terça-feira, 19 de outubro de 2021

Não crie expectativas

Não crie expectativas, crie maturidade. Isso mesmo, criar expectativas pode desestabilizar você. O melhor é não se iludir, manter os pés no chão, sabe? Há quem diga que é bom produzir expectativas, desde que, não as trate como realidade e sendo assim, se trata de uma fuga da verdade. Bom mesmo é se surpreender, para evitar se decepcionar. Expectativa é a condição de quem espera para que algo aconteça, o estado de quem espera algum acontecimento baseado em probabilidades ou na possível realização, ou então, um desejo intenso por algo próspero.

Não crie expectativas, deixe acontecer naturalmente. (Reprodução internet)

Gerar expectativas é a permanência de estimulo que se fortalece desde o nascimento, sendo persuadido pelos relacionamentos do decorrer da vida. Quando alguma expectativa não se materializa, é normal surgirem sentimentos ruins como raiva, frustração, desânimo e até agressividade, esses comportamentos indicam sofrimento e para aliviar essas sensações, é necessário aprender a trabalhar a aceitação. Precisamos nos conscientizar que não temos o controle sobre nada e nem sobre ninguém, lidar com essa verdade é um grande desafio.

Se algo ou alguém frustrar suas expectativas, você precisa lidar com esse sentimento e por mais que seja desagradável e difícil de encarar, se frustrar faz parte da vida, inevitavelmente acontece. Não concretizar as expectativas que nós criamos é muito desconfortável, mas isso promove uma reflexão em relação ao assunto que provocou tanto desgosto e esse é o ponto positivo. Refletir faz bem a qualquer indivíduo, ajuda a corrigir os erros e aprimorar os acertos. Esse exercício nos ensina a superar os “nãos” da vida e a banir o egoísmo.

É complicado encontrar um equilíbrio, entre o que realmente importa e o bombardeio que observamos nas mídias sociais, quando a vida dos outros é sempre “linda e perfeita”. Às vezes, nos sentimos obrigados a expor que estamos bem, para mostrar aos outros uma alegria e uma felicidade que não existem, pelo menos, não com tanta intensidade. É uma ostentação, uma eterna exposição de quem tem ou pode mais. Acredito que essa “obrigação” faz mais mal do que bem, além de poder provocar quadros críticos de angústia e ansiedade, que são difíceis de contornar.

A maturidade se apresenta na forma como enfrentamos as adversidades da vida. Quando passamos por muitas situações divergentes, aprendemos a lidar melhor com os problemas, descobrimos que faz parte da vida e cada sofrimento ajuda a construir as nossas conquistas. No decorrer do nosso amadurecimento, passamos a encarar as decepções com mais naturalidade e aceitamos com mais facilidade. Vejam bem! Não se trata de comodismo. Não pode ser condescendente, tem que batalhar. “Vivendo e aprendendo a jogar”.

Quando amadurecemos, ficamos mais tolerantes com as nossas frustrações, com nossos erros e fracassos, aprendemos a usar isso ao nosso favor. Ter tolerância não significa que devemos gostar de fracassar, mas podemos conseguir interpretar de maneira diferente e enxergar um caminho que possa transformar a frustração em êxito e sucesso. A maturação cerebral juntamente com as inúmeras experiências vividas, auxilia na criação de um amplo repertório para enfrentar as questões sociais, com mais empatia e assertividade. Sendo assim, fica mais fácil evitarmos os conflitos internos e externos, além de nos preocuparmos menos com o que os outros pensam de nós.

@marciamacedostos

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