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terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Por um respiro

Resolvi escrever esse texto para tratar um pouco sobre esse documentário que assisti na plataforma da Globoplay. Por um respiro tocou muito forte em mim e me levou para um lugar muito dolorido, onde me coloquei no lugar das pessoas retratadas ali e me senti muito mal. A gente precisa parar para analisar o quanto é sacrificante estar na posição do internado por causa da Covid-19 e por isso chamar a responsabilidade para nós e assim nos proteger e preservar o outro.

Respira fundo! Pela frente ainda tem muito mundo. (Reprodução internet)

O documentário Por um respiro foi criado e produzido pelo documentarista Nuno Godolphim, direção geral é de Susanna Lira e roteiro de Jorge Pestana, sendo uma produção da Ocean Films. Ele mostrou histórias reais de médicos que estavam na linha de frente no combate à Pandemia e também todo sofrimento e as angústias de pessoas que foram infectadas pelo Coronavírus, que precisaram ficar internadas e em isolamento por muito tempo, além do sofrimento de seus familiares.

A série possui seis episódios e os personagens que apresenta, tanto médicos quanto pacientes, foram diretamente impactados pela Covid-19. Não sei se comoveu outras pessoas, mas foi um gatilho que mexeu muito comigo. Eu parei para pensar no quanto a tentativa desesperada de respirar, sem conseguir, pode provocar agonia e quanto mais desesperada a pessoa fica, menos ela consegue respirar. Só de pensar nisso, senti uma falta de ar momentânea.

Você já experimentou a sensação de falta o ar? Falo daquela coisa simples, quando se está gripado, por exemplo, que a nariz entope e dificulta a puxada de ar para os pulmões. É muito ruim, não é? Eu tenho muito disso, por coisas bobas, eu sinto uma leve falta de ar e geralmente, isso me provoca um desconforto real, que dura apenas segundos, mas são muito ruins. Agora pensa, no dano respiratório que essa doença provoca e no quão doloroso é passar por isso.

Foi exatamente o que aconteceu comigo, eu comecei a pensar nas vezes bobas em que fiquei sem ar e me imaginar estando na situação daqueles pacientes retratados no documentário e de milhões de outros pelo mundo afora, eu senti dor e muita tristeza com isso. Sem falar dos tubos, do quanto a intubação é invasiva. Acho difícil alguém dizer que não conhece ninguém que foi acometido pela Covid-19, ou pior, todo mundo conhece, ao menos de ouvir falar, uma pessoa que morreu por conta dessa doença maldita.

E é exatamente sobre isso, o documentário fala da gravidade dessa Pandemia e sobre a falta de empatia das pessoas, muitas vezes do poder público. Muitos não acreditam no poder letal dela, outros desdenham e debocham quando se fala em usar máscaras e não aglomerar. Enfim, é uma espécie de sirene tocando alto e forte, alertando a população, dizendo que ainda estamos em Pandemia e que, infelizmente, o pior ainda não passou. Eu entendi o recado.

A vacina tá chegando... Graças a Deus! Mas ainda não há doses suficientes para imunizar toda a população brasileira. Os danos na saúde pública, na economia, na educação, na segurança são imensuráveis e ainda existem pessoas que negam toda essa tragédia. Eu não entendo e fico muito triste, imaginando e me questionando: Até onde isso vai? Até quando vamos ter que suportar? Quantos mais, ainda iremos perder? E depois de tudo, como vamos conseguir nos refazer? Todos conseguirão vencer? Não encontro respostas, mas tenho muita de que tudo isso vai melhorar.

@marciamacedostos

Velha não, experiente!

Muito tempo sem postar por aqui e nesse período muita coisa aconteceu, algumas boas outras ruins, nada fora do normal, são apenas as conseq...