A páscoa cristã tem origem judaica e sua celebração no mundo ocidental teve influências de elementos da cultura pagã e dos povos germânicos. Trata-se de uma das festas mais tradicionais do calendário cristão e suas origens são baseadas na tradição judaica. A comemoração da páscoa não possui uma data fixa e a sua definição cristã revive a crucificação de Jesus Cristo na Cruz do Calvário e a sua ressurreição no terceiro dia, mas que antes disso sofreu muito, pois foi maltratado, humilhado e torturado. A palavra “páscoa” em português é originada do termo em hebraico “pessach”.
A
páscoa judaica é baseada na pessach, que significa “passagem” em hebraico. É
uma celebração de costume judaico que recorda a libertação do povo hebreu da escravidão
no Egito. Os hebreus comemoravam a páscoa em um período próximo do início da
primavera. De acordo com a tradição judaica essa é uma festividade em
referência à libertação da escravidão nas terras egípcias, uma ordem dada por
Deus a Moisés, que anunciou ao povo hebraico. Apesar de o Cristianismo ter
surgido do Judaísmo, para os cristãos, a páscoa possui um sentido diferente,
pois recorda os três dias da morte até a ressurreição de Jesus.
Para
aqueles de fé cristã, a ressurreição de Jesus Cristo é um de seus principais
fundamentos, o que coloca a solenidade da páscoa com significativa importância no
calendário religioso. Jesus Cristo que é considerado o Cordeiro de Deus, se
entregou em sacrifício, com objetivo de salvar a humanidade do pecado e por
isso foi crucificado e morto, mas após três dias ressuscitou. De acordo com
pesquisadores, a crucificação e a ressurreição de Jesus Cristo aconteceram
justamente no período de realização da festividade judaica, criando assim um
paralelo entre as duas celebrações.
No Catolicismo, a páscoa encerra a Quaresma - um ciclo de quarenta dias marcado
por jejuns. Na última semana da Quaresma, também conhecida como Semana Santa,
que começa no Domingo de Ramos - simboliza a entrada de Jesus em Jerusalém;
passa pela Sexta-feira da Paixão - faz alusão à morte de Jesus na cruz; e é
concluída no Domingo de Páscoa - celebra a ressurreição de Jesus. A igreja
constituiu a data da páscoa no decorrer do Concílio de Niceia (325 d. C.), foi
definido que a primeira lua cheia depois do equinócio de primavera seria a data
para começar o festejo da páscoa. No hemisfério sul essa comemoração acontece
no outono.
No
hemisfério norte, a páscoa se associa às tradições pagãs e alguns historiadores
relacionam a mesma com o culto à deusa germânica Eostern, também conhecida como
Ostara. As festividades para essa deusa que ocorriam entre os povos germânicos
e os povos celtas eram realizadas no mesmo período da festa cristã. Com esses
povos cristianizados, a tradicional festa pagã se uniu com a celebração cristã.
Os símbolos da páscoa: o coelho e os ovos, também são considerados elementos
pagãos. Na antiguidade, os povos consideravam os coelhos e os ovos como
símbolos da fertilidade.
Conforme os povos antigos iam sendo cristianizados, esses elementos simbólicos foram sendo absorvidos pela festa cristã. Segundo estudiosos, a tradicional brincadeira de enfeitar os ovos e escondê-los chegou ao continente americano no século XVIII, através dos imigrantes alemães. Para além de todas essas definições, a páscoa deve ser um momento de união com Deus, é quando devemos pedir perdão pelos pecados e refletir sobre a vida. O verdadeiro significado da páscoa está no renascimento de Jesus Cristo, que detêm o poder da renovação e a capacidade de restauração de todos os corações.