias para o enfrentamento das emoções e dos sentimentos originários da decepção.

Entenda que, ter pequenas frustrações faz parte da vida, é importante para o processo de construção de uma estrutura emocional saudável. Se um adulto tem dificuldade para lidar com a decepção, pode ser que ele não tenha desenvolvido a capacidade necessária para isso na infância ou na adolescência e uma psicoterapia pode ajudar a encontrar os gatilhos para encarar as decepções de maneira mais fácil. Sentimentos negativos e prejudiciais como ingratidão, desilusão e injustiça nos causam dor, mas, às vezes são inevitáveis.

É preciso aceitar a realidade por mais difícil que isso possa parecer e para superar uma decepção não devemos subestimar o tamanho do problema, nem esconder o que estamos sentindo, o ato de externar, gera alívio e produz o restabelecimento do equilíbrio emocional. Não podemos deixar a mágoa e a raiva nos consumir, é indispensável alimentar bons sentimentos como bondade, gentileza, gratidão, segurança, respeito e empatia.

Acumular rancor e ressentimento só provoca doenças, o ideal é identificar a raiz do problema para buscar a melhor solução. Atacar ou agredir quem nos decepcionou só causa mais sofrimento e quando a tristeza invadir o coração, mentalizar coisas boas auxilia bastante. Não devemos permitir que nossa energia interior diminua na iminência de nos conduzir à resignação e à inércia. No mais, buscar e praticar atividades positivas são fundamentais para resgatar a autoestima ferida.

@marciamacedostos

terça-feira, 2 de novembro de 2021

Gaslighting

Já ouviu falar em Gaslighting? A palavra específica, não me lembro de ter escutado, mas o significado... Bom, eu sigo destrinchando o quadro “Isso tem Nome” do Fantástico, justamente porque ele está dando nome a situações frequentes do dia a dia, que às vezes não sabemos identificar e muito menos, reconhecer como abuso. O Fantástico foi muito assertivo com a exibição desse quadro, é uma necessidade da sociedade, pois a nomeação gera o reconhecimento do sofrimento. Gaslighting é uma palavra inglesa que em português seria algo como abuso emocional, um tipo de violência psicológica.

Gaslighting ou gas-lighting é uma forma de abuso psicológico e ocorre quando as informações são distorcidas e omitidas de maneira seletiva para beneficiar o abusador. Nesse contexto, as informações são inventadas com o intuito de fazer com que a vítima duvide da sua própria memória, percepção e sanidade mental, ela se sente muito culpada, sem entender o motivo. A pessoa pode ter certeza absoluta de que algo está acontecendo, mas alguém tenta constantemente convencê-la de que é loucura da cabeça dela. Isso é uma manipulação psicológica.

Gaslighting - Você pode ser vítima dessa prática e nem se deu conta. (Reprodução internet)

A pessoa que sofre esse tipo de abuso começa a acreditar que está enlouquecendo, pois o abusador insiste em dizer: “você está louca”, “você está imaginando coisas”, “é coisa da sua cabeça”, “você está delirando”, “você está equivocada”... Toda essa pressão psicológica pode provocar sucessivas crises de ansiedade, prejudicando a saúde mental e mesmo assim, a vítima não consegue perceber que esse tipo de comportamento é abusivo. Alguns especialistas afirmam ser impossível que mulheres heterossexuais brasileiras nunca tenham sofrido gaslighting num relacionamento amoroso.

O termo inglês - gaslighting surgiu de uma peça teatral que se tornou um filme, intitulado “Gaslight” que significa “Luz a Gás”. O longa-metragem mostra um marido manipulando a mulher afim de que ela acredite estar louca, com objetivo de roubar suas joias. É importante prestar atenção no que está sendo dito, para identificar uma relação abusiva. Frases do tipo “você é louca” é um gatilho crucial, aliás, a palavra “louca” sempre está presente no relacionamento abusivo. Isso mexe com a autoestima da mulher e provoca muita angústia.

As circunstâncias desse abuso são vinculadas com a histeria. A Palavra histeria vem do termo hystera que significa útero em grego, sendo utilizada para qualificar a mulher como histérica, indicando que se trata de uma coisa interna, que vem do organismo feminino. Claro que, não é sempre que os abusadores são homens e as vítimas são mulheres. Esse tipo de manipulação psicológica pode ocorrer em diversos tipos de relacionamentos, como: amizade, familiar e até profissional. Entre os casais, pode acontecer o contrário, mulheres praticarem o abuso contra seus companheiros.

O gaslighting também é cometido por homens e mulheres que se relacionam com pessoas do mesmo gênero. Mas, geralmente essa é uma realidade bem presente nas relações heterossexuais, sendo praticado pelos homens. A mulher acaba vencida pelo cansaço e passa a acreditar que está de alguma forma exagerando, dando razão ao homem e admitindo ser a pessoa abusiva da relação. Assim, o homem vai jogando com a insegurança da mulher até ela explodir, daí todos a consideram como a louca e a agressiva, que precisa se tratar.

Existem muitas maneiras de praticar o gaslighting, algumas delas são: acusações descabidas, ameaças, aumento gradual de manipulações, chantagens variadas, constrangimentos, exaustão mental, humilhações, incoerências, mentiras, negação da realidade e palavras disfarçadas de amáveis. Gaslighting é um tipo de violência psicológica, que é crime previsto no Código Penal e a pena para quem pratica varia entre seis meses e dois anos.

Vale ressaltar que a violência psicológica pode se transformar em violência física. Na violência doméstica, antes da primeira agressão física, existem muitos atos de agressividade, como: controle, insultos, acusações, ofensas e xingamentos. É necessário reconhecer quando está vivendo uma espécie de relacionamento tóxico e cortar o mal pela raiz, dar um basta antes que o mal cresça.

@marciamacedostos

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Etarismo

Você sabe o que é etarismo? Já ouviu essa palavra antes? Eu confesso que não tinha muita familiaridade com esse termo, até assistir o primeiro episódio do quadro “Isso Tem Nome” do Fantástico e me interessar em pesquisar mais sobre o assunto. Não é preciso muito para identificar o quanto essa palavra é comum e está presente no nosso dia a dia, mesmo sem ter o hábito de utilizar. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma em cada duas pessoas no mundo já demonstrou ações discriminatórias que prejudicam a saúde mental e física dos idosos.

O etarismo é um preconceito velado. (Reprodução internet)

O etarismo nada mais é do que o preconceito de idade. A discriminação também é chamada de “idadismo” ou “ageísmo”, é muito comum e surge quando a idade é utilizada para classificar e segmentar os indivíduos. Essa separação pode provocar danos, desvantagens e até injustiças. O etarismo e suas vertentes podem se apresentar de diversas formas, como em comportamentos preconceituosos, em ações discriminatórias e através de políticas e práticas institucionais que sustentam convicções estereotipadas.

Segundo um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), a discriminação por idade é um desafio global e leva a uma saúde pública mais precária, ao isolamento social e pode até causar mortes prematuras. Trata-se de uma capciosa calamidade na sociedade. A discriminação por idade influencia na saúde através de três processos: comportamental, fisiológico e psicológico, ou seja, impacta diretamente na qualidade de vida das pessoas. Manifestações de preconceito com base na faixa etária são mencionadas em diferentes situações do nosso cotidiano.

No Brasil, etarismo é um tema novo, pouco conhecido e que ainda precisa ser muito debatido. Esse tipo de conduta da sociedade, que contesta a competência de uma pessoa por causa de sua idade, provoca a não aceitação, falta de respeito e ética, desprezo, agressões, humilhações, contribui para a baixa autoestima, sentimentos de desamparo e menos valia. É um estereótipo que atinge principalmente as mulheres e geralmente de forma cruel, exemplo: nas histórias infantis o homem velho é sempre um sábio senhor e a mulher velha é sempre a bruxa.

O termo etarismo foi usado pela primeira vez em 1969, pelo gerontologista, psiquiatra e autor americano Robert Neil Butler (1927 - 2010), para caracterizar a intolerância relacionada com a idade, contendo semelhanças com “racismo” e “sexismo”, direcionada aos mais velhos. Entretanto, em 1999, o gerontologista e professor americano Erdman Ballagh Palmore ampliou o conceito, que passou a ser executado com frequência, para nomear qualquer espécie de discriminação baseada na idade, abrangendo preconceito contra crianças, adolescentes, adultos ou idosos.

A Gerontologia é a ciência que estuda o processo de envelhecimento em suas dimensões biológica, psicológica e social. A discriminação por causa da idade é mais intensa em sistemas onde a população convive fortemente com a desigualdade social. Uma maneira de combater o etarismo é evitar dizer frases preconceituosas e estereotipadas:

  •     Desculpa perguntar, mas quantos anos você tem?
  •    É uma “coroa” enxuta para a idade.
  •    Ela poderia ser mãe dele.
  •    Está querendo parecer mocinha / garotão.
  •    Está velha demais para isso ou aquilo.
  •    Não parece que você tem essa idade.
  •    Qual o segredo para estar tão conservada?
  •    Que bonita! Não entrega a idade.
  •    Sério que você tem essa idade?
  •    Solteira nessa idade? Vai ficar para titia.
  •    Você deve ter sido muito bonita quando jovem.
  •    Você não tem mais idade para fazer ou usar isso.
  •    Você parece mais jovem.

 Podemos provocar muito sofrimento por falta de conhecimento ou pela falta de interesse em aprender e se informar. São as pequenas atitudes e mudanças que fazem uma grande diferença.

@marciamacedostos

terça-feira, 5 de outubro de 2021

Dependência digital

A dependência digital está relacionada com o contexto de uso abusivo das tecnologias digitais e essa utilização excessiva reflete na vida pessoal, social e profissional do indivíduo, ele acaba se distanciando da sociedade. Portanto a dependência digital ocorre quando existe uma necessidade descontrolada de usar os dispositivos digitais e marcar presença nas redes sociais. Segunda-feira, dia 04 de outubro de 2021, ficou marcada por uma pane global nas redes sociais: Facebook, Instagram e WhatsApp. Isso deveria nos fazer refletir sobre o poder que elas exercem sobre nós.

O colapso digital começou por volta de meio dia e meia com o WhatsApp, seguido pelo Facebook e Instagram, sem falar na instabilidade do Google, YouTube e outros aplicativos. Toda essa turbulência durou 6h30 e provocou um grande burburinho entre os usuários, além de causar prejuízos para aqueles que utilizam as redes para ganhar dinheiro. Confesso! Foi impossível não pensar que talvez tivéssemos sido hackeados ou até, que estivéssemos sofrendo um ataque mundial de proporções inimagináveis. Brincadeiras a parte, ficamos inquietos com esse apagão digital.

Parecia inofensivo, mas te dominou... (Reprodução internet)

Mas, a coisa é capaz de ficar muito séria, pois a dependência digital pode ser considerada um transtorno mental quando atinge níveis alarmantes. Pessoas que possuem esse tipo de sujeição podem sofrer de nomofobia, quando são obrigadas a ficarem desconectadas. Nomofobia é o medo irracional de estar sem o telefone celular ou outros aparelhos eletrônicos e está relacionada ao vício em outras tecnologias. É uma fobia provocada pelo desconforto ou angústia consequente da incapacidade de acesso à comunicação, ou pavor de ficar incomunicável.

Trata-se de um transtorno psicológico que pode até causar depressão. Ela provoca um estado de ansiedade que pode se tornar patológico, levando o indivíduo a um transtorno de ansiedade social, ao transtorno do pânico e agorafobia. Não é possível reconhecer os sintomas desse distúrbio de forma imediata, porque eles se instalam lentamente até começarem a causar prejuízos emocionais, sociais e profissionais. Os sintomas são parecidos com a dependência química e conforme estudos, a dependência digital pode favorecer a dependência química.

Preocupações exageradas com assuntos do universo digital; necessidade excessiva de estar em contato com o mundo digital para se sentir satisfeito; agressividade e nervosismo com problemas de conexão; não conseguir ficar off-line e ficar conectado por muito mais tempo que o ideal; mentira sobre o tempo que fica on-line; irritabilidade; estresse; tristeza e desinteresse nas atividades familiares, profissionais e sociais, podem ser indicativos de que algo está fora de controle e precisa ser investigado e tratado com urgência.

É necessário ter atenção aos sinais, se a sua relação com as redes sociais provoca danos nos relacionamentos familiares e sociais; há queda no rendimento profissional; diminuição nas habilidades sociais; problemas físicos como dores no corpo, erros de postura e tendinites; má-alimentação; obesidade, transtorno bipolar, depressão, TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) e fobia social, são sinais de alerta máximo, procure ajuda de um profissional habilitado, como psicólogo ou psiquiatra. É um vício que tem controle e a prática de atividades saudáveis pode ajudar.

É evidente que a internet e as redes sociais auxiliam bastante o trabalho, os estudos, a saúde e as relações interpessoais, facilitam a rotina diária e nos proporcionam liberdade. Mas, como tudo na vida, é fundamental ter cautela para não desenvolver uma dependência emocional e se tornar refém delas. Encontrar um ponto de equilíbrio é o caminho para utilizar as tecnologias com consciência e encarar as transformações do mundo contemporâneo com sabedoria. Priorize seu tempo e se dedique às pessoas e ocupações que te proporcionam crescimento pessoal, no mundo real.

@marciamacedostos

terça-feira, 21 de setembro de 2021

Sonhar e realizar

O blog Flor de Cacto está fazendo aniversário e eu só quero celebrar, pois a comemoração é em dose dupla. No dia 19 de setembro, completamos um ano de existência. Estou muito feliz por ver esse sonho materializado, já tem sua forma própria, volume e muita propriedade. Já falei aqui, que se trata de um objetivo antigo, um projeto que protelei bastante para começar e quando surgiu a Pandemia da Covid-19, ele se tornou, além de um desejo pessoal, uma válvula de escape para que eu pudesse manter meu controle emocional e a saúde mental, um ponto de equilíbrio.

Gratidão por esse 1º ano de vida. (Arquivo pessoal)

Organizei minhas ideias, fiz todo o planejamento, preparei alguns conteúdos para começar a comunicar com total tranquilidade e lancei no dia do meu aniversário, no ano de 2020, com publicações semanais, rigorosamente. Sempre gostei da arte de escrever, sou uma apaixonada pelas palavras, papel e caneta são meus companheiros da vida toda. É isso mesmo, apesar de aderir o uso da tecnologia que é tão essencial para vida moderna, nunca deixei de escrever da forma tradicional, e quer saber?... Não abro mão disso.

Gosto de colocar no papel tudo o que sinto, as minhas expectativas e propósitos, tenho várias agendas e diários, completamente preenchidos e que guardo com muito carinho. Foi por isso que nasceu o blog, para tornar público àquilo que amo fazer e faço com bastante afinco. Talvez pareça uma bobagem para você, mas para mim, o blog Flor de Cacto é muito importante, produzo os conteúdos com muito cuidado e responsabilidade, ele é a menina dos meus olhos. Tento transmitir aqui os meus pensamentos, sentimentos e perspectivas, dúvidas, anseios e incertezas.

A conexão com o nome Flor de Cacto foi imediata, não só porque amo os cactos, mas pelo fato de me identificar muito com eles que são fortes, resistentes, capazes de sobreviver em meio a muitos desafios, além disso, simboliza firmeza e perseverança, acho que tem tudo a ver comigo. Com as experiências e a realidade da minha vida, eu procuro tocar as pessoas e promover uma troca positiva, principalmente com quem se identifica comigo. O blog está impactando pessoas, tenho recebido muitas mensagens interessantes e isso tem um valor imensurável para mim.

Se os meus textos auxiliarem de alguma forma, pelo menos uma pessoa a pensar, refletir, sonhar, não desistir e realizar, apesar de todas as adversidades da vida, já valeu a pena, o intuito é compartilhar vivências. Pessoas influenciam pessoas! Não significa que para mim, isso é fácil, que eu seja um indivíduo realizado e sem decepções, pelo contrário, sigo no processo de autoconhecimento, com vários questionamentos sem respostas, lutando contra a ansiedade, a frustração e a angústia, para manter a autoestima e não perder a esperança. Faço terapia para não pirar.

Sonhar e estabelecer os objetivos são o combustível necessário para despertarmos com disposição e realizarmos proezas inacreditáveis. O sonho é uma projeção genuína do seu íntimo. Jamais desista dos seus sonhos, mesmo que os pensamentos alheios insistam em tentar te desanimar. Persista e persevere em busca das suas metas, pois a recompensa virá e toda sua dedicação valerá a pena. O blog Flor de Cacto é só um dos meus sonhos, tenho muitos realizados e outros em andamento, alguns estão logo ali e outros seguem em processamento. O importante é não desistir, se não conseguir sozinho pede ajuda, vai à luta, o sucesso é consequência. Vida longa para nós!

@marciamacedostos

terça-feira, 14 de setembro de 2021

Memórias

Está chegando meu aniversário e todo ano, no período que antecede esse dia, eu fico mais nostálgica. São memórias que me atingem com maior facilidade nessa época e nem sempre são lembranças felizes. A memória é o acúmulo de conhecimentos e acontecimentos adquiridos por intermédio de experiências vividas ou ouvidas. Trata-se da habilidade de obter, reunir e resgatar informações disponíveis, que pode ser internamente; no cérebro - memória biológica, ou externamente; em dispositivos artificiais - memória artificial.

Uma pessoa sem lembranças é como uma folha em branco. (Reprodução internet)

Às vezes, as memórias nos enganam e por essa razão, nem sempre é válida a máxima do “recordar é viver”, em muitas situações, o melhor é deslembrar. Para que possamos evoluir, é importante esquecer coisas, para que novas memórias possam surgir. Na realidade, são as memórias que nos tornam quem somos, elas nos auxiliam na compreensão do mundo e aguçam o nosso olhar para o que realmente interessa. As memórias são importantes para o processo de aprendizagem, além de capacitar na criação dos vínculos afetivos.

Especialistas explicam que, alguns acontecimentos são mais complicados de esquecer e por que nos lembramos de algumas situações de maneira diferente de como ocorreram. No dia 11 de setembro, o maior ataque terrorista da história, nos Estados Unidos, completou 20 anos. Foram cenas terríveis, tristes e impactantes, eu lembro onde estava e o que fazia naquele fatídico dia. Com toda a mídia relembrando esse acontecimento que marcou a minha geração, consegui recordar detalhes incríveis daquela data.

A memória é preservada dentro do um dos órgãos mais complexos do corpo humano, o cérebro, ele funciona como uma rede que possui estrutura neurológica que participa dos processos de aprendizado, emoção e memória, além de seus respectivos gerenciamentos. É fascinante o poder que o nosso cérebro possui, ele se desenvolve a partir da gestação, segue amadurecendo pela infância e adolescência, atingindo sua maturação biológica aos 22 anos. Toda a atividade cerebral é fundamentada pelos neurônios, essenciais na estruturação do cérebro.

Fatores externos como contato social, grau de escolaridade e estímulos diversos como esportivos, musicais e linguísticos, influenciam na formação dos traços que formam um mapa único e individual de cada pessoa. Esse mapa é a memória desenhada no cérebro organizado de forma bem complexa, por todas as experiências do indivíduo em questão. Existem diferentes tipos de memórias, que podem ser: de curto prazo, que duram de três a seis horas ou de longa duração, que podem durar dias, anos e até a vida inteira.

Entre as memórias de curto prazo estão: imediatas - que guardam informações por um tempo curto; de trabalho - que armazena informação temporariamente para tarefas cognitivas. Entre as memórias de longa duração estão: episódicas - que têm referências pessoais; semânticas - as informações do mundo que são adquiridas no decorrer da vida; não declarativas - que não podem ser contadas ou ensinadas oralmente. As memórias também podem ser treinadas para que se tornem definitivas, através da prática e da repetição.

Os cientistas denominam de plasticidade cerebral, quando a informação sai do impulso momentâneo, se reorganiza e modifica a estrutura do sistema nervoso. O cérebro trabalha para acondicionar as memórias a partir das vivências e comportamentos, ele tem a capacidade de evoluir através de novas experiências. Para conservar a memória saudável é necessário manter, entre outros: atividade física, boa alimentação, bom aprendizado, redução do estresse, sono reparador, saúde mental e emocional. O importante é se cuidar e preservar essa magnífica máquina humana.

@marciamacedostos

terça-feira, 24 de agosto de 2021

Educação à distância

No decorrer da Pandemia de Covid-19, houve um crescimento bastante expressivo do ensino online. A modalidade de educação à distância (EAD) cresceu rapidamente, exigindo do estudante muito mais comprometimento, disciplina e organização, além de ser vista como uma ótima opção pelo mercado de trabalho. Diante do “novo normal” e da necessidade de adaptação, a resistência ao ensino online foi vencida por essa terrível crise sanitária e humanitária. Atualmente, estudar e trabalhar de casa se tornou uma realidade, jamais antes imaginada, ajudando até a driblar a crise econômica.

"A educação não tem preço. Sua falta tem custo." (Reprodução internet)

As aulas online foram adotadas em todo Brasil no período do isolamento social. Diversos setores da sociedade precisaram se adequar e por causa da Pandemia do Novo Coronavírus passaram por sérias transformações. As aulas foram interrompidas em todas as modalidades de ensino, as instituições necessitaram buscar novas possibilidades e a opção encontrada foi a ampla adesão a educação à distância. Estudantes tiveram que incluir aulas online na rotina, tornando a EAD uma prática comum, tanto na educação básica quanto no ensino superior e em outras modalidades.

A educação infantil e o ensino fundamental são etapas do ensino que costumavam ser integralmente presencial e por essa razão, foram as que mais sentiram os impactos e as consequências. Os professores precisam se desdobrar para produzir conteúdos interessantes que possam prender a atenção dos alunos através das vídeoaulas. Como o ensino EAD começou de forma repentina quando surgiu a Pandemia, os profissionais da educação precisaram se adequar urgentemente, e muitos deles ainda não se sentem preparados para dar aulas online.

Nos últimos anos, a relevância da internet só se fortaleceu no contexto social, sendo capaz de unir aspectos importantes da vida, como: comportamento, comunicação, consumo, educação, informação, trabalho e transporte. E como a Pandemia promoveu mudanças na nossa vivência, acabou provocando alterações no vínculo que temos com a web. Ela aprofundou ainda mais a conexão entre o trabalho e a internet, quando muitas empresas adotaram e aprovaram o trabalho remoto, escolas e universidades foram pelo mesmo caminho, utilizando a rede como alternativa para dar continuidade ao saber.

Nós tivemos que nos adaptar rapidamente às mudanças e aprender a conviver com essa rotina acelerada de videoconferências. O estudo à distância é qualquer tipo de mediação didático-pedagógica que utilize tecnologias de comunicação e informação, sendo aplicada com espaço e/ou tempo diferentes, no contato entre alunos e professores. A modalidade surgiu no começo do século XX com cursos de qualificação profissional e antes das redes digitais, os cursos eram administrados através de correspondência, rádio e televisão.

Antigamente, a EAD era um mecanismo utilizado para o acesso à educação, ao letramento e à inclusão social dos adultos, depois começou a ser ofertado cursos para o nível fundamental e na década de 1970, para o nível superior. O ensino à distância é um exemplo de que a sociedade caminha para a convergência digital, é um modelo que facilita o rendimento e se encaixa em qualquer estilo de vida. Apesar de todos os benefícios, não são todas as pessoas que conseguem se adequar às metodologias aplicadas na modalidade de ensino à distância.

É fundamental compreender a importância de se ter empatia nesses tempos difíceis que estamos vivendo, até porque, nem todas as pessoas possuem as ferramentas necessárias para desenvolver atividades à distância. Por causa das dificuldades, aliadas aos problemas provocados pela Pandemia, estão ocorrendo muitas consequências negativas para a saúde mental dos indivíduos, que desenvolvem até quadros de ansiedade e depressão. Para evitar a estafa mental, cuide da saúde física, psicológica e principalmente, respeite os seus limites.

@marciamacedostos

Velha não, experiente!

Muito tempo sem postar por aqui e nesse período muita coisa aconteceu, algumas boas outras ruins, nada fora do normal, são apenas as conseq...