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terça-feira, 24 de agosto de 2021

Educação à distância

No decorrer da Pandemia de Covid-19, houve um crescimento bastante expressivo do ensino online. A modalidade de educação à distância (EAD) cresceu rapidamente, exigindo do estudante muito mais comprometimento, disciplina e organização, além de ser vista como uma ótima opção pelo mercado de trabalho. Diante do “novo normal” e da necessidade de adaptação, a resistência ao ensino online foi vencida por essa terrível crise sanitária e humanitária. Atualmente, estudar e trabalhar de casa se tornou uma realidade, jamais antes imaginada, ajudando até a driblar a crise econômica.

"A educação não tem preço. Sua falta tem custo." (Reprodução internet)

As aulas online foram adotadas em todo Brasil no período do isolamento social. Diversos setores da sociedade precisaram se adequar e por causa da Pandemia do Novo Coronavírus passaram por sérias transformações. As aulas foram interrompidas em todas as modalidades de ensino, as instituições necessitaram buscar novas possibilidades e a opção encontrada foi a ampla adesão a educação à distância. Estudantes tiveram que incluir aulas online na rotina, tornando a EAD uma prática comum, tanto na educação básica quanto no ensino superior e em outras modalidades.

A educação infantil e o ensino fundamental são etapas do ensino que costumavam ser integralmente presencial e por essa razão, foram as que mais sentiram os impactos e as consequências. Os professores precisam se desdobrar para produzir conteúdos interessantes que possam prender a atenção dos alunos através das vídeoaulas. Como o ensino EAD começou de forma repentina quando surgiu a Pandemia, os profissionais da educação precisaram se adequar urgentemente, e muitos deles ainda não se sentem preparados para dar aulas online.

Nos últimos anos, a relevância da internet só se fortaleceu no contexto social, sendo capaz de unir aspectos importantes da vida, como: comportamento, comunicação, consumo, educação, informação, trabalho e transporte. E como a Pandemia promoveu mudanças na nossa vivência, acabou provocando alterações no vínculo que temos com a web. Ela aprofundou ainda mais a conexão entre o trabalho e a internet, quando muitas empresas adotaram e aprovaram o trabalho remoto, escolas e universidades foram pelo mesmo caminho, utilizando a rede como alternativa para dar continuidade ao saber.

Nós tivemos que nos adaptar rapidamente às mudanças e aprender a conviver com essa rotina acelerada de videoconferências. O estudo à distância é qualquer tipo de mediação didático-pedagógica que utilize tecnologias de comunicação e informação, sendo aplicada com espaço e/ou tempo diferentes, no contato entre alunos e professores. A modalidade surgiu no começo do século XX com cursos de qualificação profissional e antes das redes digitais, os cursos eram administrados através de correspondência, rádio e televisão.

Antigamente, a EAD era um mecanismo utilizado para o acesso à educação, ao letramento e à inclusão social dos adultos, depois começou a ser ofertado cursos para o nível fundamental e na década de 1970, para o nível superior. O ensino à distância é um exemplo de que a sociedade caminha para a convergência digital, é um modelo que facilita o rendimento e se encaixa em qualquer estilo de vida. Apesar de todos os benefícios, não são todas as pessoas que conseguem se adequar às metodologias aplicadas na modalidade de ensino à distância.

É fundamental compreender a importância de se ter empatia nesses tempos difíceis que estamos vivendo, até porque, nem todas as pessoas possuem as ferramentas necessárias para desenvolver atividades à distância. Por causa das dificuldades, aliadas aos problemas provocados pela Pandemia, estão ocorrendo muitas consequências negativas para a saúde mental dos indivíduos, que desenvolvem até quadros de ansiedade e depressão. Para evitar a estafa mental, cuide da saúde física, psicológica e principalmente, respeite os seus limites.

@marciamacedostos

terça-feira, 22 de setembro de 2020

A Pandemia e o novo normal

Estamos assustados com a configuração desses novos tempos, uns acreditam no poder letal da COVID-19, outros não acreditam na doença, uns levam a vida normalmente como se nada estivesse acontecendo, outros estão ficando pilhados com os acontecimentos. O fato é que, para muitos de nós, essa é uma novidade assustadora, nunca vivemos algo parecido, com aulas suspensas, comércio fechado, lockdown, uso obrigatório de máscaras e banhos de álcool em gel.

Primeiro passeio, após seis meses de isolamento social. (Arquivo pessoal)

Se fossemos avisados que em 2020 iríamos viver essa loucura, certamente não acreditaríamos, as vezes tenho a impressão de que o primeiro semestre foi totalmente perdido. 2019 não foi um ano fácil, me recordo das inúmeras brincadeiras que circulavam nas redes sociais, as pessoas desejavam que aquele ano acabasse logo, por causa de tantas tragédias que ocorreram. 

O rompimento da barragem de Brumadinho – Minas Gerais, o incêndio no centro de treinamento do Flamengo no Rio de Janeiro - RJ, o massacre em uma escola estadual de Suzano – São Paulo, foram só algumas tragédias terríveis que aconteceram em 2019, no Brasil. Por isso, desejamos tanto romper aquele fatídico ano e começar tudo novamente. Mal sabíamos o que estava por vir.

Em 1º de dezembro de 2019 a COVID-19, doença respiratória aguda causada pelo Coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-COV-2), foi identificada pela primeira vez na China, sendo que o primeiro caso foi reportado em 31 de dezembro do mesmo ano.

Em 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo novo Coronavírus, constituía uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional e em 11 de março de 2020, a Covid-19 foi caracterizada pela OMS como uma Pandemia, diante de sua ampla expansão. Uma Pandemia é definida quando ocorre um grande número de Epidemias em várias regiões do planeta. Trata-se do pior cenário infectológico que existe.

No Brasil, o primeiro caso da doença foi confirmado em 26 de fevereiro de 2020 e de lá para cá a situação se agravou muito. Atualmente, o país possui mais de 38 milhões de casos confirmados e mais de 713 mil mortes pela COVID-19. No mundo inteiro são mais de 695 milhões de casos confirmados e já ultrapassamos a marca de 6 milhões de mortos por causa da doença. É assustador!

Agora vivemos nessa incerteza do amanhã, não sabemos como será o futuro e até quando viveremos dias tão sombrios. Meses depois que toda essa loucura começou, ainda nos encontramos perdidos em meio a tantas perdas, não são apenas números, são inumeráveis, são milhares de vidas ausentes, inúmeras famílias dilaceradas por essa dor. Não pode haver velório, nem homenagear e muito menos se despedir de uma forma justa e digna dos seus parentes queridos. Isso dói!

É difícil achar uma pessoa que não saiba de alguém, um parente, um amigo ou um conhecido que tenha perdido a batalha contra essa terrível doença, eu sei de várias pessoas. O meu maior desejo no decorrer desse ano, é que possamos sair dessa triste e lamentável situação, seres humanos melhores, mais justos, que consigamos aprender a exercer, cada vez mais, a empatia e o respeito ao próximo.

Me considero uma pessoa realista, gostaria muito de ser otimista, mas não consigo. Confesso que, pelo que vejo em meu dia a dia e diariamente nos noticiários, fico desanimada com tantas pessoas usando de má fé, se utilizando de vários artifícios escusos para se dar bem. Sinceramente!? Tenho medo do que está por vir e me preocupo com o futuro de meu filho e de meus sobrinhos.

Claro que devemos nos apegar aos modelos positivos, nos vários exemplos de amor, carinho, empatia, solidariedade e respeito que existem por aí. Devemos colocar uma lente de aumento nessas características positivas e multiplicar o bem, fazendo a nossa parte, aumentando essa corrente.

Não sabemos até quando viveremos esse caos, acredito que nada será como antes, fato é que, sempre existe algo de bom, que podemos fazer para melhorar o dia e a vida da gente e do outro. Vamos focar nisso? Uma andorinha só não faz verão, mas uma revoada delas, é capaz de romper qualquer barreira.

@marciamacedostos

terça-feira, 9 de novembro de 2021

Marília Mendonça - uma potência

A tragédia do dia 05 de novembro de 2021 (sexta-feira) tirou a vida da cantora Marília Mendonça - 26 anos e de mais outras quatro pessoas: Abicieli Silveira Dias, tio e assessor da cantora; Henrique Ribeiro, produtor geral da artista; Geraldo Martins, piloto e Tarciso Pessoa, copiloto. O avião de pequeno porte decolou de Goiânia - Goiás e caiu em uma cachoeira na serra de Caratinga, no Vale do Rio Doce, interior de Minas Gerais. O acidente que calou a “rainha da sofrência”, uma das vozes mais potentes dos últimos tempos, deixou o Brasil triste e impactado, sem acreditar na realidade dos fatos.

"É bem melhor falar a verdade, do que depois se arrepender." (Reprodução internet)

A sensação que eu tive foi de descrença naquilo que estava assistindo, no primeiro momento, achei que o avião não tinha caído e sim feito um pouso de emergência, pelo cenário apresentado, a aeronave parecia “preservada”. Segundo especialistas responsáveis pelo resgate, provavelmente, as cinco vítimas morreram na hora do impacto. Era quase impossível estarem com vida em consequência da desaceleração que provoca ruptura de grandes vasos e causa hemorragia, além de politraumatismo e graves lesões. O motivo das mortes ainda está sendo investigado e será divulgado posteriormente.

A morte de Marília Mendonça acentua a dor de um país inteiro que já está muito machucado por causa das perdas provocadas pela Pandemia e por todas as mazelas que estamos vivendo. O que mais me doeu nessa fatalidade foi pensar no filhinho da Marília, o Léo de 01 ano e 10 meses, isso dilacerou meu coração. O maior medo de uma mãe é perder o filho ou perder a vida e deixar o filho, tenho certeza que se de alguma forma ela percebeu a tragédia se aproximando, foi no Léo que ela pensou, foi em nome dele que ela chamou por Deus. Acredito que na hora do desespero todos eles pensaram nos filhos pequenos.

É angustiante pensar nas mães das vítimas desse desastre e de tantos outros, mãe nenhuma está preparada para perder um filho, isso vai contra a lei natural da vida. É impossível mensurar o tamanho da dor que é perder um filho, dói só de imaginar. Só peço a Deus que console e traga conforto aos corações de todos. Como diz sabiamente o Padre Fábio de Melo: “Não é só uma voz que se cala; é uma filha que se foi, é uma mãe que não volta. Quantos morrem naquele que morre? Com você Marília, morreu uma multidão.”, é isso, são muitos que morrem em um só.

Marília Mendonça ajudou a criar e era a principal voz do “feminejo”, uma vertente do sertanejo protagonizado pelas mulheres. Com talento, voz intensa e grave, ela sempre foi uma mulher a frente do seu tempo, que cantava as alegrias, os amores e as dores do mulheril, como traições e sofrimentos amorosos, mas não numa perspectiva frágil e submissa, sua postura era totalmente empoderada e dona da razão. A artista simplesmente quebrou paradigmas com o objetivo claro de encorajar pessoas. Abriu caminho para a total visibilidade das mulheres em um universo dominado pelos homens.

Com intensidade e carisma, a cantora e compositora mostrou que as mulheres podem e devem assumir o controle do próprio destino, ajudando a empoderar inúmeras de nós e a provar do que somos capazes. Ela ensinou através da música que a mulher deve se amar, se entender, superar, cuidar da autoestima, deixar a insegurança de lado e prezar pela liberdade, autonomia de ser quem é, encarando sem medo o preconceito e a misoginia. Trata-se de uma verdadeira revolução, com um olhar feminino e a força do feminismo.

Todo esse acontecimento triste e difícil de aceitar e compreender, me fez refletir bastante sobre a finitude da vida, sobre aquela frase tão clichê e real: “a vida é um sopro”. Realmente, a vida é breve e pensar que o momento seguinte é uma incógnita, que ele pode simplesmente não existir, tem que servir para a gente ressignificar muita coisa dentro de nós e valorizar todos os dias o que realmente importa. “Dá um sorriso aí pra mim, não fica assim, quero te ver feliz. Sei que o mundo anda pesado demais, que seja leve o que vier, fique em paz.” - By Marília Mendonça (in memorian).

@marciamacedostos

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Por um respiro

Resolvi escrever esse texto para tratar um pouco sobre esse documentário que assisti na plataforma da Globoplay. Por um respiro tocou muito forte em mim e me levou para um lugar muito dolorido, onde me coloquei no lugar das pessoas retratadas ali e me senti muito mal. A gente precisa parar para analisar o quanto é sacrificante estar na posição do internado por causa da Covid-19 e por isso chamar a responsabilidade para nós e assim nos proteger e preservar o outro.

Respira fundo! Pela frente ainda tem muito mundo. (Reprodução internet)

O documentário Por um respiro foi criado e produzido pelo documentarista Nuno Godolphim, direção geral é de Susanna Lira e roteiro de Jorge Pestana, sendo uma produção da Ocean Films. Ele mostrou histórias reais de médicos que estavam na linha de frente no combate à Pandemia e também todo sofrimento e as angústias de pessoas que foram infectadas pelo Coronavírus, que precisaram ficar internadas e em isolamento por muito tempo, além do sofrimento de seus familiares.

A série possui seis episódios e os personagens que apresenta, tanto médicos quanto pacientes, foram diretamente impactados pela Covid-19. Não sei se comoveu outras pessoas, mas foi um gatilho que mexeu muito comigo. Eu parei para pensar no quanto a tentativa desesperada de respirar, sem conseguir, pode provocar agonia e quanto mais desesperada a pessoa fica, menos ela consegue respirar. Só de pensar nisso, senti uma falta de ar momentânea.

Você já experimentou a sensação de falta o ar? Falo daquela coisa simples, quando se está gripado, por exemplo, que a nariz entope e dificulta a puxada de ar para os pulmões. É muito ruim, não é? Eu tenho muito disso, por coisas bobas, eu sinto uma leve falta de ar e geralmente, isso me provoca um desconforto real, que dura apenas segundos, mas são muito ruins. Agora pensa, no dano respiratório que essa doença provoca e no quão doloroso é passar por isso.

Foi exatamente o que aconteceu comigo, eu comecei a pensar nas vezes bobas em que fiquei sem ar e me imaginar estando na situação daqueles pacientes retratados no documentário e de milhões de outros pelo mundo afora, eu senti dor e muita tristeza com isso. Sem falar dos tubos, do quanto a intubação é invasiva. Acho difícil alguém dizer que não conhece ninguém que foi acometido pela Covid-19, ou pior, todo mundo conhece, ao menos de ouvir falar, uma pessoa que morreu por conta dessa doença maldita.

E é exatamente sobre isso, o documentário fala da gravidade dessa Pandemia e sobre a falta de empatia das pessoas, muitas vezes do poder público. Muitos não acreditam no poder letal dela, outros desdenham e debocham quando se fala em usar máscaras e não aglomerar. Enfim, é uma espécie de sirene tocando alto e forte, alertando a população, dizendo que ainda estamos em Pandemia e que, infelizmente, o pior ainda não passou. Eu entendi o recado.

A vacina tá chegando... Graças a Deus! Mas ainda não há doses suficientes para imunizar toda a população brasileira. Os danos na saúde pública, na economia, na educação, na segurança são imensuráveis e ainda existem pessoas que negam toda essa tragédia. Eu não entendo e fico muito triste, imaginando e me questionando: Até onde isso vai? Até quando vamos ter que suportar? Quantos mais, ainda iremos perder? E depois de tudo, como vamos conseguir nos refazer? Todos conseguirão vencer? Não encontro respostas, mas tenho muita de que tudo isso vai melhorar.

@marciamacedostos

terça-feira, 25 de maio de 2021

Ansiedade

Você é ansioso? Se a resposta for sim... Me diz, o quanto isso atrapalha a sua vida? Pois é, a ansiedade descontrolada complica demais o nosso dia a dia. Eu sou, muito ansiosa e o pior, é que sou daquelas que descontam tudo na comida. Sabemos que a ansiedade é aquele “defeito” que sempre respondemos que temos, quando nos pedem para citar uma falha nossa. Parece que ser ansioso, não é um problema tão prejudicial assim e acabamos banalizando algo que pode ser muito sério. Muitos consideram isso como uma espécie de “qualidade”, mas não é.

Ansiedade é a mente indo mais rápido que a vida. (Reprodução internet)

Ansiedade até certo ponto, pode ser considerada normal e só é indicativo de uma doença oculta quando as emoções são exageradas, obsessivas e afetam a vida diariamente. A angústia excessiva, intensa, persistente, a apreensão, a inquietação e o medo inexplicável em situações rotineiras, são importantes sinais. Quando a frequência cardíaca está elevada, a respiração é acelerada, há uma sensação terrível de cansaço, falta de ar, náuseas, calafrios, tremores, tonturas e uma sudorese desagradável, muito provavelmente, trata-se de um quadro de ansiedade, classificado como grave.

Graças a Deus, a minha ansiedade não chega nesse nível, mas o assunto é muito sério e preocupante. Em tempos de Pandemia, as pessoas estão ficando com a saúde mental muito abalada e desenvolvendo quadros aterrorizantes de distúrbios psíquicos como: baixa autoestima, depressão, fobias diversas, sentimento de culpa, transtorno bipolar, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), pânico, entre outros. Para atingir um importante ponto de equilíbrio no meio de todo esse caos que estamos vivendo, é necessário ficar atento aos sinais e cuidar do lado emocional e psicológico.

Os sintomas da ansiedade são parecidos com o medo e todo mundo já passou por essa sensação de que algo ruim pode acontecer. A intuição e o medo são extremamente importantes para adaptar a nossa sobrevivência ao ambiente em que vivemos e é isso que nos dá o gatilho certo para ficar e lutar por algo ou fugir de um problema maior. A ansiedade vira doença, exatamente quando qualquer tipo de reação muito intensa nos impede de nos proteger e lidar com uma situação adversa de forma eficiente, provocando sofrimento e perdas.

Se identificou? Calma! Não sinta vergonha por estar passando por isso. A ansiedade tem tratamento, pode ser controlada e o indivíduo consegue levar a vida normalmente. O principal tratamento é a psicoterapia e em alguns casos, pode ser necessário incluir medicamentos, devidamente receitados por um médico especialista. Você não nasceu ansioso, adquiriu isso no decorrer da vida, com ajuda de um terapeuta, será possível identificar e transformar alguns sistemas disfuncionais que envolvem comportamentos e pensamentos que sustentam os fenômenos ansiosos.

Você precisa se permitir e buscar qualidade de vida e saúde. Existem algumas estratégias que também podem ajudar no controle da ansiedade e te fazer viver em paz, são elas: preste atenção no momento presente e direcione seus pensamentos para sensações corporais agradáveis e específicas; tenha a respiração como uma grande aliada, ela é uma importante ferramenta para prevenir e controlar os sintomas; cuide bem do seu corpo com alimentação saudável e prática de atividade física; tenho um sono de qualidade; a meditação pode fazer milagres e não há contraindicação. Você não está sozinho!

@marciamacedostos

terça-feira, 11 de maio de 2021

Rir é um ato de resistência

Em 04 de maio de 2021, perdemos o Paulo Gustavo (42 anos) para a Covid-19. Um artista completo, que deixou sua marca registrada, com absoluto louvor, no cenário humorístico nacional. Dono de um humor rasgado e riso solto, ele derrubou muitas barreiras relacionadas ao preconceito. O humorista vai fazer muita falta, principalmente nesses momentos tão sombrios que estamos vivendo. Infelizmente, são milhares de mortos por causa desse vírus maldito, mortes que poderiam ser evitadas e o Paulo Gustavo é mais um que foi embora, sem ter chegado a sua vez de tomar a tão sonhada vacina.

É muito triste essa nossa realidade, mas durante as homenagens e exibições das obras geniais que o Paulo Gustavo deixou, uma frase dita por ele, ficou ecoando na minha mente: “Rir é um ato de resistência”. De fato, o riso tem um incrível poder de cura, além de fortalecer o sistema imunológico, ativar a energia, reduzir as consequências do estresse e dores diversas. Quando compartilhamos bom humor e sorriso, promovemos a união entre as pessoas, isso agrega e possibilita a intimidade, facilitando o estado de felicidade. Trata-se de um simples gesto que pode realizar milagres.

"O sorriso é a beleza interior se exibindo." (Reprodução internet)

O ato de sorrir é um estímulo para que as outras pessoas sorriam de volta e assim passem o gesto adiante, causando um efeito positivo. Além de criar conexões, o sorriso pode ser sinônimo de acolhimento, afeição, agradecimento, demonstração de amor, paz e simpatia. Rir auxilia o indivíduo na manutenção do equilíbrio emocional e do relaxamento, reforça a autoestima e o auto astral, além de aumentar a longevidade, estimular a musculatura do rosto, manter a elasticidade da pele e rejuvenescer. Uma boa risada exercita o cérebro e faz bem ao coração.

Sorrir oferece grandes benefícios para a vida humana, sem sombra de dúvidas, mas, porque é “resistência”? Resistir é conservar-se firme, não sucumbir, não ceder. Em tempos de ódio, com tanta maldade e coisas ruins acontecendo, tá difícil manter o equilíbrio e a positividade, além disso, com a Pandemia, ainda temos que lidar com distanciamento social, que elimina o abraço, o afeto e a confraternização. A consequência disso, é que estamos tão paralisados com toda essa desesperança e tristeza, que estamos perdendo a capacidade de sorrir, mas, seguimos resistindo.

Criar oportunidades para rir é o que podemos fazer e isso é contagiante num grau impressionante. Nessa realidade dura e perversa, ainda temos que lidar com a onda de negacionismo, que tem tornado tudo ainda mais complicado, se é que é possível. As pessoas estão tão estressadas e sisudas, que discutem e brigam por qualquer motivo, quando deveriam se unir, mesmo que distantes e sorrir mais, para dar maior leveza para a convivência na sociedade. Com os sorrisos encobertos pelas máscaras, pode se dizer que estamos órfãos da alegria genuína, tão comum à nós, brasileiros.

"O sorriso é um amor que escapole da gente." (Arquivo pessoal)

A situação não está fácil para ninguém, mas precisamos resistir, identificar e valorizar o lado bom da vida, criar um gatilho próprio para sorrir e praticar o sorriso, nem que seja só com os olhos. Sim, é possível sorrir com o olhar, ele pode expressar e transmitir os sentimentos mais profundos que existem dentro de nós, os olhos são a janela da alma, de verdade. Isso é resistência, é se reinventar, se reconstruir para seguir em frente. Eu gosto do que me faça sorrir, e para mim, a comédia é a arte cênica mais importante que existe. Rir é o melhor remédio, é muito gostoso e prazeroso. Sorria para a vida!

@marciamacedostos

terça-feira, 26 de abril de 2022

Carnaval

Depois da interrupção de pouco mais de dois anos, por causa da Pandemia de Covid-19, o carnaval voltou a animar seus adeptos pelo Brasil afora. A festa foi realizada fora de sua data oficial, mas não deixou de acontecer. A ausência da festividade impactou intensamente a economia do país e muitos profissionais perderam a sua principal fonte de renda, principalmente nos setores de eventos e turismo. A maioria das capitais brasileiras suspendeu ou adiou o carnaval de 2022, São Paulo e Rio de Janeiro remarcaram os desfiles das escolas de samba para o feriado de Tiradentes e Salvador realizou um evento privado intitulado de “carnasal” no mesmo feriado.

Pierrô, Arlequim e Colombina são figuras representativas do carnaval. (Reprodução internet)

Carnaval é um festival do Cristianismo Ocidental que acontece antes da estação litúrgica da quaresma - antecedendo a páscoa cristã, os principais festejos acontecem tradicionalmente no decorrer do mês de fevereiro e início de março, quando ocorre o período denominado historicamente de pré-quaresma. As festas carnavalescas acabam na quarta-feira de cinzas quando se inicia a quaresma e conta-se quarenta dias até a sexta-feira santa, dois dias antes do domingo de páscoa. O carnaval é adaptado conforme a história e a cultura da região em que é comemorado, com bailes de máscaras e fantasias, desfiles de blocos, escolas de samba e trios elétricos.

A comemoração do carnaval iniciou há muitos anos, especialmente no sul da Europa, entre integrantes do Catolicismo. A festa era pagã, contrariando as normas propagadas pela religião. Conforme estudos, a palavra “carnaval” é originada dos termos latinos: “carne levare” - “para retirar a carne”, “carna vale” - “adeus à carne”. A definição está relacionada com o período da quaresma, quando os católicos dispensam determinados tipos de comidas e bebidas, além de alguns prazeres considerados mundanos. Assim sendo, um dia antes da quarta-feira de cinzas, alguns católicos faziam festas e aproveitavam para comer muita carne, porque a partir do dia seguinte, não poderiam comê-la até o fim da quaresma.

A celebração do carnaval pode estar associada a alguns festejos de origem greco-romana, oferecidos ao deus do vinho - Baco, ou Dionísio para os gregos. Nessas festas, as pessoas se embriagavam e comiam muito, se entregando aos prazeres da carne. Posteriormente, os eventos carnavalescos seguiram acontecendo de maneira exagerada e a partir do século VIII quando foi criada a quaresma, a igreja católica definiu que o carnaval seria realizado antes desse ciclo, para que os excessos pudessem ser cometidos. A data do carnaval é determinada mediante o critério usado para estabelecer a data da páscoa, criado durante o Concílio de Niceia, no ano de 325 depois de Cristo.

No Brasil, o carnaval já faz parte da identidade nacional, trata-se da maior festa popular do país, além de ser o mais famoso e conhecido mundialmente. Enraizado na cultura brasileira, o carnaval é celebrado de diferentes maneiras, em todos os cantos da nação. Em Salvador - BA acontece o maior carnaval de rua do mundo, os trios elétricos conduzem os foliões, que dançam horas a fio sem cansar; no Rio de Janeiro - RJ e em São Paulo - SP, os desfiles das escolas de samba dão tom, além dos blocos de rua que incrementam a festa; Recife - PE chama atenção com seu frevo e Olinda - PE traz o maracatu e cidades do estado de Minas Gerais juntam milhares de foliões para curtir os famosos carnavais de rua. 

@marciamacedostos

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Ponto de equilíbrio

Sabe aquele momento que a gente precisa parar e desacelerar? Quando o corpo, o coração e a mente pedem calma? Pois é, todo mundo sabe bem o que é isso e cada pessoa tem uma receitinha própria para atingir um ponto de paz, equilíbrio e relaxamento. Eu amo ouvir música, ver o mar e caminhar na praia, apesar de que, quando a vida é corrida, nem sempre achamos tempo para fazer as coisas que gostamos. 

É necessário manter o equilíbrio, mesmo na adversidade. (Arquivo pessoal)

Sabe aquela frase clichê, que diz que a gente só dá valor quando perde? Pois é, esse é um ponto que preciso ressaltar e que até me envergonho um pouco. Eu amo o mar, me sinto renovada e energizada quando sento na areia da praia, dou as costas para o mundo e começo a admirar aquela imensidão maravilhosa, penso na vida, nos meus problemas, nas minhas conquistas e nos meus planos e projetos.

Vocês já fizeram isso? Fala a verdade, é maravilhoso, não é? Mas como eu disse, muitas vezes, só damos valor quando perdemos, foi o que aconteceu comigo, em época de isolamento social, necessário por causa da Pandemia da Covid-19, eu me vi morrendo de vontade de aproveitar e não posso, ou melhor, não devo. Eu e minha família estamos de fato, respeitando a quarentena, saindo somente quando necessário. Já tá chato, bater na mesma tecla o tempo todo, mas...

Sei que nem todas as pessoas podem se dar ao “luxo” de ficar de quarentena, por causa de trabalho, mas isso é bem diferente de sair para se divertir, fazer festas e aglomerar. Precisamos ter empatia, respeito e pensar no próximo, a gente pode pegar a doença e o quadro não se agravar, mas podemos transmitir para outra pessoa que não terá a mesma sorte, pode ser alguém que amamos ou alguém que nem conhecemos, enfim, o cuidado deve ser o mesmo.

Já prometi para mim mesma que quando a Pandemia passar, vou aproveitar mais a vida, a minha cidade e fazer tudo aquilo que gosto de fazer, mas que por comodismo, preguiça ou falta de tempo, não faço. Moro em Salvador – a primeira capital do Brasil, um lugar repleto de cultura e história, além das belezas naturais. Pretendo visitar muito os pontos históricos e turísticos daqui, além de viajar para aproveitar bastante a dádiva de estar viva.

Precisamos nos conhecer, entender os nossos limites e aprender a lidar com o que sentimos. Existem algumas atitudes que podemos colocar em prática, para manter o equilíbrio tanto emocional quanto físico e que pode aliviar e/ou dominar sentimentos como: angústia, ansiedade, cobrança, culpa, depressão, incerteza, medo, solidão, stress, tensão, entre outras sensações. Nessas situações, manter a é importante.

Algumas sugestões que posso dar e que estou tentando colocar em prática são: afastar-se de coisas e pessoas negativas, aprender a controlar a ansiedade, cultivar a resiliência, fazer coisas positivas por nós, fazer exercícios físicos, ficar perto de quem nos faz bem, investir no autoconhecimento, organizar uma agenda, pedir ajuda sempre que precisar, praticar o autocuidado, respeitar nossos limites, respeitar nossas vontades, se manter motivado, ter alimentação saudável, ter disciplina, valorizar o sono e as próprias conquistas. É um desafio, mas vale a pena tentar.

@marciamacedostos

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Explorando o Nordeste – SERGIPE

Sergipe é o menor estado do Brasil, fica localizado na Costa Atlântica da região Nordeste. A capital Aracaju me fascina por seu aspecto mais tranquilo que dá um gostinho de interior, mesmo sendo cidade grande. Conheci Aracaju ainda adolescente e guardo a gostosa impressão que tive pelo lugar até hoje. Dessa vez, a viagem foi mais desbravadora, exploramos lugares magníficos que me deixaram fascinada pela beleza natural que apresenta.

Os Arcos de Atalaia, símbolo de Aracaju - SE. (Arquivo pessoal)

Que o meu Nordeste é lindo, impressionante e único, não é segredo para ninguém, ele guarda tanta preciosidade que nunca dá para conhecer tudo e mesmo que você vá visitar o mesmo lugar várias vezes, sempre vai se encantar com algo novo. Tenho desejo de conhecer e aproveitar todos os estados da minha região. Pouco antes da Pandemia começar, estive no Ceará, outro cantinho maravilhoso do Nordeste que pretendo voltar em breve e mostrar tudinho por aqui.

Tem 200 anos que Sergipe se tornou independente, a data é comemorada em 08 de julho, seu nome é de origem tupi cujo significado é “rio dos siris” e faz divisa com os estados da Bahia e do Alagoas. Como estamos vivendo um momento bastante delicado por causa da Covid-19, decidimos fazer uma viagem em busca de contato exclusivo com a natureza, nada de aglomeração, sempre utilizando máscara e álcool em gel, isso depois de passar um ano inteiro dentro de casa. Precisávamos relaxar.

Nossa viagem durou quatro dias, fomos de carro pela Linha Verde (BA-099), rodovia estadual baiana que liga Lauro de Freitas - região metropolitana de Salvador às praias do Litoral Norte. Trata-se de uma estrada turística que abrange dezenove cidades que compõem a famosa Costa dos Coqueiros, a região possui lugares deslumbrantes e uma natureza estonteante. Esse percurso maravilhoso termina na divisa da Bahia com Sergipe.

Ponte Gilberto Amado sobre o Rio Piauí. (Arquivo pessoal)

Logo na chegada nos deparamos com a paisagem magnífica da Ponte Gilberto Amado que fica sobre o Rio Piauí entre os municípios de Estância - SE e Indiaroba - SE. Ela é a maior ponte fluvial do Nordeste com 1.712 metros de extensão, foi inaugurada em 29 de janeiro de 2013 e liga o litoral norte da Bahia ao litoral sul de Sergipe. Não podíamos deixar de registrar isso.

Antes de seguir para Aracaju, decidimos parar na Lagoa dos Tambaquis, localizada entre as belas Praia do Abaís e Praia do Saco. Também conhecida como Lagoa Grande ou Lagoa Cristal, possui cerca de 9 km de extensão, é a maior lagoa natural de Sergipe e fica a cerca de 55,9 km da capital. A lagoa nasceu com a água da chuva e para manter essa água limpa e livre da esquistossomose, os moradores da região resolveram habitá-la com tambaquis - peixes de água doce que apesar da carinha feia, são dóceis e tão mansos que vêm comer na nossa mão.

Lagoa dos Tambaquis. (Arquivo pessoal)

A noite da capital sergipana é agradável e tranquila, ficamos hospedados perto da Orla de Atalaia, uma região bem organizada, onde perambulei muito e me senti segura ao circular pelo local, lá tem muitos lugares gostosinhos para aproveitar uma bela comida nordestina. No segundo dia da viagem fomos curtir aquele que chamo de o melhor passeio da viagem, Cânion do Xingó, um verdadeiro tesouro escondido na magnífica imensidão do Rio São Francisco.

Essa maravilha de águas verdes e paredões de rochas alaranjadas fica entre os estados de Sergipe e Alagoas. Partindo de Aracaju de carro, nossa viagem durou cerca de 03 horas, passamos por Canindé de São Francisco - SE, atravessamos a ponte que faz divisa entre Sergipe e Alagoas, seguimos para a cidade de Olho d’Água do Casado - AL, e na Praia da Dulce embarcamos em uma lancha para conhecer as maravilhas do Velho Chico. O passeio também pode ser feito de catamarã.

Piscina natural, Cânion do Xingó - Rio São Francisco. (Arquivo pessoal)

Essa beleza natural só começou a existir no ano de 1994, depois que a Usina Hidrelétrica do Xingó foi construída. O Rio Xingó é um dos vários braços do Rio São Francisco no estado de Alagoas e com a construção da barragem do Xingó, o Velho Chico triplicou seu tamanho, reteve seu volume e inundou as áreas ao redor e um desses lugares, atualmente, é conhecido como Cânion do Xingó.

Chegamos na grande piscina natural que possui cerca de 40 metros de profundidade, onde é possível nadar, mergulhar e boiar na imensidade do Rio São Francisco. Também é possível alugar um barquinho e navegar na parte mais estreita do cânion, chamada de Gruta do Talhado ou Paraíso Talhado, é possível tocar nas pedras de tão apertadinho que é, vale muito a pena, pois o lugar é de uma beleza ímpar com um mistério solto no ar.

Gruta do Talhado, Cânion do Xingó - Rio São Francisco. (Arquivo pessoal)

Ainda nos cânions, paramos para almoçar no restaurante Castanho, que fica na maior Reserva Ecológica particular de Caatinga de Alagoas, o lugar oferece um contato espetacular com a natureza. No terceiro dia fomos de lancha conhecer a Crôa do Goré, uma pequena ilha de bancos de areia branca que surge somente quando a maré está baixa, fica localizada ao sul de Aracaju e também é acessível através de barcos ou catamarãs, o percurso dura entre 10 e 15 minutos.

Crôa do Goré. (Arquivo pessoal)

A Crôa do Goré fica no Rio Vaza-Barris, entre manguezais nativos, pequenas ilhas fluviais e vegetação preservada. O ponto de partida para esse paraíso é na Orla do Pôr do Sol, na Praia do Mosqueiro, a cerca de 30 minutos da Orla de Atalaia. No último dia fomos no Parque da Cidade (Parque José Rollemberg Leite), uma reserva de Mata Atlântica.

Teleférico, Parque da Cidade. (Arquivo pessoal)

No parque andamos de teleférico, o passeio proporciona uma visão panorâmica lá de cima e ainda permite observar diversas espécies de animais. O roteiro dura cerca de 25 minutos e ainda é possível admirar o centro de Aracaju ao longe. Conseguimos visitar um pouco da cidade como: Largo da Gente Sergipana, Passarela do Caranguejo, entre outros. É óbvio que não deu para conhecer tudo. Impossível! Mas a viagem foi maravilhosa e já estou querendo bis. Eu volto com certeza. Viajar é lavar a alma!

@marciamacedostos

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Decepção

O ano está acabando e eu me peguei esses dias num desassossego chato, refletindo sobre o tanto de decepções que tive nos últimos tempos. Foram insatisfações de todas as categorias e em alguns momentos cheguei a não me sentir bem. É fato que ninguém é feliz e realizado o tempo todo, sempre existe algo que nos perturba, que nos tira do eixo. Existem fases na vida que essas perturbações se tornam tão frequentes que corremos o risco de prejudicar nossa saúde mental e emocional. Nesses momentos precisamos cuidar de nós mesmos e nos apegarmos à .

A decepção é um sentimento de tristeza, descontentamento ou frustração pela ocorrência de fato inesperado, que representa um mal; desilusão, desapontamento. Temos a mania de planejar o futuro, idealizar nossos sonhos e arquitetar nossos projetos para que tudo aconteça da forma que queremos, só que nem sempre as coisas saem como imaginamos e aí as decepções que temos, tomam proporções maiores, como se passassem por uma lente de aumento. É necessário encontrar um equilíbrio para conseguir lidar com as situações adversas.

A desilusão é a visita da verdade. (Reprodução internet)

Quem nunca sofreu uma decepção na vida? É difícil alguém responder que não. Acredito que é impossível existir uma pessoa que nunca tenha se decepcionado em toda a sua vivência. Geralmente, as decepções vêm de onde menos esperamos, fazem parte da vida e necessitamos aprender a lidar com elas. A decepção pode ser tão séria que é capaz de desequilibrar a pessoa emocionalmente, sendo vital a ajuda de um profissional habilitado, como o psicólogo. Fazer terapia é uma ótima opção para quem quer se manter emocionalmente saudável.

Uma decepção acontece quando há uma diferença entre aquilo que esperamos e aquilo que realmente acontece, podendo envolver outras pessoas ou somente nós mesmos. Estamos no meio de uma Pandemia que insiste em não findar e ela, por si só potencializa os efeitos das decepções em nós. A decepção é semelhante à frustração e apesar da sensação ruim que provoca em nós, precisa ser experimentada para nos proporcionar aprendizado e crescimento pessoal. O ideal é aprender a administrar e lidar com as situações angustiantes.

De acordo com os especialistas, temos que fazer da decepção um fator motivador de alguma atitude que nos permita crescer, evoluir e seguir na direção dos nossos objetivos, questionar e enfrentar a realidade como ela é. Isso é importante para estarmos preparados para lidar com as emoções mais dolorosas que provavelmente irão surgir no decorrer da vida. Assim conseguiremos obter força interior e desenvolver as habilidades necessárias para o enfrentamento das emoções e dos sentimentos originários da decepção.

Entenda que, ter pequenas frustrações faz parte da vida, é importante para o processo de construção de uma estrutura emocional saudável. Se um adulto tem dificuldade para lidar com a decepção, pode ser que ele não tenha desenvolvido a capacidade necessária para isso na infância ou na adolescência e uma psicoterapia pode ajudar a encontrar os gatilhos para encarar as decepções de maneira mais fácil. Sentimentos negativos e prejudiciais como ingratidão, desilusão e injustiça nos causam dor, mas, às vezes são inevitáveis.

É preciso aceitar a realidade por mais difícil que isso possa parecer e para superar uma decepção não devemos subestimar o tamanho do problema, nem esconder o que estamos sentindo, o ato de externar, gera alívio e produz o restabelecimento do equilíbrio emocional. Não podemos deixar a mágoa e a raiva nos consumir, é indispensável alimentar bons sentimentos como bondade, gentileza, gratidão, segurança, respeito e empatia.

Acumular rancor e ressentimento só provoca doenças, o ideal é identificar a raiz do problema para buscar a melhor solução. Atacar ou agredir quem nos decepcionou só causa mais sofrimento e quando a tristeza invadir o coração, mentalizar coisas boas auxilia bastante. Não devemos permitir que nossa energia interior diminua na iminência de nos conduzir à resignação e à inércia. No mais, buscar e praticar atividades positivas são fundamentais para resgatar a autoestima ferida.

@marciamacedostos

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Esperança de um ano melhor

E enfim, o ano de 2020 está dando os seus últimos suspiros. Para mim, parece que esse ano durou, mais ou menos uma década. De verdade, as experiências e os desafios que enfrentamos neste ano, de longe, superou todas as expectativas, sejam elas quais fossem. A gente sempre faz uma reflexão, nos últimos minutos do segundo tempo e dessa vez, haja retrospectiva para fazer, hein?

Jamais haverá ano novo se a gente persistir nos erros dos anos velhos. (Reprodução internet)

GRATIDÃO é a palavra que eu defino o meu 2020. Foi um ano bem complicado, mas quando eu olho em volta, quando vejo os noticiários, quando paro para pensar e refletir, só consigo ser grata, porque apesar de todas as dificuldades, chegamos até aqui, vivos e com saúde, eu e a minha família. Fico feliz por isso, mas por outro lado, sinto um gosto tão amargo, só por saber que inúmeras pessoas não tiveram essa dádiva. Muitas pessoas tiveram depressão, síndrome do pânico, transtorno de ansiedade... Uma tristeza só!

Para mim, 2020 foi surpreendente e assustador. Enfrentei desafios profissionais que não imaginava e logo depois fiz uma viagem maravilhosa para o Ceará. A Covid-19 chegou sorrateiramente ao Brasil e fez o país parar. O mundo parou, literalmente. Perdemos a Liz e nós acreditamos tanto na cura dela. Meu filho precisou parar com o futebol e teve que deixar de ir para escola, acho que ninguém pensou que chegaríamos ao final do ano letivo, sem aulas presenciais.

Foram tantas notícias tristes, relacionadas ao Coronavírus e claro que as milhares de mortes é sem dúvidas, a pior parte desse filme de terror, que parece nunca ter fim. Além dessa crise sanitária e humanitária e da crise econômica, uma coisa que me marcou profundamente e me deixou muito angustiada, foi ver menino fora da escola. Como mãe, isso me incomodou bastante, pois nem nos meu piores pesadelos, imaginei uma coisa dessas.

Aulas suspensas; aprendizado prejudicado; crianças, adolescentes e jovens tendo que se reinventar para conseguir dar continuidade aos estudos e buscar o conhecimento. Os professores tiveram que se adaptar à uma realidade totalmente diferente, para entregar o conteúdo, muitos deles sem ter a mínima noção de como fazer. Gente! Foi enlouquecedor, ter que colocar menino para assistir as aulas remotas. Sem falar nos profissionais da saúde, que se tornaram verdadeiros heróis.

E no meio de todo o caos, esse ano também me deu um grande presente, o nascimento de mais um sobrinho. Para mim, a chegada dele foi um suspiro, ele me transmite calma e paz. Eu posso estar agoniada, triste, nervosa e/ou angustiada, por N motivos, que é só olhar para ele, cheirar, abraçar e beijar que tudo desaparece, como num passe de mágica. Sem dúvidas, é o meu melhor ponto de equilíbrio e serenidade. As crianças têm esse poder.

Não devemos maldizer esse ano, ele foi desafiador para todos nós, para algumas pessoas mais que outras, mas se chegamos até aqui, não podemos condenar 2020, superamos esse grande desafio, somos vencedores. É importante manter viva a esperança, apesar de tudo, e esse é um exercício diário, precisamos praticar. Não podemos perder a FÉ. A minha confiança está em Deus, Ele cuida de nós.

Estou redigindo esse texto hoje, com o coração muito triste, pois enterramos um grande amigo da família, bem no apagar das luzes de 2020, mais uma vítima dessa doença maldita. CUIDADO é a palavra de ordem, a Pandemia ainda não acabou e infelizmente, muita gente só sente a dor, quando a doença chega perto da família ou dos amigos e mata. É preciso ter responsabilidade por nós, pelos nossos e pelos outros.

Que o nosso 2021 seja leve e suave, que ele chegue trazendo muita SAÚDE para a humanidade, não só a saúde física, mas a saúde mental e psicológica também. Que possamos nos curar da fome, da miséria, do preconceito, do racismo, da homofobia, da corrupção, de todos os tipos de violência, da falta de empatia e respeito que estão assolando a raça humana. Não podemos perder a ESPERANÇA. Feliz Ano Novo!!!

@marciamacedostos

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Ser titia

Confesso que ando inundada e tomada por um amor inexplicável, profundo e de uma força surreal. Me tornei titia pela segunda vez. Em 30 de julho de 2020, nasceu o Gustavo, é isso mesmo, no meio de toda essa loucura que a Pandemia do novo Coronavírus está provocando, tive esse potente e sublime sentimento de esperança.

"O que se faz agora com as crianças é o que elas farão depois com a sociedade." (Arquivo pessoal)

Uma nova vida é capaz de transformar qualquer coisa e dar um novo sentido para a nossa vida tão cheia de dissabores. Já sou tia do Bryan, que nasceu em 31 de janeiro de 2018, ou seja, “meu mundo é blue”, sou rodeadas de meninos. A emoção que senti, primeiro com a notícia de que seria titia e depois com a chegada do Bryan, meu primeiro sobrinho, foi imensurável.

Tenho dois irmãos e eu sou a mais velha dos três, por muito tempo nutri uma imensa vontade de ser tia, mas meus irmãos não pareciam muito interessados nessa ideia. Sou mãe de um garoto de 14 anos e a maternidade tem me trazido diversas experiências, conto essa história em outra ocasião. Talvez, por causa disso eu desejasse tanto ter sobrinhos, acredito que ser tia é uma espécie de extensão do porto seguro encabeçado pelos pais.

O fato é que, muitos sobrinhos emprestados já passaram pela minha vida, mas aqueles de sangue fazem total diferença. O Bryan é filho de meu irmão Emerson e o Gustavo é filho de minha irmã Marta, ambos tornam a minha vida mais leve e alegre, é bom ver a inocência das crianças, ter esperança de um futuro melhor e poder acompanhar o desenvolvimento e as descobertas deles, me traz um sentimento de amor infinito.

"Guie uma criança pelo caminho que ela deve seguir e guie-se por ela de vez em quando." (Arquivo pessoal)

Um sobrinho é o melhor presente que um irmão pode nos dar e acaba nos transformando em uma espécie de heroína, pois me sinto capaz de sentir e transmitir muito amor e cumplicidade. Dizem que, entre tios e sobrinhos se estabelece conexão e sintonia muito especiais. O amor se soma à responsabilidade de ajudar aos pais na educação e orientação de um novo ser.

Depois da maternidade, meus sobrinhos transformaram a minha vida, deram mais sentido para ela, eles não são meus filhos, mas são uma parte de mim. O vínculo que existe é tão forte que posso afirmar, o amor que sinto por eles é um sentimento bem próximo do amor que sinto pelo meu filho. A diferença é que ser mãe traz um peso de responsabilidade e ser tia deixa a gente mais leve e boba, exatamente como me sinto.

Somente os tios podem abraçar os sobrinhos como pais, guardar segredos como irmãos e compartilhar alegrias como amigos, é um amor incondicional que ultrapassa fronteiras. Um bom tio, se transforma em uma doce e maravilhosa referência, ele será sempre um porto seguro na hora das lágrimas e um instrutor fiel para a vida. Essa boa relação gera multiplicidade de emoções e sentimentos.

Desejo ser para meus sobrinhos, uma mentora, poder ajudá-los a ter outros pontos de vista perante situações diferentes e ser alguém com quem eles poderão contar e compartilhar as brincadeiras, as inquietudes, os pensamentos e os sentimentos, tudo com total liberdade. Quero ser para eles, um modelo de cumplicidade, confidencialidade e de proximidade.

Estarei sempre disposta a aconselhá-los e orientá-los nos momentos complicados de suas vidas. O que recebo em troca? Bryan e Gustavo, ainda tão pequenos, me dão a possibilidade de me inspirar neles e me provocam grandes motivações. Agradeço a Deus pelas bênçãos maravilhosas, que são os meus sobrinhos e prometo ser a melhor tia desse mundo para eles.

@marciamacedostos

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Angústia

Você aí, sabe identificar quando está se sentindo angustiado? Sabe aquela sensação ruim, que te deixa psicologicamente abalado? Trata-se de uma sensação de sufocamento, que deixa evidente a nossa insegurança, toda dor, ressentimento e falta de humor. Pois é, isso é angústia. Quando ela se apresenta em níveis mais elevados, pode até ser considerada uma doença, capaz de provocar sérios problemas.

Quando a angústia é grande, até respirar fica insuportável. (Reprodução internet)

A angústia pode se apresentar como uma emoção que antecede um momento, um fato ou uma situação. Também pode se desencadear por meio de traumas que afligem a individualidade e a personalidade de um indivíduo, podendo provocar até ansiedade e paranoia. Essa inquietação atribui importância significativa para perigos reais e imaginários.

Eis aí as definições técnicas para tal sentimento, mas o fato é que diariamente passamos por situações angustiantes, que realmente podem nos deixar sufocados e a sensação de mal-estar é real e oficial. Comigo, isso tem acontecido com uma certa frequência, principalmente durante a Pandemia, quando estou ficando mais tempo em casa, com um filho adolescente fora da escola e sem a prática de suas atividades habituais.

São tantas preocupações, como crise econômica e sanitária, violência, problemas com a educação, tragédias ambientais, falta de respeito e empatia por parte de algumas “muitas” pessoas... Nossa! É muita coisa ruim acontecendo e isso me deixa angustiada, quando fico pensando tanto e focando nos problemas. Nestes momentos precisamos cuidar do lado emocional.

É importante ter e potencializar as coisas boas da vida. O fato de você estar vivo, com saúde, sua família está bem, tem um teto para se abrigar, comida na mesa, já são motivos suficientes para agradecer a Deus e correr atrás da realização dos seus sonhos, daqueles desejos que ainda, você não conseguiu concretizar. Mas, a dificuldade em superar uma angústia é real e precisa de atenção.

Pensa comigo!?! A gente acorda, abre os olhos e vê o brilho do sol entrando pela janela, mesmo que a chuva esteja caindo, sabemos que o astro rei está lá todinho para nos iluminar e sem cobrar nada em troca. Poder puxar o ar e constatar que estamos respirando, ou seja, há vida em nós, isso por si só, é uma dádiva. Então, só agradece e vai em frente. Esse é o lema.

Ei! Você pode até não estar com todos esses itens que citei, ou outros tantos, verificados, pode estar desempregado, enfrentando problemas de saúde e/ou familiares, foi traído, enfim, são tantas questões possíveis, as angústias da vida não são fáceis de encarar. Mas, o que eu posso dizer é: não perca a esperança de que o sol nasce para todos e de que dias melhores virão.

Engana-se, quem pensa que estou falando isso para “me amostrar” (como se diz aqui na Bahia) ou que a minha vida é um mar de rosas. Pense nuns perrengues bem complicados, uns abacaxis bem espinhosos, pois é, enfrento muitos deles e com frequência. Algumas pessoas podem até achar que é hipocrisia minha, pois eu sou bem transparente e quando estou com um problema, todos percebem facilmente e olha que as vezes, isso me prejudica bastante.

Mas, essas lições que citei acima, são exatamente, os exercícios diários que sigo tentando colocar em prática, não é fácil, mas a gente chega lá. Uma outra questão importante, é a gente buscar melhorar como ser humano. Sempre há algo em nós que precisa de aperfeiçoamento e evolução, só precisamos descobrir e desconstruir, para encontrar uma nova versão, a melhor versão de nós mesmos. Tenha fé, é importante e acredite que é possível. Eu sigo no processo.

@marciamacedostos

terça-feira, 1 de junho de 2021

Os desalentados

No Brasil, o índice geral de desemprego segue batendo recordes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o número atingiu cerca de 14,7% da população e entre os jovens de 18 a 24 anos, esse resultado chega próximo do dobro, cerca de 29,8%. Desalentado é o adjetivo dado à quem se mostra desanimado, desencorajado, sem ânimo e sem vontade de agir, trata-se de um desesperançado. Pesquisas apontam que cresceu o número de pessoas desalentadas no país, aqueles indivíduos que desistiram de procurar emprego, pois não acreditam que irão encontrar.

Que não te consuma, aquilo que não te soma. A pior derrota é o desalento. (Reprodução internet)

Entre as justificativas apresentadas para a desistência de procurar emprego e se tornar um desalentado, estão: não conseguiu trabalho por ser considerado muito jovem ou muito idoso; não conseguiu um trabalho adequado; não havia trabalho na localidade de residência; não tinha experiência profissional ou qualificação adequada; e o argumento atual que retrata os impactos negativos que a Pandemia causou na economia nacional. Atualmente, são cerca de 6,0 milhões de desalentados no país, que são aquelas pessoas que deixaram de procurar emprego, outro recorde de acordo com o IBGE.

Conforme dados do IBGE, somando os números de desalentados e de desempregados, ou seja, aqueles que estão procurando emprego e os que desistiram, o total fica em torno de 20,3 milhões de brasileiros. Por causa da Pandemia da Covid-19, são cerca de 39,6% da população brasileira inserida na informalidade. Trata-se de um exército de desempregados, informais, subocupados e desalentados. Segundo o órgão federal, no primeiro trimestre de 2021, a média de desempregados ou desocupados ficou em torno de 14,8 milhões de brasileiros.

O fato é que a situação está complicada demais, temos uma crise sanitária que persiste e a crise econômica que atinge índices cada vez mais absurdos. Um importante aspecto que causa essa grande contingência de desalentados no Brasil, é o período longo de recessão que enfraquece a economia, gerando escassez de emprego e uma inércia no mercado econômico, que por sua vez, adquire uma dificuldade de reação, formando um círculo vicioso, que resulta na insuficiência da oferta de emprego formal. A falta de preparo do mercado para absorver a grande demanda de desempregados só agrava a situação.

Ficar desempregado atinge diretamente a nossa saúde mental. O excesso de preocupação atrapalha muito a nossa vida e nos deixa angustiados, ansiosos, culpados e com baixa autoestima. É difícil encontrar um ponto de equilíbrio que nos permita ter a sabedoria para agir de forma inteligente, mantendo o controle da situação, mesmo que adversa. Um caminho de possibilidades é investir no empreendedorismo, boa parte das empresas, surgem da necessidade de produção para garantir o sustento familiar.

Outras sugestões importantes são: nunca deixe de estudar, por mais difícil que esteja o mercado de trabalho; mantenha o currículo bem elaborado, com dados e informações atualizados, evitando endereços de e-mail e redes sociais com palavras inadequadas; procure investir constantemente no aprendizado para desenvolver competências profissionais; cultive uma boa rede de relacionamentos, o networking é extremamente útil para qualquer profissional; seja proativo, isso é visto com bons olhos pelo empregador; e por fim, cuide da saúde física, mental e espiritual. Jamais perca a esperança. Vá a luta!

@marciamacedostos

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Solidariedade

Solidariedade é o compromisso pelo qual as pessoas se obrigam umas às outras e cada uma delas a todas. Trata-se de caráter, condição ou estado de solidário. Solidariedade e generosidade são comportamentos de grande importância no combate às variadas consequências provocadas pela Pandemia da Covid-19, entre elas o crescimento desenfreado da desigualdade social. Fazer o bem sem olhar a quem, além de importante, se tornou essencial para amenizar os efeitos causados pela maior crise sanitária e econômica da história do Brasil.

A solidariedade é um combustível para mudar o mundo. (Reprodução internet)

A palavra “solidariedade” tem origem no francês “solidarité” que também pode remeter para uma responsabilidade recíproca. A solidariedade pode transformar vidas, é um dos valores fundamentais e universais do século XXI e a Organização das Nações Unidas (ONU), através de Assembleia Geral, decretou que 20 de dezembro é o Dia Internacional da Solidariedade Humana, data celebrada desde o ano de 2005. O objetivo principal dessa oficialização é reunir povos e nações em um mesmo propósito, que é promover a paz, os direitos humanos e o desenvolvimento socioeconômico.

Ser solidário é um abraço no outro, um ato de bondade e compreensão com o próximo. Essa é uma emoção que surge através da união de interesses e objetivos entre os integrantes de uma comunidade, estabelecendo: cooperação mútua entre pessoas; identidade entre seres; interdependência de ideias, doutrinas e sentimentos. A solidariedade vai além do auxílio palpável e presencial, ela acontece também através de cuidados com a saúde mental e emocional, com intuito de ajudar a controlar a ansiedade e o medo com relação às dificuldades atuais e futuras.

Respeito e estima pelo outro são princípios fundamentais e inegociáveis. Todo cidadão precisa aprender o valor da solidariedade e colocar em prática cotidianamente e constantemente, com sentimentos nobres e potentes que podem ampliar os níveis de igualdade, resistência e união dos indivíduos. A solidariedade vai além da caridade, compreende “abraçar” causas significativas e se tornar parte delas, desde as pequenas atitudes que podem ser realizadas no dia a dia e gradativamente mais. O ato de ser solidário precisa ser genuíno e obstinado.

A solidariedade começa com o olhar para o outro, significa perceber o que acontece em volta, é um pensar solidário e não solitário, cuja dimensão moral é abrangente, nos vinculando ao real sentido da vida. É uma atitude que pode ser demonstrada também com palavras, se doar, palavras de conforto possui poder curativo, ouvir com atenção e carinho pode ser vital para alguém. Atos de solidariedade fazem muito bem, tanto para quem se doa quanto para quem recebe, seus benefícios podem ser sentidos na alma, na mente e em todo o corpo.

Solidariedade não é só ajudar o próximo a atingir algum objetivo, é muito mais que isso, é informar, orientar, dividir o conhecimento. Ser solidário é ter interesse pela vida do próximo e a solidariedade é um sentimento de identificação com relação ao sofrimento dos outros. Não há outro canal para a solidariedade humanitária a não ser a busca e o respeito da dignidade individual. Ela é o sentimento que melhor representa o respeito pela dignidade humana. Para alcançar um mundo melhor é necessário ter empatia – capacidade de se colocar no lugar do outro.

@marciamacedostos

Velha não, experiente!

Muito tempo sem postar por aqui e nesse período muita coisa aconteceu, algumas boas outras ruins, nada fora do normal, são apenas as conseq...