A
dependência digital está relacionada com o contexto de uso abusivo das
tecnologias digitais e essa utilização excessiva reflete na vida pessoal,
social e profissional do indivíduo, ele acaba se distanciando da sociedade.
Portanto a dependência digital ocorre quando existe uma necessidade descontrolada
de usar os dispositivos digitais e marcar presença nas redes sociais.
Segunda-feira, dia 04 de outubro de 2021, ficou marcada por uma pane global nas
redes sociais: Facebook, Instagram e WhatsApp. Isso deveria nos fazer refletir
sobre o poder que elas exercem sobre nós.
O
colapso digital começou por volta de meio dia e meia com o WhatsApp, seguido
pelo Facebook e Instagram, sem falar na instabilidade do Google, YouTube e
outros aplicativos. Toda essa turbulência durou 6h30 e provocou um grande
burburinho entre os usuários, além de causar prejuízos para aqueles que
utilizam as redes para ganhar dinheiro. Confesso! Foi impossível não pensar que
talvez tivéssemos sido hackeados ou até, que estivéssemos sofrendo um ataque
mundial de proporções inimagináveis. Brincadeiras a parte, ficamos inquietos
com esse apagão digital.
Mas,
a coisa é capaz de ficar muito séria, pois a dependência digital pode ser
considerada um transtorno mental quando atinge níveis alarmantes. Pessoas que
possuem esse tipo de sujeição podem sofrer de nomofobia, quando são obrigadas a
ficarem desconectadas. Nomofobia é o medo irracional de estar sem o telefone
celular ou outros aparelhos eletrônicos e está relacionada ao vício em outras
tecnologias. É uma fobia provocada pelo desconforto ou angústia consequente da
incapacidade de acesso à comunicação, ou pavor de ficar incomunicável.
Trata-se
de um transtorno psicológico que pode até causar depressão. Ela provoca um
estado de ansiedade que pode se tornar patológico, levando o indivíduo a um
transtorno de ansiedade social, ao transtorno do pânico e agorafobia. Não é
possível reconhecer os sintomas desse distúrbio de forma imediata, porque eles
se instalam lentamente até começarem a causar prejuízos emocionais, sociais e
profissionais. Os sintomas são parecidos com a dependência química e conforme
estudos, a dependência digital pode favorecer a dependência química.
Preocupações
exageradas com assuntos do universo digital; necessidade excessiva de estar em
contato com o mundo digital para se sentir satisfeito; agressividade e
nervosismo com problemas de conexão; não conseguir ficar off-line e ficar conectado
por muito mais tempo que o ideal; mentira sobre o tempo que fica on-line;
irritabilidade; estresse; tristeza e desinteresse nas atividades familiares,
profissionais e sociais, podem ser indicativos de que algo está fora de
controle e precisa ser investigado e tratado com urgência.
É
necessário ter atenção aos sinais, se a sua relação com as redes sociais
provoca danos nos relacionamentos familiares e sociais; há queda no rendimento
profissional; diminuição nas habilidades sociais; problemas físicos como dores
no corpo, erros de postura e tendinites; má-alimentação; obesidade, transtorno
bipolar, depressão, TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade)
e fobia social, são sinais de alerta máximo, procure ajuda de um profissional
habilitado, como psicólogo ou psiquiatra. É um vício que tem controle e a prática
de atividades saudáveis pode ajudar.
É evidente que a internet e as redes sociais auxiliam bastante o trabalho, os estudos, a saúde e as relações interpessoais, facilitam a rotina diária e nos proporcionam liberdade. Mas, como tudo na vida, é fundamental ter cautela para não desenvolver uma dependência emocional e se tornar refém delas. Encontrar um ponto de equilíbrio é o caminho para utilizar as tecnologias com consciência e encarar as transformações do mundo contemporâneo com sabedoria. Priorize seu tempo e se dedique às pessoas e ocupações que te proporcionam crescimento pessoal, no mundo real.
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