terça-feira, 22 de março de 2022

Autocuidado

Autocuidado é o conjunto de ações diárias que cada pessoa pode fazer para cuidar de si e promover uma melhor qualidade de vida para si mesmo. É importante que a forma de exercer o autocuidado esteja em conformidade com os desejos, interesses, objetivos e prazeres de cada pessoa, que deve encontrar maneiras particulares de se cuidar. O autocuidado está diretamente relacionado com o bem-estar e por consequência, com a saúde. Para isso, é fundamental entender quais são as nossas necessidades e desejos. Quando criamos hábitos em prol de nosso próprio cuidado, contribuímos com a melhora da nossa saúde mental, física, espiritual e psíquica.

Autocuidado é respeitar os seus limites. (Reprodução internet)

Muitas vezes nós estamos tão preocupados com o outro, seja ele um parente ou um amigo, que acabamos nos colocando à disposição para ouvir e ajudar naquilo que precisam e com isso, geralmente nos esquecemos de cuidar da pessoa mais importante de nossas vidas, nós mesmos. O autocuidado não é uma atitude egoísta, é o ato de cuidar de si mesmo, focando no bem-estar e isso em nada se refere ao egoísmo, os conceitos são diferentes. Egoísmo é a atitude ou o hábito de colocar os próprios interesses e opiniões em primeiro plano, isso em detrimento do bem-estar das pessoas com as quais está se relacionando.

Quando nós praticamos e priorizamos o autocuidado, somos capazes de compreender melhor quem somos, o que queremos e o que podemos fazer para melhorar aquilo que é necessário para a nossa vida. Praticando o autocuidado podemos: aumentar a criatividade e a produtividade, controlar a ansiedade, desenvolver o autoconhecimento e melhorar a autoestima e a autoconfiança, além disso, se auto cuidar ajuda a conhecer melhor o próprio corpo e todos os sinais que ele nos dá, mostrando principalmente, quando algo não está bem. Com isso, fica mais fácil estabelecer práticas e regras para assumir o controle da vida.

Fazer algo sem motivação, apenas por obrigação, que suga a nossa energia, significa que não estamos praticando o autocuidado e assim nos maltratamos cada vez mais. É mais fácil justificar que estamos muito ocupados do que aceitar que precisamos parar e pensar com carinho em nós mesmos. Não tem como preservar a autoestima sem praticar o autocuidado, um está entrelaçado ao outro. A autoestima é essencial para que confiemos nas nossas decisões, é a partir dela que conseguimos avaliar o que fazemos de nós mesmos e para constituí-la é indispensável desenvolver o autoconhecimento. Isso nos proporciona melhor qualidade de vida.

Os tipos de autocuidado são: emocional, espiritual, físico e social. Emocional - precisamos estar conectados com as nossas emoções e buscar o autoconhecimento, temos que desenvolver a gratidão e elevar nosso bem-estar; Espiritual - é importante porque é por esse meio que conseguimos nos conectar com sentimentos de paz, amor próprio e propósito de vida; Físico - está relacionado ao cuidado com o corpo, é importante cuidar da alimentação, do sono e fazer atividade física, isso protege até a nossa saúde mental; Social - é muito importante se conectar com outras pessoas e construir bons relacionamentos, pois é através da interação social e convivência que promovemos impactos significativos nas nossas vidas.

@marciamacedostos

terça-feira, 15 de março de 2022

Positividade

Positividade é a qualidade ou o estado do que é positivo, Trata-se de uma virtude daquilo que é positivo, uma personalidade positiva, otimismo. Não é fácil manter a confiança e a fé todos os dias, diante de tantas adversidades que enfrentamos atualmente, além dos nossos problemas pessoais. Se você não se sente incomodado, pelo menos um pouquinho, com o que vem acontecendo em nosso país e no mundo... Desculpe! Mas você tem um problema sério de consciência e precisa rever seus conceitos. Alcançar a positividade no dia a dia parece inacessível, mas é possível. Só é necessário praticar e essa felicidade não é encontrada sozinha.

É fundamental buscar essa esperança através de atitudes que proporcionam a saúde mental e o bem-estar pessoal e coletivo. Dessa forma, nem as dificuldades mais complicadas podem conseguir prejudicar a nossa paz interior. Existem algumas instruções que podem ajudar a nos tornarmos pessoas mais positivas. As consequências podem demorar, mas a persistência ajuda a atingir o objetivo desejado. É preciso fazer com que algumas atitudes se tornem hábitos na busca para se tornar uma pessoa otimista. Otimismo é a disposição para encarar as coisas pelo lado positivo e esperar por um desfecho favorável, mesmo em situações difíceis.

Você é o que escolhe ser. Viver é muito mais que existir. (Reprodução internet)

Seja grato - Praticar a gratidão é um ótimo exercício. Enumere as coisas pelas quais você é grato, isso pode melhorar o seu senso de humor e te fazer enxergar a vida e os problemas com outros olhos. Com isso, as coisas ruins se transformam em coisas boas, ou então, deixam de exercer domínio sobre você. Relembre seus objetivos - Nossa motivação costuma oscilar à medida que o tempo passa. Se você acorda bem, tem mais força de vontade para buscar seus objetivos e encarar todos os obstáculos. Se acorda mal, tudo o que deseja é acabar logo com o dia para eliminar todo o mal-estar e também os motivos dele.

Faça elogios aos outros e a si mesmo - Quando você faz um elogio a alguém, também pode se sentir bem. O prazer que você causa ao outro se reflete em você e consolida laços mais profundos com as pessoas. Os elogios revertidos para si mesmo possuem a mesma capacidade de propagar positividade. Se nos tratarmos com amor, raramente seremos atingidos por emoções tóxicas. Não exija muito de você - A vida é curta, passa rápido e possui vários inconvenientes naturais, provocados por fatores incontroláveis, que muitas vezes vão te colocar para baixo e te fazer repensar a sua existência. Não se pressione para atingir a perfeição, isso não existe.

Cuide da sua saúde física - Assim como a saúde mental, a física também precisa de atenção. Se o corpo funciona bem, tudo é possível acontecer e vai ficar tudo bem. Saia de casa - Quebrar a rotina ocasionalmente pode te ajudar a afugentar o mau humor e aumentar a produtividade. Se distrair dos problemas e abraçar as novidades fazem a mente se renovar e energizar. Faça meditação - Meditar propicia uma diversidade de benefícios, assim você aumenta a concentração, diminui o estresse e acalma os nervos. A ansiedade reduz a felicidade cotidiana e a meditação pode clarear a mente dos devaneios inúteis.

Anote seus pensamentos - Se você sofre com pensamentos negativos e sente dificuldade para meditar, pode usar a técnica de anotar o que pensa. Faça duas listas: uma com os pensamentos negativos reais e outra com os pensamentos positivos. Se a negativa ficar maior que a positiva, você pensa mais coisas ruins do que boas e consequentemente aumenta o estresse. Faça uma terceira lista com pensamentos que podem combater os ruins e complementar os bons. Sempre consulte suas anotações e perceba que seus pensamentos influenciam suas emoções. Assim será possível ter autocontrole e preservar a autoestima.

Não se apegue aos problemas - Todos eles, sem exceção, são passageiros. Uns são mais dolorosos que outros e a intensidade deles podem nos fazer remoer. É preciso ter paciência e deixar o tempo agir. Se apegar aos problemas só vai te maltratar, seja proativo. Outras dicas são: tente fazer um trabalho voluntário, ajudar ao próximo pode te auxiliar na resolução dos seus problemas; a internet é incrível, você pode usá-la a seu favor; faça terapia, ela é capaz de trazer mais positividade para sua vida, acalma as preocupações e alivia as dores emocionais. A terapia te ajuda a manter a saúde mental diariamente.

@marciamacedostos

terça-feira, 8 de março de 2022

Saudade

Você tem saudade do quê? De pessoas queridas que partiram, seja porque faleceram ou que simplesmente foram embora?... Eu também, muita. De algo importante? De momentos especiais? Essa pergunta provoca uma série de sensações, às vezes, difíceis de contextualizar. Exemplo: Eu tenho saudade da minha adolescência e juventude. Mas não é saudade daquilo que de fato vivi naquele período e sim, daquilo que poderia ter vivido se a maturidade tivesse sido suficiente. É doido isso, e cruel também. Cobrar maturidade de uma menina que está descobrindo a vida, já que só se atinge esse senso a partir das experiências vividas. Não faz sentido, é contraditório.

A saudade é o que faz as coisas pararem no tempo. (Reprodução internet)

O termo “saudade” só existe em português e é uma das palavras da língua portuguesa mais presentes nas poesias de afeto e nas músicas populares, pois descreve exatamente, a mistura dos sentimentos de amor, distância, falta e perda. É um substantivo feminino e trata-se de um sentimento nostálgico e melancólico provocado pela distância ou ausência de uma pessoa, uma coisa, um lugar, ou é motivado pela vontade de reviver experiências, situações e momentos prazerosos já vividos. O fato é que, sentir saudade vai mais além do que lembrar e recordar, na verdade, sentir saudade é experimentar um dos sentimentos mais dolorosos que existem.

Sentir saudade é muito mais do que recordar os bons momentos que vivemos com outra pessoa. Mesmo que ela não esteja mais presente em nossas vidas, ocasionalmente, as recordações irão nos devastar, com certa frequência. Vivenciar a saudade consiste no vazio que é gerado em nós quando alguém querido se vai. A saudade dói e essa dor resulta da falta que sentimos de uma avó querida que faleceu, de um amor da adolescência, de um estimado amigo, dos momentos felizes da nossa infância. Não queremos ficar aflitos pela dor da saudade, mas é algo impossível de controlar. Sentimos uma pressão no peito e as lágrimas acabam brotando dos olhos.

A saudade é mais do que lembrar e sofrer, quando é intensa provoca um buraco na alma que não é possível preencher com nada, é se deparar com o vazio que uma partida nos causou. Não é só lembrar, é almejar por uma pessoa e também pelos momentos únicos vividos com ela. Mas é necessário seguir em frente e continuar com a vida, preservando as memórias. No campo dos sentimentos, o sofrimento ocorre justamente, porque não podemos mais ter aquele ou aquilo que tínhamos. Conforme o tempo vai passando, as recordações vão deixando de doer e o vazio deixado pelas lembranças não mais nos impedem de seguir adiante.

Existem processos que podem ajudar muito, quando sentimos saudade de pessoas amadas e também podem oportunizar e melhorar as relações interpessoais: reforçar o vínculo com pessoas queridas - isso fortifica a ideia de bem-estar e segurança; se permitir e cuidar do seu mundo interior - é um dos eixos que mantém o seu equilíbrio emocional e proporciona um bem-estar psicológico; se fortalecer - você se sente desafiado a se adaptar e desenvolver novas habilidades, te fortalecendo emocional e mentalmente. Nem sempre, sentir saudade é um sinônimo automático de tristeza, ela pode auxiliar na busca de paz interior e no crescimento emocional.

@marciamacedostos

terça-feira, 1 de março de 2022

Perdi minha vó

Receber essa notícia era o que mais temia toda a família, sabíamos que poderia acontecer a qualquer momento, pelo estado de saúde melindroso e debilitado que dona Teinha se encontrava. Confesso que não estávamos preparados para perdê-la, não é fácil, mas decidiu Deus recolher a minha vó materna em 22 de fevereiro de 2022 logo pela manhã, bem cedinho. Quando todos pensavam que ela partiria em meio a uma crise, correria para o socorro e muito sofrimento, ela passou a noite relativamente bem, acordou falante e com sede, se alimentou, pediu que uma das filhas ficasse com ela e quando duas filhas faziam seus cuidados matinais, ela citou alguns nomes de familiares, abençoou todo mundo, deu seu último suspiro e serena partiu, em paz.

Ficam as lembranças para contar como foi a sua vida. (Arquivo pessoal)

Dona Teinha era uma mulher forte, corajosa, bondosa e resignada, cuidava de todos, filhos, netos e agregados, com muita dedicação. Lembro-me das inúmeras férias que passei com ela, a casa sempre cheia e mesmo com poucos recursos, ela conseguia dar conta de tudo com maestria, uma verdadeira representante da mulher nordestina, que nunca desiste. Quando jovem, minha avó era uma mulher ativa, enérgica e dinâmica, mas com o passar do tempo ela foi enfrentando vários problemas sérios de saúde e por vezes me perguntei como ela suportava tanta dor e já no fim da vida, a gente sofria ao contemplar tanto sofrimento naquela mulher que definhava cada dia mais. Mas, não lhe faltaram zelo, cuidados e tratamentos, na tentativa de amenizar aquele padecimento.

Vó faleceu aos 81 anos de idade, casada com o senhor Francisco há 62 anos, dessa união nasceram 14 filhos (01 in memoriam), 38 netos (01 in memoriam), 26 bisnetos (01 in memoriam) e vem chegando mais por aí. A prole de dona Teinha e sr. Chico é grande! Como ela era uma esposa dedicada! Sempre preocupada com meu avô, o amava incondicionalmente. Mulher sábia e virtuosa! Durante a despedida, todos concordaram que, parecia que vó estava se despedindo de cada um e comigo não foi diferente. No dia 07 de fevereiro fui visitar meus avós e a encontrei falante e sorridente, eu disse para ela que sentia saudade de sua comida, do macarrão frito e do ovo com tempero que ela fazia como ninguém e que despertam em mim, muitas memórias afetivas.

A prole de dona Teinha e sr. Chico... Falta Wilton Francisco - in memoriam. (Arquivo pessoal)

Naquele dia, enquanto eu conversava com uma das tias, ela interrompeu e me fez um pedido inusitado: “Márcia, você não vai tirar foto?” Eu: “A sra. quer foto, vó? Vamos tirar sim.” Ela: “Quero uma foto sua, que está bonita.” Eu: “Não, vamos tirar foto juntas.”... E tiramos a foto. Hoje sei que essa foi a nossa despedida e que bom que pude ter esse momento com ela, vou lembrar e guardar para sempre em minha memória e no meu coração. Graças a Deus, eu tive a oportunidade de vê-la e tomar a bênção, uma semana antes da sua partida, 12 de fevereiro foi o último dia que a vi com vida. Tenho uma vida inteira de boas recordações da minha vó, são preciosas lembranças que ficarão em mim eternizadas. 

Eis a foto... Meu coração sofre com o vazio da sua ausência. (Arquivo pessoal)

Amo demais essa veinha, digo que amo no tempo presente, porque ela continua viva dentro de mim. Vó Teinha era uma referência para todos nós, honesta e digna, merecia nosso respeito, consideração e reverência, era muito querida e amava cantar, e cantou até o fim da vida. Enquanto escrevo esse texto, choro e lembro-me dela cantando, louvando a Deus, eu gostava de acompanhar, ela pedia para gente cantar com ela e para ela. Uma mulher de que amava Jesus Cristo. A saudade aperta tanto que chega doer, mas nós entendemos que ela está descansando nos braços do Pai e está livre de todo sofrimento terreno. Nós não sabemos lidar com a perda das pessoas que amamos, vamos ter que aprender, vivendo e sentindo a enorme falta que ela já nos faz.

É difícil encontrar palavras de conforto na hora do adeus. Eliene - minha mãe, a filha mais velha. (Arquivo pessoal)

A nossa matriarca deixa um legado de muita resiliência, um exemplo de mulher. Tomara que tenhamos aprendido pelo menos um pouquinho com a ilustre mulher que ela foi. A despedida dela foi linda, muita gente foi dar um último adeus e tenho certeza que isso aconteceu porque ela era muito querida por todos. Dizem que vó é mãe duas vezes e dona Teinha com certeza, foi uma segunda mãe para mim e até pro meu filho que a chamava carinhosamente de “Bisa”, ela gostava de ser chamada assim. Peço a Deus que console e conforte os corações enlutados da minha mãe, do vô Chico, das tias e dos tios, netos(as) e bisnetos(as), genros e noras. Que o Senhor nos ajude a suportar a saudade que só cresce dentro de nós.

Deixo aqui registrado a minha singela homenagem à nossa eterna DONA TEINHA. Que o tempo seja capaz de transformar a dor da perda em saudade serena e que acalme os corações, em vez de fazer sofrer. “Combateu o bom combate, completou a carreira, guardou a fé e agora descansa nos braços do Pai.”

É nas mãos fortes e calejadas da velhice que encontramos o verdadeiro sentido da vida. (Arquivo pessoal)

AURISTELA PETRONILA DE JESUS

(26/10/1940 – 22/02/2022)

Cipó - Bahia

@marciamacedostos

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Duas caras

Pessoas que possuem duas caras são aquelas que apresentam dualidades nas suas intenções, elas protagonizam condutas falsas e arrogantes. O indivíduo que tem duas caras é um hipócrita e é muito difícil lidar com pessoas desse nível. Muita das vezes, eles têm uma proximidade tão grande conosco, que é impossível se desvencilhar. Lidar e conviver com pessoas assim pode nos fazer mal, temos que estar muito bem psicologicamente para não nos deixar afetar. Atualmente a hipocrisia reina em nossa sociedade e as pessoas costumam agir de maneira diferente daquela que afirmam pensar e até desprezam os outros sem ter o mínimo de cuidado.

Ninguém sustenta duas caras por muito tempo. (Reprodução internet)

O hipócrita quer ser reconhecido a todo custo e não se importa se vai ofender alguém, só quer dar a sua opinião mesmo sem ter autoridade no assunto, na intenção de agradar a todos, ele quer mostrar que sabe muito. Quem tem duas caras se camufla e atira para todos os lados, se mostra inflexível, querendo liderar e comandar tudo, ele age conforme lhe convém. Geralmente o que convém a uma pessoa dessa estirpe é o que esteja sendo agradável, benéfico, bom e lucrativo naquela situação específica. O sujeito é completamente antiético e sem compostura, capaz de distorcer as palavras para que seu argumento seja aceitável.

A moral de um sujeito hipócrita é instável e alterna de acordo com a pressão que sofre e o humor também oscila em questão de segundos. Caso as posturas ou afirmativas de alguém com duas caras sejam confrontadas, esse indivíduo é capaz de tudo para nos convencer do contrário. Procura sempre se mostrar como uma pessoa sincera, mas não tem capacidade de sustentar um argumento lógico sequer. Diz que gosta da verdade, mas vive na mentira e tem medo de revelar as suas verdadeiras intenções. A dificuldade é identificar esse tipo de pessoa na vida, no dia a dia e nas nossas pretensas relações.

É um desafio reconhecer alguém com essas características e quando conseguimos a dificuldade é se proteger, se prevenir de suas investidas e se possível, até da convivência danosa. A palavra hipocrisia é uma expressão utilizada para denominar pessoas que fingem comportamentos. Alguém é considerado um hipócrita quando demonstra ser uma coisa, mas na verdade, sente e pensa de uma forma totalmente diferente. Essa pessoa se acha superior, acima de todas as regras, quer exigir respeito sem respeitar, tem um comportamento contraditório e deseja receber dos outro aquilo que não é capaz de oferecer, como: consideração, lealdade e respeito.

Para não sermos vítimas da hipocrisia que está implantada na sociedade atual, precisamos ficar atentos sobre em quem devemos confiar e também, avaliar o nosso próprio comportamento, para não nos tornarmos tão incoerentes quanto os hipócritas. Para não agir com hipocrisia é necessário: se conhecer, ter empatia pelos outros, prezar sempre pela verdade, assumir as consequências dos atos, reconhecer que não é melhor do que ninguém, não ser invejoso e se afastar de pessoas hipócritas. A confiança em si mesmo e nos outros é conquistada na base da verdade, é ela que nos faz sentir seguros. Respeite seus valores e sua essência, não se perde nada por ser honesto consigo e com os outros. Eis o caminho da liberdade!

@marciamacedostos

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Bebê arco-íris

Bebês arco-íris são crianças que nascem de mães que já sofreram aborto espontâneo ou que tiveram filhos mortos de forma prematura. Para muitas mães que passaram pela perda prematura de um filho, a chegada de um bebê é a luz que surge após uma tragédia, como o arco-íris que nasce depois da tempestade. O arco-íris é uma promessa de sol depois da chuva, a serenidade depois da tempestade, a alegria após a tristeza e a paz após a dor, mas principalmente, é a esperança e o amor após uma perda. Para a mãe a chegada de um bebê é um período de fortes emoções e a perda provoca uma dor inconcebível.

Depois da tempestade, vem a calmaria. (Reprodução internet)

Mesmo que uma criança não chegue para uma família que já tenha uma história de perda e tristeza por trás, a chegada de um bebê sempre simboliza luz, é a esperança de um futuro melhor para todos em sua volta. Assim como um fenômeno da natureza, o bebê arco-íris chega para avivar a vida dos pais, após uma tormenta. O bebê arco-íris não transforma o passado nem substitui a experiência ruim, seria muita responsabilidade, ele só traz um novo sentido para vida e transforma o futuro. O significado de bebê arco-íris nada mais é do que lembrar a mamãe e toda a família de que depois da tempestade, sempre vem a bonança.

Para compreender a representatividade dessa criança, é necessário entender mais sobre o bebê estrela. Esse é o bebê que perdeu a vida sendo por aborto espontâneo, por outra razão qualquer ou depois do nascimento e como costumamos dizer, virou uma estrelinha, um anjinho que continuará sempre sendo um filho. Não é porque a mãe perdeu um bebê, que ela deixou de ser mãe, existiu um filho, portanto existe uma mãe, é necessário compreender isso e viver o luto da perda, entendendo e aceitando o processo doloroso, sem fechar a porta da esperança. O bebê arco-íris não substitui o bebê estrela, só devolve a capacidade de sonhar para a família.

Durante a gravidez, a mulher se transforma e seus sentimentos ficam intensos, se é uma gestação de bebê arco-íris, tudo ganha uma dimensão muito maior. Para viver tudo novamente, a mulher se sente pressionada, frustrada e com a autoestima baixa, podendo até desenvolver ansiedade e uma angústia profunda. Durante esse processo o apoio da família é fundamental e talvez seja necessária uma ajuda profissional para lidar melhor com o misto de sentimentos, bons e ruins, assim ela consegue aproveitar melhor a gravidez, com muita alegria e gratidão. O sentimento de culpa também se faz presente nesse período delicado, por parecer que a superação foi muito rápida.

Ser mãe é uma experiência intensa e única, cada mãe descobre no seu tempo e do seu jeito uma maneira própria de cuidar do filho, mas quando se trata de um bebê arco-íris, os traumas anteriores podem estimular, mesmo sem querer, uma superproteção do neném. Apesar de todo o excesso de cuidados terem motivações de fácil entendimento, é provável que seja prejudicial para desenvolvimento da criança. A superproteção pode afetar de forma negativa o crescimento do filho, dificultando o aprendizado e prejudicando a independência e a capacidade de enfrentar os desafios e a frustrações habituais da vida.

É importante ficar atento para não sobrecarregar o filho de cuidados e expectativas. Quando superprotegemos nossos filhos, acabamos impedindo que eles se tornem independentes e como não estaremos presentes em todos os momentos da existência deles, é melhor que eles saibam socializar e lidar com as decepções da vida. A desilusão de uma criança superprotegida será bem maior cada vez que estiver diante de um novo desafio. Infelizmente, não teremos a capacidade de prevenir todas as dores no decorrer da vida de um filho, é preciso permitir que ele cometa seus próprios erros, corrija e supere seus fracassos, erga a cabeça e siga adiante. Criamos filhos para o mundo!

@marciamacedostos

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

O medo

Você tem medo de quê? “... É muito lucrativo que o mundo tenha medo; medo da gripe, são mais uns medicamentos; vem outros vírus reforçar os dividendos. Medo da crise, do crime; como já vimos num filme; medo de ti e de mim; medo dos tempos...” (MEDO DO MEDO. Os Paralamas do Sucesso. Álbum: Sinais do Sim. 2017). Estava refletindo na letra dessa música e além de ficar pensando sobre meus medos pessoais e íntimos, fiquei impressionada com o quão atual ela é. Parece que quando foi lançada, fez uma previsão do que iríamos enfrentar em 2020, quando começou a Pandemia da Covid-19.

Tudo o que a gente quer pode estar do outro lado do medo. (Reprodução internet)

De acordo com a psicologia, o medo é um estado afetivo suscitado pela consciência do perigo ou que, ao contrário, suscita essa consciência. Trata-se de uma sensação desagradável desencadeada pela percepção de perigo, real ou imaginário, é temor, ansiedade irracional ou fundamentada, um receio. Tanto o excesso quanto a falta do medo é prejudicial à vida do ser humano. O medo não é um indício de fraqueza ou covardia, é uma reação involuntária e natural que convivemos durante vários momentos da vida. Se nunca sentíssemos medo, certamente não viveríamos por muito tempo, pois é essa emoção que nos faz pensar antes de agir.

O medo é uma barreira que nos auxilia a pensar nos riscos e nas consequências de nossos atos, ele também é um retorno imediato nas situações em que ficamos amedrontados e temos que tomar uma atitude. Medo está relacionado com o instinto de sobrevivência. Nosso cérebro é ativado de forma involuntária quando sofre os estímulos estressantes e libera substâncias que fazem disparar o coração, deixam a respiração ofegante e contraem os músculos, sendo denominada como reação de luta ou reação de fuga. Essa emoção é um mecanismo de proteção que nos mantém vivos, mas quando o medo evolui, pode se tornar uma fobia.

Se o medo provoca um comprometimento expressivo no dia a dia e nas relações dos indivíduos, significa que se transformou em fobia, que é algo extremo e excessivo. A fobia é um medo desproporcional e exagerado, muito além do que é considerado normal. Há vários tipos de fobias e a cura só é possível com tratamentos que trabalhem as causas e os sintomas, como a terapia por exemplo. Ter medo é normal e vai continuar acontecendo independente da nossa vontade, mas não podemos deixar que isso prejudique a nossa vida. Existe uma palavra que é pouco falada, a “Agorafobia”, cujo significado é bem mais conhecido, trata-se do medo de sentir medo.

Agorafobia é um transtorno de ansiedade que geralmente se desenvolve depois de um ou mais ataques de pânico. Os sintomas incluem medo de lugares e situações que possam causar sensação de pânico, aprisionamento, impotência ou constrangimento. O tratamento inclui psicoterapia e medicamentos. Para superar essas mazelas, é possível colocar em prática dicas importantes, como: aceitar os seus medos, escrever sobre eles - isso eu faço e garanto que ajuda bastante, cultivar os pensamentos positivos, ressaltar as suas vitórias, conversar sobre os seus medos com amigos e familiares, focar na sua respiração e fazer terapia - que também não abro mão. Autocontrole e autoconhecimento são fundamentais.

@marciamacedostos

Velha não, experiente!

Muito tempo sem postar por aqui e nesse período muita coisa aconteceu, algumas boas outras ruins, nada fora do normal, são apenas as conseq...