terça-feira, 27 de setembro de 2022

Empreendedorismo

Empreendedorismo é o método de atividade que elabora novos negócios ou mudanças em empreendimentos já existentes. Esse termo é muito utilizado no meio empresarial e geralmente está relacionado com a formação de empresas ou novos produtos, tais movimentos podem envolver inovações e riscos. Empreender é a capacidade que determinadas pessoas desenvolvem, cujo objetivo é identificar problemas e oportunidades, assim conseguem criar soluções e aplicar recursos na constituição de algo positivo para a sociedade.

Ideia + Inovação + Necessidade = Empreender. (Reprodução internet)

Qualquer movimento que consiga provocar transformações reais e gerar impacto na rotina das pessoas, seja um negócio ou um projeto qualquer, é considerado empreendedorismo. Esse termo é cada vez mais utilizado para definir indivíduos capazes de identificar problemas, oportunidades e descobrir soluções inovadoras. O empreendedorismo está diretamente associado à inovação. Um empreendedor não é, necessariamente, um empresário, mas ele precisa ter algumas qualidades e desenvolver habilidades para alcançar o sucesso.

Um empreendedor é aquela pessoa que faz, toma atitude e sai da zona de conforto e parte para a ação. Ele usa a criatividade e se torna um realizador, transformando crises em oportunidades, e em se tratando disso, brasileiro é especialista. No Brasil, o desemprego é o principal fator que leva o cidadão a pensar em abrir um negócio próprio. Nosso país também bateu recorde, com o maior número de novos autônomos nos últimos anos. O uso da tecnologia aliado à potência da internet só aprimora a capacidade que as pessoas têm de se reinventar.

O número de microempreendedores cresceu de forma significativa no Brasil, mas, ninguém nasce sabendo empreender. É necessário aliar contato social e estudos, descobrir características e talentos na própria personalidade e buscar fortalecer isso. Um possível caminho é encontrar contatos e referências que possam influenciar positivamente na arte de empreender. O empreendedor é um ser social e para obter sucesso nessa empreitada, precisa ter um perfil autoconfiante, corajoso, persistente, resiliente e otimista.

Autoconfiança - Acreditar em si mesmo é fundamental para valorizar seus próprios talentos e defender suas opiniões. O empreendedor autoconfiante costuma arriscar mais.

Coragem - Sem temer fracasso e rejeição, um empreendedor faz tudo o que for necessário para ser bem sucedido. Essa característica não impede que sejam cautelosos e precavidos contra o risco, mas faz entender a possibilidade de falhar.

Persistência e resiliência - Motivado, convicto e entusiasmado, um bom empreendedor pode resistir a todos os obstáculos até que as coisas finalmente entrem nos eixos. Ele não desiste facilmente, supera desafios e segue até o fim, sempre perseverante.

Otimismo - É importante não confundir o otimista com o sonhador. O otimista sempre espera o melhor e acredita que tudo vai dar certo no final, mas faz de tudo para chegar aos seus objetivos e isso inclui promover mudanças em seu negócio. Já o sonhador não enxerga riscos e, mesmo que seu negócio esteja falindo, continua fazendo a mesma coisa por acreditar cegamente que basta sonhar para realizar.

Quem possui essas características sai em vantagem, mas se uma ou mais delas não fizer parte do seu perfil, não se desespere, você pode adquirir, aprender a desenvolver as qualidades necessárias para se tornar um empreendedor de sucesso. É fundamental ter um bom projeto, investir no planejamento e no plano de negócios. Defina o ramo de atividade que deseja atuar; ofereça uma diferenciação, o cliente precisa ter uma motivação para escolher você; escalar e identificar quais ações pode tomar para atender o mercado; conversar com especialistas, como o Sebrae por exemplo.

@marciamacedostos

terça-feira, 13 de setembro de 2022

Viajar é viver

Viajar é trocar a roupa da alma! Se existe coisa melhor do que viajar, eu desconheço. Não há nada melhor do que conhecer lugares, descobrir histórias e aprimorar o conhecimento, aliás, está ai a única coisa que ninguém será capaz de tirar de nós: o aprendizado. E vamos combinar? Nada melhor do que aprender vivendo. Viajar ajuda a abrir a mente e ampliar os horizontes, ensina muito mais do que qualquer escola. Na prática, é possível aprender história, geografia, outras línguas no caso de viagens internacionais e o mais importante de tudo, nos tornamos mais humanos.

A vida é curta e o mundo é grande. (Arquivo pessoal)

Gosto de visitar belezas naturais, lugares que possuem uma natureza estonteante e regiões históricas com construções antigas e significativas. Quem dera eu pudesse viajar mais, pois faço bem menos do que gostaria. Viagens internacionais me provocam desejo, acompanho muito quem faz turismo por esse mundo afora, só que, conhecer mais o Brasil é o meu sonho de consumo. Deus me permita realizar esse sonho! É importante partir para uma viagem de coração aberto, disponível para se surpreender e disposto a absorver e respeitar as singularidades de cada lugar.

Viajar enriquece a alma e o coração! Em cada viagem que faço, procuro encarar como uma oportunidade de voltar diferente e tento conquistar coisas boas, compreender culturas e costumes para elevar a minha compreensão sobre o mundo. Todo esse aprendizado me faz crescer e desenvolver novas habilidades. Afinal, investir em experiências é melhor do que em coisas. Ser é muito melhor do ter! Sair da zona de conforto te faz querer se desafiar cada vez mais, mas, para isso é necessário se despir de todo preconceito e julgamento, e se vestir genuinamente de respeito.

Podemos trazer muitos benefícios para o corpo, a mente e as emoções quando viajamos, por exemplo: recarrega as energias, refresca as ideias e melhora muito a saúde. Isso eu posso garantir, e olha que eu não viajo tanto quanto gostaria, infelizmente. Mas, se a gente tiver um espírito curioso (no bom sentido da palavra), aventureiro e desbravador, em qualquer lugar que for, seremos capazes de descobrir coisas novas e enxergar o belo na simplicidade. Você pode visitar um lugar por várias vezes, nem precisa ser longe, mas em todas elas vai encontrar novidades.

Viajar nos faz viver mais e melhor; ajuda a relaxar e a manter a mente e o corpo saudáveis; a gastronomia pode ser um presente para o organismo; aumenta a capacidade cognitiva; auxilia a saúde mental e física; desenvolve novas habilidades; diminui o risco de um ataque cardíaco; melhora a autoestima; possibilita uma fuga sadia da realidade; promove o autoconhecimento e o amor próprio; reduz bastante o estresse e a ansiedade; renova o ânimo... Tudo isso nos faz estimular em nós o hormônio da felicidade e do bem-estar.

São muitas as vantagens que podemos ter quando decidimos aproveitar, no real sentido da palavra, uma viagem para o campo ou a cidade, perto ou longe, cara ou barata. Os neurotransmissores aumentam a produção de substâncias ligadas ao prazer, como dopamina, endorfina, ocitocina e serotonina. Então abra o coração, enxergue com os olhos da alma a beleza de cada lugar que visita, mesmo que seja um passeio pela sua própria cidade, conheça a história da região onde mora. Acredite, é enriquecedor e a beleza está nos olhos de quem vê! Eu sigo praticando.

@marciamacedostos

terça-feira, 3 de maio de 2022

Amizade

Amizade é a relação afetiva entre as pessoas, é uma das coisas mais importantes da vida e não existe nada melhor do que estar entre amigos. É compartilhar alegrias e tristezas, sucessos e fracassos, expectativas e desilusões. Um amigo de verdade não precisa, necessariamente, estar perto o tempo todo, é essencial estar junto no lado de dentro. É você saber que pode contar, independente de qualquer coisa. Amizade é um relacionamento onde os indivíduos têm afeto e carinho por outros indivíduos, envolvendo um sentimento de lealdade e proteção. Amigo é aquele que consola sem dizer uma palavra, porque um abraço, um olhar e a presença já dizem tudo.

A amizade alimenta a nossa alma. (Reprodução internet)

Uma relação amigável pode existir entre os mais diferentes vínculos: homens e mulheres, pais e filhos, irmãos, casal, parentes e qualquer diversidade. Existem momentos na vida em que a ausência de um amigo abala a estrutura, é algo que às vezes chega a doer. Amizade é um vínculo afetuoso que, a princípio, não apresenta características romântico-sexuais entre pessoas. Trata-se de uma afinidade humana que compreende o conhecimento mútuo e a simpatia pelo outro, possuindo também características como fidelidade, respeito e abnegação. A amizade nos torna pessoas melhores, simplesmente por nos fazer mais conscientes com o outro.

Nós conseguimos nos encontrar dentro de uma amizade e nesse lugar nos tornamos mais responsáveis e solidários. Só um verdadeiro amigo é capaz de te resgatar do mais vazio dos dias, te colocar para cima e te impulsionar para frente, além de se preocupar com a sua evolução e o seu crescimento pessoal. Amizade é enxergar no outro a oportunidade e o desejo de estar junto para o que der e vier. É reciprocidade, e talvez seja por isso que ela seja a mais importante das relações, somente pelo fato de estar presente em todos os relacionamentos. Em todo tipo de convivência é imprescindível ter amizade e respeito, para que se mantenha saudável.

As relações humanas são muito complexas e encontrar um amigo não é tarefa fácil. Em uma amizade é importante existir confiança e a vontade de compartilhar a história de vida, que envolve capítulos com roteiros variados e uma narrativa nada linear. Precisamos estar dispostos para viver a experiência de se conectar com profundidade e positividade, mostrando a essência das emoções e gerando confiança e intimidade. Amigos dividem aprendizados, dores, histórias, memórias, opiniões, problemas, risadas, segredos, silêncios, ajudam a desembaraçar qualquer nó e acima de tudo contribui com o nosso bem-estar, respeitando sempre as diferenças.

Manter uma amizade exige cuidado, precisa dedicar tempo e interesse, dar atenção e carinho. Assim como uma planta necessita ser regada para se manter viva, a relação entre amigos precisa ser cultivada para continuar vigorosa. A amizade entre duas ou mais pessoas surge da empatia, mas ela só sobrevive de reciprocidade. É fundamental que exista solidariedade, por ser considerada como um dos ativadores mentais mais importantes que existe, baseada na capacidade prática de trocar experiências e no ato de dar e receber. Reciprocidade é a sensação maravilhosa de gratidão transbordante e para desenvolvê-la, a regra é simples e clara: trate as pessoas como você gostaria de ser tratado.

@marciamacedostos

terça-feira, 26 de abril de 2022

Carnaval

Depois da interrupção de pouco mais de dois anos, por causa da Pandemia de Covid-19, o carnaval voltou a animar seus adeptos pelo Brasil afora. A festa foi realizada fora de sua data oficial, mas não deixou de acontecer. A ausência da festividade impactou intensamente a economia do país e muitos profissionais perderam a sua principal fonte de renda, principalmente nos setores de eventos e turismo. A maioria das capitais brasileiras suspendeu ou adiou o carnaval de 2022, São Paulo e Rio de Janeiro remarcaram os desfiles das escolas de samba para o feriado de Tiradentes e Salvador realizou um evento privado intitulado de “carnasal” no mesmo feriado.

Pierrô, Arlequim e Colombina são figuras representativas do carnaval. (Reprodução internet)

Carnaval é um festival do Cristianismo Ocidental que acontece antes da estação litúrgica da quaresma - antecedendo a páscoa cristã, os principais festejos acontecem tradicionalmente no decorrer do mês de fevereiro e início de março, quando ocorre o período denominado historicamente de pré-quaresma. As festas carnavalescas acabam na quarta-feira de cinzas quando se inicia a quaresma e conta-se quarenta dias até a sexta-feira santa, dois dias antes do domingo de páscoa. O carnaval é adaptado conforme a história e a cultura da região em que é comemorado, com bailes de máscaras e fantasias, desfiles de blocos, escolas de samba e trios elétricos.

A comemoração do carnaval iniciou há muitos anos, especialmente no sul da Europa, entre integrantes do Catolicismo. A festa era pagã, contrariando as normas propagadas pela religião. Conforme estudos, a palavra “carnaval” é originada dos termos latinos: “carne levare” - “para retirar a carne”, “carna vale” - “adeus à carne”. A definição está relacionada com o período da quaresma, quando os católicos dispensam determinados tipos de comidas e bebidas, além de alguns prazeres considerados mundanos. Assim sendo, um dia antes da quarta-feira de cinzas, alguns católicos faziam festas e aproveitavam para comer muita carne, porque a partir do dia seguinte, não poderiam comê-la até o fim da quaresma.

A celebração do carnaval pode estar associada a alguns festejos de origem greco-romana, oferecidos ao deus do vinho - Baco, ou Dionísio para os gregos. Nessas festas, as pessoas se embriagavam e comiam muito, se entregando aos prazeres da carne. Posteriormente, os eventos carnavalescos seguiram acontecendo de maneira exagerada e a partir do século VIII quando foi criada a quaresma, a igreja católica definiu que o carnaval seria realizado antes desse ciclo, para que os excessos pudessem ser cometidos. A data do carnaval é determinada mediante o critério usado para estabelecer a data da páscoa, criado durante o Concílio de Niceia, no ano de 325 depois de Cristo.

No Brasil, o carnaval já faz parte da identidade nacional, trata-se da maior festa popular do país, além de ser o mais famoso e conhecido mundialmente. Enraizado na cultura brasileira, o carnaval é celebrado de diferentes maneiras, em todos os cantos da nação. Em Salvador - BA acontece o maior carnaval de rua do mundo, os trios elétricos conduzem os foliões, que dançam horas a fio sem cansar; no Rio de Janeiro - RJ e em São Paulo - SP, os desfiles das escolas de samba dão tom, além dos blocos de rua que incrementam a festa; Recife - PE chama atenção com seu frevo e Olinda - PE traz o maracatu e cidades do estado de Minas Gerais juntam milhares de foliões para curtir os famosos carnavais de rua. 

@marciamacedostos

terça-feira, 19 de abril de 2022

Páscoa

A páscoa cristã tem origem judaica e sua celebração no mundo ocidental teve influências de elementos da cultura pagã e dos povos germânicos. Trata-se de uma das festas mais tradicionais do calendário cristão e suas origens são baseadas na tradição judaica. A comemoração da páscoa não possui uma data fixa e a sua definição cristã revive a crucificação de Jesus Cristo na Cruz do Calvário e a sua ressurreição no terceiro dia, mas que antes disso sofreu muito, pois foi maltratado, humilhado e torturado. A palavra “páscoa” em português é originada do termo em hebraico “pessach”.

Foi um sacrifício de amor, o de Jesus Cristo por nós. (Reprodução internet)

A páscoa judaica é baseada na pessach, que significa “passagem” em hebraico. É uma celebração de costume judaico que recorda a libertação do povo hebreu da escravidão no Egito. Os hebreus comemoravam a páscoa em um período próximo do início da primavera. De acordo com a tradição judaica essa é uma festividade em referência à libertação da escravidão nas terras egípcias, uma ordem dada por Deus a Moisés, que anunciou ao povo hebraico. Apesar de o Cristianismo ter surgido do Judaísmo, para os cristãos, a páscoa possui um sentido diferente, pois recorda os três dias da morte até a ressurreição de Jesus.

Para aqueles de cristã, a ressurreição de Jesus Cristo é um de seus principais fundamentos, o que coloca a solenidade da páscoa com significativa importância no calendário religioso. Jesus Cristo que é considerado o Cordeiro de Deus, se entregou em sacrifício, com objetivo de salvar a humanidade do pecado e por isso foi crucificado e morto, mas após três dias ressuscitou. De acordo com pesquisadores, a crucificação e a ressurreição de Jesus Cristo aconteceram justamente no período de realização da festividade judaica, criando assim um paralelo entre as duas celebrações.

No Catolicismo, a páscoa encerra a Quaresma - um ciclo de quarenta dias marcado por jejuns. Na última semana da Quaresma, também conhecida como Semana Santa, que começa no Domingo de Ramos - simboliza a entrada de Jesus em Jerusalém; passa pela Sexta-feira da Paixão - faz alusão à morte de Jesus na cruz; e é concluída no Domingo de Páscoa - celebra a ressurreição de Jesus. A igreja constituiu a data da páscoa no decorrer do Concílio de Niceia (325 d. C.), foi definido que a primeira lua cheia depois do equinócio de primavera seria a data para começar o festejo da páscoa. No hemisfério sul essa comemoração acontece no outono.

No hemisfério norte, a páscoa se associa às tradições pagãs e alguns historiadores relacionam a mesma com o culto à deusa germânica Eostern, também conhecida como Ostara. As festividades para essa deusa que ocorriam entre os povos germânicos e os povos celtas eram realizadas no mesmo período da festa cristã. Com esses povos cristianizados, a tradicional festa pagã se uniu com a celebração cristã. Os símbolos da páscoa: o coelho e os ovos, também são considerados elementos pagãos. Na antiguidade, os povos consideravam os coelhos e os ovos como símbolos da fertilidade.

Conforme os povos antigos iam sendo cristianizados, esses elementos simbólicos foram sendo absorvidos pela festa cristã. Segundo estudiosos, a tradicional brincadeira de enfeitar os ovos e escondê-los chegou ao continente americano no século XVIII, através dos imigrantes alemães. Para além de todas essas definições, a páscoa deve ser um momento de união com Deus, é quando devemos pedir perdão pelos pecados e refletir sobre a vida. O verdadeiro significado da páscoa está no renascimento de Jesus Cristo, que detêm o poder da renovação e a capacidade de restauração de todos os corações.

@marciamacedostos

terça-feira, 12 de abril de 2022

Solidão

Sobreviver sem sentir solidão, ou sem o sofrimento que advém dela é um mito que engana muita gente. Métodos não faltam, prometendo ensinar como não sofrer sozinho esse “mal”. Entre as fórmulas mais comuns, estão aquelas que ajudam a atingir o ápice, sem que tenhamos qualquer esforço e muito menos que seja preciso sair de casa, como os antidepressivos e as satisfações oferecidas através da tecnologia e das redes sociais. O nosso histórico cultural indica que a solidão é um monstro voraz que no arrasta para o abismo profundo. Aprendemos que, estar sozinho nos provoca ansiedade, angústia e posteriormente até uma depressão.

Às vezes você tem que levantar sozinho e seguir em frente... (Reprodução internet)

Geralmente, as pessoas solitárias são consideradas uns indivíduos instáveis e desequilibrados. Pessoas sozinhas costumam não gostar do espelho, nem de ver a própria imagem refletida nele, sempre estão com rádio e/ou televisão ligados, perdem muito tempo conectados à internet, quando não procuram anestesiar a solidão com algum subterfúgio. Eles sempre estão em busca de algum tipo de companhia que proporcione o alívio de suas próprias emoções e percepções. O encontro com a solidão é o primeiro, mais real e verdadeiro que somos capazes de vivenciar em toda nossa existência, trata-se do vínculo com o outro ser que habita em nós.

A solidão é um estado de independência, quando você olha para si mesmo com estranhamento e coloca esse sentimento na frente do relacionamento com as outras pessoas. Esse é um lugar em que a gente vai de encontro com o pior que há dentro de nós, aquele “eu” que costumamos menosprezar e que desejaríamos que não existisse. Porém, esse também é um lugar em que ficamos cara a cara com o melhor de nós mesmos, onde conseguimos visualizar aquilo que nos conduz, que nos dá alegria e prazer, que promove o autoconhecimento. Apesar de todas as adversidades da vida, cada um sabe a dor e a delícia de ser quem é.

Nós precisamos superar as convenções sociais e desconsiderar a pressão coletiva, que atestam que devemos estar sempre acompanhados. Ocasionalmente, devemos admitir que a solidão é um estímulo, afinal esse é o único lugar em que podemos estar em companhia de nós mesmos, na mais perfeita plenitude. Mas, esse não precisa ser considerado um cenário negativo, pois, ser sozinho é ter a solidão como aliada. Sentir a solitude é passar alguns momentos só e não sofrer por causa disso, além de apreciar a própria companhia. São situações totalmente diferentes que apresentam diversas consequências inesperadas.

Para escapar da solidão, é possível começar estimulando pequenas doses de si mesmo, reservar um tempinho para ficar com os próprios pensamentos, escrever sobre o que sente, analisando as atitudes e os comportamentos que admira, mesmo aqueles que sejam incoerentes. Depois, é bom ler tudo que escreveu, escutando a própria voz. Se esse exercício provocar alguma tristeza com uma parte desfavorável de sim mesmo, é perfeitamente normal, ganhamos um forte aliado no desenvolvimento da inteligência emocional. Essa jornada em direção ao profundo de nossa alma pode causar perturbação em quem não está acostumado a praticar, com o tempo melhora.

Cada indivíduo é diferente, alguns se sentem energizados após alguns momentos sozinhos, enquanto outros, não conseguem ficar sem estar em companhia de outras pessoas. É necessário ter sabedoria para ambicionar o que precisa, e ser generoso consigo mesmo, afinal só nós mesmos temos acesso às fontes de elementos que dão sentido às nossas vidas. Se o processo se apresentar muito difícil, é interessante buscar ajuda de um amigo, um familiar ou então, de um profissional habilitado. Existem vários roteiros para nos tornarmos senhores e senhoras do nosso próprio destino. Levante e comece a caminhada!

@marciamacedostos

terça-feira, 5 de abril de 2022

Fofoca

É tão difícil lidar com fofocas. Algumas vezes a fofoca não passa de fuxico, mexerico, boato ou falatório, algo que não causa maiores danos. Mas, há vezes que a coisa pode ficar séria e provocar especulação, difamação, intriga e calúnia, nesses casos o estrago toma proporções inimagináveis. A fofoca não representa apenas a atitude de fazer afirmações baseadas em fatos que não são reais, embasadas na especulação da vida alheia, além da divulgação de fatos da vida de outras pessoas sem o consentimento das mesmas, independente de que seja na intenção de desonrar ou simplesmente de fazer um comentário maldoso.

A boca que trás uma fofoca é a mesma que leva um comentário. (Reprodução internet)

O costume de falar da vida dos outros diz mais sobre quem fala do que de quem é falado. Fazer fofoca é um hábito que está socialmente enraizado em praticamente todas as culturas, afinal de contas, nós somos curiosos por natureza. Os fatores que envolvem essas questões evidenciam muito a respeito do caráter e da personalidade de um indivíduo, está relacionado até com o andamento da vida particular dessa pessoa. Dificilmente, o ato de fofocar possui um viés positivo. Criar confabulações, especulações, maledicência a até divulgar a intimidade dos outros podem provocar grandes males, pois a maioria das fofocas são tóxicas e desrespeitosas.

Geralmente, as informações passadas através de uma fofoca não correspondem à realidade, o assunto que se propaga sofre modificações e chega aos ouvidos alheios de maneira deturpada. Os fofoqueiros de plantão costumam ter baixa autoestima e possuem uma grande necessidade de chamar atenção. São pessoas agressivas, carentes, imaturas e inseguras, com a saúde mental prejudicada e por isso, fazem da fofoca um meio de atrair as atenções. Uma característica grave que um fofoqueiro pode ter é a inveja, mas normalmente, acontece de forma inconsciente, ele desqualifica o outro para provar que é uma pessoa muito melhor.

Além de uma fofoca ser repleta de julgamentos, ainda externa os valores e preconceitos que o fofoqueiro traz dentro de si, sendo uma maneira de reproduzir e fortalecer seu círculo de convivência. Há quem diga que os fuxicos ajudam as pessoas a regularem o estresse e a fiscalizar o mau comportamento alheio. Trata-se de uma estrutura perversa que prejudica a sociedade por ser uma espécie de desmoralização social, o uso indiscriminado das redes sociais e as fake news são a prova disso. A prática de fofocar reflete problemas emocionais caracterizados por ansiedade e frustração, e nesses casos, a fofoca demonstra um mundo interno doente.

Muitas vezes o fofoqueiro precisa de ajuda para distinguir o mundo real do mundo imaginário, pois em algumas situações, a fofoca é motivada por fantasias. Agora, se não há a intenção de prejudicar alguém ou está conectada com a necessidade de contar histórias, não existe nada de mau nisso, a fofoca pode sim, ser positiva. Outra vantagem é usar essa prática como um impulsionador, para tomar consciência da própria existência e fazer um exercício honesto de autoconhecimento. Quando a pessoa faz isso, acaba se isentando de prestar atenção naquilo que precisa ser melhorado em si mesmo.

Refletir sobre o assunto não é agradável, provoca sofrimento e para fugir disso o indivíduo fala mal do outro. Com isso, um alívio momentâneo é experimentado, pois a dificuldade dessa pessoa permanece apenas dentro dela, daí a necessidade de criar fofocas como estratégia de fuga. Compreender essa atitude e seus mecanismos ajuda numa reflexão melhor de si mesmo, tem casos que psicoterapia pode ajudar para reforçar a autoestima. Ocupar-se com a vida dos outros parece coisa de quem não consegue ter uma existência plena, mas, quando a pessoa se aceita como é, se sente bem em ser quem é, e é seguro de si mesmo, com certeza, vai se preocupar menos com a vida alheia.

@marciamacedostos

Velha não, experiente!

Muito tempo sem postar por aqui e nesse período muita coisa aconteceu, algumas boas outras ruins, nada fora do normal, são apenas as conseq...