Confesso que ando inundada e tomada por um amor inexplicável, profundo e de uma força surreal. Me tornei titia pela segunda vez. Em 30 de julho de 2020, nasceu o Gustavo, é isso mesmo, no meio de toda essa loucura que a Pandemia do novo Coronavírus está provocando, tive esse potente e sublime sentimento de esperança.
Uma
nova vida é capaz de transformar qualquer coisa e dar um novo sentido para a
nossa vida tão cheia de dissabores. Já sou tia do Bryan, que nasceu em 31 de
janeiro de 2018, ou seja, “meu mundo é blue”, sou rodeadas de meninos. A emoção
que senti, primeiro com a notícia de que seria titia e depois com a chegada do
Bryan, meu primeiro sobrinho, foi imensurável.
Tenho dois irmãos e eu sou a mais velha dos três, por muito tempo nutri uma imensa vontade de ser tia, mas meus irmãos não pareciam muito interessados nessa ideia. Sou mãe de um garoto de 14 anos e a maternidade tem me trazido diversas experiências, conto essa história em outra ocasião. Talvez, por causa disso eu desejasse tanto ter sobrinhos, acredito que ser tia é uma espécie de extensão do porto seguro encabeçado pelos pais.
O fato é que, muitos sobrinhos emprestados já passaram pela minha vida, mas aqueles de sangue fazem total diferença. O Bryan é filho de meu irmão Emerson e o Gustavo é filho de minha irmã Marta, ambos tornam a minha vida mais leve e alegre, é bom ver a inocência das crianças, ter esperança de um futuro melhor e poder acompanhar o desenvolvimento e as descobertas deles, me traz um sentimento de amor infinito.
Um
sobrinho é o melhor presente que um irmão pode nos dar e acaba nos
transformando em uma espécie de heroína, pois me sinto capaz de sentir e
transmitir muito amor e cumplicidade. Dizem que, entre tios e sobrinhos se
estabelece conexão e sintonia muito especiais. O amor se soma à
responsabilidade de ajudar aos pais na educação e orientação de um novo ser.
Depois
da maternidade, meus sobrinhos transformaram a minha vida, deram mais sentido
para ela, eles não são meus filhos, mas são uma parte de mim. O vínculo que
existe é tão forte que posso afirmar, o amor que sinto por eles é um sentimento
bem próximo do amor que sinto pelo meu filho. A diferença é que ser mãe traz um
peso de responsabilidade e ser tia deixa a gente mais leve e boba, exatamente
como me sinto.
Somente
os tios podem abraçar os sobrinhos como pais, guardar segredos como irmãos e
compartilhar alegrias como amigos, é um amor incondicional que ultrapassa
fronteiras. Um bom tio, se transforma em uma doce e maravilhosa referência, ele
será sempre um porto seguro na hora das lágrimas e um instrutor fiel para a
vida. Essa boa relação gera multiplicidade de emoções e sentimentos.
Desejo
ser para meus sobrinhos, uma mentora, poder ajudá-los a ter outros pontos de
vista perante situações diferentes e ser alguém com quem eles poderão contar e compartilhar
as brincadeiras, as inquietudes, os pensamentos e os sentimentos, tudo com
total liberdade. Quero ser para eles, um modelo de cumplicidade,
confidencialidade e de proximidade.
Estarei sempre disposta a aconselhá-los e orientá-los nos momentos complicados de suas vidas. O que recebo em troca? Bryan e Gustavo, ainda tão pequenos, me dão a possibilidade de me inspirar neles e me provocam grandes motivações. Agradeço a Deus pelas bênçãos maravilhosas, que são os meus sobrinhos e prometo ser a melhor tia desse mundo para eles.