terça-feira, 26 de outubro de 2021

Etarismo

Você sabe o que é etarismo? Já ouviu essa palavra antes? Eu confesso que não tinha muita familiaridade com esse termo, até assistir o primeiro episódio do quadro “Isso Tem Nome” do Fantástico e me interessar em pesquisar mais sobre o assunto. Não é preciso muito para identificar o quanto essa palavra é comum e está presente no nosso dia a dia, mesmo sem ter o hábito de utilizar. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma em cada duas pessoas no mundo já demonstrou ações discriminatórias que prejudicam a saúde mental e física dos idosos.

O etarismo é um preconceito velado. (Reprodução internet)

O etarismo nada mais é do que o preconceito de idade. A discriminação também é chamada de “idadismo” ou “ageísmo”, é muito comum e surge quando a idade é utilizada para classificar e segmentar os indivíduos. Essa separação pode provocar danos, desvantagens e até injustiças. O etarismo e suas vertentes podem se apresentar de diversas formas, como em comportamentos preconceituosos, em ações discriminatórias e através de políticas e práticas institucionais que sustentam convicções estereotipadas.

Segundo um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), a discriminação por idade é um desafio global e leva a uma saúde pública mais precária, ao isolamento social e pode até causar mortes prematuras. Trata-se de uma capciosa calamidade na sociedade. A discriminação por idade influencia na saúde através de três processos: comportamental, fisiológico e psicológico, ou seja, impacta diretamente na qualidade de vida das pessoas. Manifestações de preconceito com base na faixa etária são mencionadas em diferentes situações do nosso cotidiano.

No Brasil, etarismo é um tema novo, pouco conhecido e que ainda precisa ser muito debatido. Esse tipo de conduta da sociedade, que contesta a competência de uma pessoa por causa de sua idade, provoca a não aceitação, falta de respeito e ética, desprezo, agressões, humilhações, contribui para a baixa autoestima, sentimentos de desamparo e menos valia. É um estereótipo que atinge principalmente as mulheres e geralmente de forma cruel, exemplo: nas histórias infantis o homem velho é sempre um sábio senhor e a mulher velha é sempre a bruxa.

O termo etarismo foi usado pela primeira vez em 1969, pelo gerontologista, psiquiatra e autor americano Robert Neil Butler (1927 - 2010), para caracterizar a intolerância relacionada com a idade, contendo semelhanças com “racismo” e “sexismo”, direcionada aos mais velhos. Entretanto, em 1999, o gerontologista e professor americano Erdman Ballagh Palmore ampliou o conceito, que passou a ser executado com frequência, para nomear qualquer espécie de discriminação baseada na idade, abrangendo preconceito contra crianças, adolescentes, adultos ou idosos.

A Gerontologia é a ciência que estuda o processo de envelhecimento em suas dimensões biológica, psicológica e social. A discriminação por causa da idade é mais intensa em sistemas onde a população convive fortemente com a desigualdade social. Uma maneira de combater o etarismo é evitar dizer frases preconceituosas e estereotipadas:

  •     Desculpa perguntar, mas quantos anos você tem?
  •    É uma “coroa” enxuta para a idade.
  •    Ela poderia ser mãe dele.
  •    Está querendo parecer mocinha / garotão.
  •    Está velha demais para isso ou aquilo.
  •    Não parece que você tem essa idade.
  •    Qual o segredo para estar tão conservada?
  •    Que bonita! Não entrega a idade.
  •    Sério que você tem essa idade?
  •    Solteira nessa idade? Vai ficar para titia.
  •    Você deve ter sido muito bonita quando jovem.
  •    Você não tem mais idade para fazer ou usar isso.
  •    Você parece mais jovem.

 Podemos provocar muito sofrimento por falta de conhecimento ou pela falta de interesse em aprender e se informar. São as pequenas atitudes e mudanças que fazem uma grande diferença.

@marciamacedostos

terça-feira, 19 de outubro de 2021

Não crie expectativas

Não crie expectativas, crie maturidade. Isso mesmo, criar expectativas pode desestabilizar você. O melhor é não se iludir, manter os pés no chão, sabe? Há quem diga que é bom produzir expectativas, desde que, não as trate como realidade e sendo assim, se trata de uma fuga da verdade. Bom mesmo é se surpreender, para evitar se decepcionar. Expectativa é a condição de quem espera para que algo aconteça, o estado de quem espera algum acontecimento baseado em probabilidades ou na possível realização, ou então, um desejo intenso por algo próspero.

Não crie expectativas, deixe acontecer naturalmente. (Reprodução internet)

Gerar expectativas é a permanência de estimulo que se fortalece desde o nascimento, sendo persuadido pelos relacionamentos do decorrer da vida. Quando alguma expectativa não se materializa, é normal surgirem sentimentos ruins como raiva, frustração, desânimo e até agressividade, esses comportamentos indicam sofrimento e para aliviar essas sensações, é necessário aprender a trabalhar a aceitação. Precisamos nos conscientizar que não temos o controle sobre nada e nem sobre ninguém, lidar com essa verdade é um grande desafio.

Se algo ou alguém frustrar suas expectativas, você precisa lidar com esse sentimento e por mais que seja desagradável e difícil de encarar, se frustrar faz parte da vida, inevitavelmente acontece. Não concretizar as expectativas que nós criamos é muito desconfortável, mas isso promove uma reflexão em relação ao assunto que provocou tanto desgosto e esse é o ponto positivo. Refletir faz bem a qualquer indivíduo, ajuda a corrigir os erros e aprimorar os acertos. Esse exercício nos ensina a superar os “nãos” da vida e a banir o egoísmo.

É complicado encontrar um equilíbrio, entre o que realmente importa e o bombardeio que observamos nas mídias sociais, quando a vida dos outros é sempre “linda e perfeita”. Às vezes, nos sentimos obrigados a expor que estamos bem, para mostrar aos outros uma alegria e uma felicidade que não existem, pelo menos, não com tanta intensidade. É uma ostentação, uma eterna exposição de quem tem ou pode mais. Acredito que essa “obrigação” faz mais mal do que bem, além de poder provocar quadros críticos de angústia e ansiedade, que são difíceis de contornar.

A maturidade se apresenta na forma como enfrentamos as adversidades da vida. Quando passamos por muitas situações divergentes, aprendemos a lidar melhor com os problemas, descobrimos que faz parte da vida e cada sofrimento ajuda a construir as nossas conquistas. No decorrer do nosso amadurecimento, passamos a encarar as decepções com mais naturalidade e aceitamos com mais facilidade. Vejam bem! Não se trata de comodismo. Não pode ser condescendente, tem que batalhar. “Vivendo e aprendendo a jogar”.

Quando amadurecemos, ficamos mais tolerantes com as nossas frustrações, com nossos erros e fracassos, aprendemos a usar isso ao nosso favor. Ter tolerância não significa que devemos gostar de fracassar, mas podemos conseguir interpretar de maneira diferente e enxergar um caminho que possa transformar a frustração em êxito e sucesso. A maturação cerebral juntamente com as inúmeras experiências vividas, auxilia na criação de um amplo repertório para enfrentar as questões sociais, com mais empatia e assertividade. Sendo assim, fica mais fácil evitarmos os conflitos internos e externos, além de nos preocuparmos menos com o que os outros pensam de nós.

@marciamacedostos

terça-feira, 12 de outubro de 2021

Dia das Crianças

Em 12 de outubro é comemorado o Dia da Criança, uma data celebrada em homenagem às crianças. Países como Portugal, Angola e Moçambique festejam o Dia Internacional da Criança, em 1º de junho. A data enaltece os direitos das crianças e dos adolescentes e com isso conscientiza todas as pessoas, principalmente os pais e responsáveis, sobre os cuidados fundamentais no decorrer dessa fase da vida. É costume presentear e promover atividades especiais com muita diversão aos pequenos. No Brasil, o dia das crianças coincide com o dia de Nossa Senhora de Aparecida, feriado nacional.

A criança é o amor feito visível. (Reprodução internet)

O dia das crianças teve origem numa proposta de autoria do médico e político fluminense Galdino do Valle Filho (1879 - 1961) e foi oficializado pelo então presidente Arthur da Silva Bernardes (1875 - 1955). O projeto de lei foi aprovado e através do Decreto nº 4867, de 05 de novembro de 1924, o dia 12 de outubro foi oficializado como o dia das crianças aqui no Brasil. Na década de 1950, esse dia ganhou mais notoriedade, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela em parceria com a empresa de produtos de higiene infantil Johnson & Johnson, criaram uma campanha de marketing chamada “Semana do Bebê Robusto”.

Depois disso, uma campanha publicitária denominada “Semana da Criança” foi lançada por um grupo de empresários, com intuito de impulsionar as vendas, transformando a data num marco comercial e a partir daí, ela se tornou motivo para presentear às crianças, de preferência com brinquedos. A Organização das Nações Unidas (ONU) e o Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (Unicef), estabeleceram o Dia Universal da Criança que é comemorado em 20 de novembro, em deferência à data que foi oficializada a Declaração dos Direitos da Criança, em 1959 e a Convenção dos Direitos da Criança, em 1989.

No documento em questão, ficaram estabelecidos vários direitos e o bem-estar para todas as crianças do mundo, como amor, alimentação e educação, além das proibições ao trabalho e a violência infantil. As diretrizes especificadas na Declaração dos Direitos da Criança são:

  • As crianças, sem distinção ou discriminação, devem ter todos os seus direitos garantidos;
  • Deve-se proporcionar às crianças proteção social e oportunidades que lhes auxiliem no desenvolvimento;
  • É direito da criança receber um nome e nacionalidade;
  • Tanto a criança quanto a mãe devem receber cuidados pré e pós-natais;
  • Crianças com necessidades especiais terão direito a tratamento, educação e cuidados necessários;
  • A criança deve receber amor e compreensão para o desenvolvimento de sua personalidade;
  • Direito à educação para capacitação, sendo gratuita pelo menos nos anos iniciais;
  • Crianças devem ser os primeiros indivíduos a receber socorro;
  • Garantia de proteção em situações de negligência, crueldade e exploração;

  • Proteção em situações de discriminação seja por raça, religião ou de outra natureza.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) garante que a criança tem direito a escola e educação; a saúde e prevenção; à liberdade, respeito e dignidade. De acordo com o artigo 227, da Constituição Federal Brasileira: “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.” É obrigação de todos, proteger e cuidar da criançada. 

Feliz todos os dias, crianças!

@marciamacedostos

terça-feira, 5 de outubro de 2021

Dependência digital

A dependência digital está relacionada com o contexto de uso abusivo das tecnologias digitais e essa utilização excessiva reflete na vida pessoal, social e profissional do indivíduo, ele acaba se distanciando da sociedade. Portanto a dependência digital ocorre quando existe uma necessidade descontrolada de usar os dispositivos digitais e marcar presença nas redes sociais. Segunda-feira, dia 04 de outubro de 2021, ficou marcada por uma pane global nas redes sociais: Facebook, Instagram e WhatsApp. Isso deveria nos fazer refletir sobre o poder que elas exercem sobre nós.

O colapso digital começou por volta de meio dia e meia com o WhatsApp, seguido pelo Facebook e Instagram, sem falar na instabilidade do Google, YouTube e outros aplicativos. Toda essa turbulência durou 6h30 e provocou um grande burburinho entre os usuários, além de causar prejuízos para aqueles que utilizam as redes para ganhar dinheiro. Confesso! Foi impossível não pensar que talvez tivéssemos sido hackeados ou até, que estivéssemos sofrendo um ataque mundial de proporções inimagináveis. Brincadeiras a parte, ficamos inquietos com esse apagão digital.

Parecia inofensivo, mas te dominou... (Reprodução internet)

Mas, a coisa é capaz de ficar muito séria, pois a dependência digital pode ser considerada um transtorno mental quando atinge níveis alarmantes. Pessoas que possuem esse tipo de sujeição podem sofrer de nomofobia, quando são obrigadas a ficarem desconectadas. Nomofobia é o medo irracional de estar sem o telefone celular ou outros aparelhos eletrônicos e está relacionada ao vício em outras tecnologias. É uma fobia provocada pelo desconforto ou angústia consequente da incapacidade de acesso à comunicação, ou pavor de ficar incomunicável.

Trata-se de um transtorno psicológico que pode até causar depressão. Ela provoca um estado de ansiedade que pode se tornar patológico, levando o indivíduo a um transtorno de ansiedade social, ao transtorno do pânico e agorafobia. Não é possível reconhecer os sintomas desse distúrbio de forma imediata, porque eles se instalam lentamente até começarem a causar prejuízos emocionais, sociais e profissionais. Os sintomas são parecidos com a dependência química e conforme estudos, a dependência digital pode favorecer a dependência química.

Preocupações exageradas com assuntos do universo digital; necessidade excessiva de estar em contato com o mundo digital para se sentir satisfeito; agressividade e nervosismo com problemas de conexão; não conseguir ficar off-line e ficar conectado por muito mais tempo que o ideal; mentira sobre o tempo que fica on-line; irritabilidade; estresse; tristeza e desinteresse nas atividades familiares, profissionais e sociais, podem ser indicativos de que algo está fora de controle e precisa ser investigado e tratado com urgência.

É necessário ter atenção aos sinais, se a sua relação com as redes sociais provoca danos nos relacionamentos familiares e sociais; há queda no rendimento profissional; diminuição nas habilidades sociais; problemas físicos como dores no corpo, erros de postura e tendinites; má-alimentação; obesidade, transtorno bipolar, depressão, TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) e fobia social, são sinais de alerta máximo, procure ajuda de um profissional habilitado, como psicólogo ou psiquiatra. É um vício que tem controle e a prática de atividades saudáveis pode ajudar.

É evidente que a internet e as redes sociais auxiliam bastante o trabalho, os estudos, a saúde e as relações interpessoais, facilitam a rotina diária e nos proporcionam liberdade. Mas, como tudo na vida, é fundamental ter cautela para não desenvolver uma dependência emocional e se tornar refém delas. Encontrar um ponto de equilíbrio é o caminho para utilizar as tecnologias com consciência e encarar as transformações do mundo contemporâneo com sabedoria. Priorize seu tempo e se dedique às pessoas e ocupações que te proporcionam crescimento pessoal, no mundo real.

@marciamacedostos

terça-feira, 28 de setembro de 2021

Experiências

As experiências da vida, sejam elas boas ou ruins, nos ensinam a não repetir os mesmos erros e assim temos a possibilidade de construir um futuro diferente e melhor. Todo tipo de aprendizado tem valor e é pertinente para o nosso desenvolvimento mental e espiritual. Estamos condicionados a dar a volta por cima, mesmo sem perceber, isso faz parte da nossa vivência. É preciso ter discernimento para saber assimilar os bons e os maus momentos que a vida nos apresenta. É fundamental sair da zona de conforto para experimentar coisas novas.

O melhor professor da vida é a experiência. Ela cobra caro, mas explica bem. (Reprodução internet)

Devemos ter sensatez e saber que, vida perfeita não existe nem nos contos de fadas. Todos nós passamos por momentos difíceis, independente da nossa vontade, faz parte da vida. São esses períodos complicados, que se transformam em lições valiosas para o nosso crescimento pessoal e como para tudo existe um propósito, aprendemos melhor por meio da dificuldade, do que através de acontecimentos felizes. O tempo é o melhor remédio para amenizar, mesmo que devagar, as lembranças de memórias ruins. É um desafio e desafios existem para serem vencidos.

No decorrer da vida acumulamos situações de angústia, mágoa, sofrimento e tristeza, isso é um fato, ninguém é plenamente feliz todos os dias. Mas, é humanamente impossível conviver com esses sentimentos ruins o tempo todo, as amarguras da vida não se apagam, elas vão se diluindo com o passar do tempo e ficando menos doloridas. O que podemos fazer para melhorar a qualidade de vida é focar no que é bom e nos dá prazer, potencializar os momentos felizes, não valorizar além da conta, aquilo que nos faz mal e travam o nosso processo de evolução.

Existem três atitudes necessárias para conseguirmos compreender melhor os nossos bons e maus momentos: maturidade - a capacidade de saber como e quando devemos agir, de acordo com as circunstâncias; humildade - a virtude que consiste em conhecer as nossas próprias limitações e fraquezas, e agir de acordo com essa consciência; equilíbrio - a competência que permite reconhecer a influência das emoções e exercer o autocontrole sobre elas, a fim de obter reações mais centradas, mesmo diante de situações extremas.

É importante buscar bons motivos para ser feliz, a felicidade não cai do céu, ela é antes de tudo, um estado de espírito e pode ser definida por um momento onde há a percepção de um conjunto de sentimentos prazerosos. A nossa evolução pessoal consiste na capacidade que temos de nos reerguer e na maneira como encaramos a realidade, que é absolutamente diferente para cada indivíduo. As experiências da vida podem se fragmentar em ciclos e eles são distintos. Teremos ciclos felizes e outros infelizes, o mistério está na soma dos resultados, idealizando a positividade de tudo.

A realidade individual de cada pessoa é diversificada e somente ela estabelece o destino de cada um. Segundo o autor americano Gary Zukav: “Realidade é o que pensamos ser verdade. O que pensamos ser verdade depende do que acreditamos. O que acreditamos, depende das nossas percepções. O que percebemos, depende do que buscamos. O que buscamos, depende do que pensamos. O que pensamos, depende do que percebemos. O que percebemos determina no que vamos acreditar e o que acreditamos determina a nossa verdade.” Você é a soma das suas experiências.

@marciamacedostos

terça-feira, 21 de setembro de 2021

Sonhar e realizar

O blog Flor de Cacto está fazendo aniversário e eu só quero celebrar, pois a comemoração é em dose dupla. No dia 19 de setembro, completamos um ano de existência. Estou muito feliz por ver esse sonho materializado, já tem sua forma própria, volume e muita propriedade. Já falei aqui, que se trata de um objetivo antigo, um projeto que protelei bastante para começar e quando surgiu a Pandemia da Covid-19, ele se tornou, além de um desejo pessoal, uma válvula de escape para que eu pudesse manter meu controle emocional e a saúde mental, um ponto de equilíbrio.

Gratidão por esse 1º ano de vida. (Arquivo pessoal)

Organizei minhas ideias, fiz todo o planejamento, preparei alguns conteúdos para começar a comunicar com total tranquilidade e lancei no dia do meu aniversário, no ano de 2020, com publicações semanais, rigorosamente. Sempre gostei da arte de escrever, sou uma apaixonada pelas palavras, papel e caneta são meus companheiros da vida toda. É isso mesmo, apesar de aderir o uso da tecnologia que é tão essencial para vida moderna, nunca deixei de escrever da forma tradicional, e quer saber?... Não abro mão disso.

Gosto de colocar no papel tudo o que sinto, as minhas expectativas e propósitos, tenho várias agendas e diários, completamente preenchidos e que guardo com muito carinho. Foi por isso que nasceu o blog, para tornar público àquilo que amo fazer e faço com bastante afinco. Talvez pareça uma bobagem para você, mas para mim, o blog Flor de Cacto é muito importante, produzo os conteúdos com muito cuidado e responsabilidade, ele é a menina dos meus olhos. Tento transmitir aqui os meus pensamentos, sentimentos e perspectivas, dúvidas, anseios e incertezas.

A conexão com o nome Flor de Cacto foi imediata, não só porque amo os cactos, mas pelo fato de me identificar muito com eles que são fortes, resistentes, capazes de sobreviver em meio a muitos desafios, além disso, simboliza firmeza e perseverança, acho que tem tudo a ver comigo. Com as experiências e a realidade da minha vida, eu procuro tocar as pessoas e promover uma troca positiva, principalmente com quem se identifica comigo. O blog está impactando pessoas, tenho recebido muitas mensagens interessantes e isso tem um valor imensurável para mim.

Se os meus textos auxiliarem de alguma forma, pelo menos uma pessoa a pensar, refletir, sonhar, não desistir e realizar, apesar de todas as adversidades da vida, já valeu a pena, o intuito é compartilhar vivências. Pessoas influenciam pessoas! Não significa que para mim, isso é fácil, que eu seja um indivíduo realizado e sem decepções, pelo contrário, sigo no processo de autoconhecimento, com vários questionamentos sem respostas, lutando contra a ansiedade, a frustração e a angústia, para manter a autoestima e não perder a esperança. Faço terapia para não pirar.

Sonhar e estabelecer os objetivos são o combustível necessário para despertarmos com disposição e realizarmos proezas inacreditáveis. O sonho é uma projeção genuína do seu íntimo. Jamais desista dos seus sonhos, mesmo que os pensamentos alheios insistam em tentar te desanimar. Persista e persevere em busca das suas metas, pois a recompensa virá e toda sua dedicação valerá a pena. O blog Flor de Cacto é só um dos meus sonhos, tenho muitos realizados e outros em andamento, alguns estão logo ali e outros seguem em processamento. O importante é não desistir, se não conseguir sozinho pede ajuda, vai à luta, o sucesso é consequência. Vida longa para nós!

@marciamacedostos

terça-feira, 14 de setembro de 2021

Memórias

Está chegando meu aniversário e todo ano, no período que antecede esse dia, eu fico mais nostálgica. São memórias que me atingem com maior facilidade nessa época e nem sempre são lembranças felizes. A memória é o acúmulo de conhecimentos e acontecimentos adquiridos por intermédio de experiências vividas ou ouvidas. Trata-se da habilidade de obter, reunir e resgatar informações disponíveis, que pode ser internamente; no cérebro - memória biológica, ou externamente; em dispositivos artificiais - memória artificial.

Uma pessoa sem lembranças é como uma folha em branco. (Reprodução internet)

Às vezes, as memórias nos enganam e por essa razão, nem sempre é válida a máxima do “recordar é viver”, em muitas situações, o melhor é deslembrar. Para que possamos evoluir, é importante esquecer coisas, para que novas memórias possam surgir. Na realidade, são as memórias que nos tornam quem somos, elas nos auxiliam na compreensão do mundo e aguçam o nosso olhar para o que realmente interessa. As memórias são importantes para o processo de aprendizagem, além de capacitar na criação dos vínculos afetivos.

Especialistas explicam que, alguns acontecimentos são mais complicados de esquecer e por que nos lembramos de algumas situações de maneira diferente de como ocorreram. No dia 11 de setembro, o maior ataque terrorista da história, nos Estados Unidos, completou 20 anos. Foram cenas terríveis, tristes e impactantes, eu lembro onde estava e o que fazia naquele fatídico dia. Com toda a mídia relembrando esse acontecimento que marcou a minha geração, consegui recordar detalhes incríveis daquela data.

A memória é preservada dentro do um dos órgãos mais complexos do corpo humano, o cérebro, ele funciona como uma rede que possui estrutura neurológica que participa dos processos de aprendizado, emoção e memória, além de seus respectivos gerenciamentos. É fascinante o poder que o nosso cérebro possui, ele se desenvolve a partir da gestação, segue amadurecendo pela infância e adolescência, atingindo sua maturação biológica aos 22 anos. Toda a atividade cerebral é fundamentada pelos neurônios, essenciais na estruturação do cérebro.

Fatores externos como contato social, grau de escolaridade e estímulos diversos como esportivos, musicais e linguísticos, influenciam na formação dos traços que formam um mapa único e individual de cada pessoa. Esse mapa é a memória desenhada no cérebro organizado de forma bem complexa, por todas as experiências do indivíduo em questão. Existem diferentes tipos de memórias, que podem ser: de curto prazo, que duram de três a seis horas ou de longa duração, que podem durar dias, anos e até a vida inteira.

Entre as memórias de curto prazo estão: imediatas - que guardam informações por um tempo curto; de trabalho - que armazena informação temporariamente para tarefas cognitivas. Entre as memórias de longa duração estão: episódicas - que têm referências pessoais; semânticas - as informações do mundo que são adquiridas no decorrer da vida; não declarativas - que não podem ser contadas ou ensinadas oralmente. As memórias também podem ser treinadas para que se tornem definitivas, através da prática e da repetição.

Os cientistas denominam de plasticidade cerebral, quando a informação sai do impulso momentâneo, se reorganiza e modifica a estrutura do sistema nervoso. O cérebro trabalha para acondicionar as memórias a partir das vivências e comportamentos, ele tem a capacidade de evoluir através de novas experiências. Para conservar a memória saudável é necessário manter, entre outros: atividade física, boa alimentação, bom aprendizado, redução do estresse, sono reparador, saúde mental e emocional. O importante é se cuidar e preservar essa magnífica máquina humana.

@marciamacedostos

Velha não, experiente!

Muito tempo sem postar por aqui e nesse período muita coisa aconteceu, algumas boas outras ruins, nada fora do normal, são apenas as conseq...