Manter a autoestima elevada em tempos de tantos modelos padronizados de beleza, é complicado. A beleza é relativa e está nos olhos de quem vê. Será? A autoestima compreende a avaliação subjetiva que o indivíduo faz de si mesmo, podendo ser profundamente positivo ou negativo em algum grau. Somos bombardeados o tempo todo, por tratamentos milagrosos, produtos e até intervenções cirúrgicas que nos prometem a perfeição. Toda essa pressão acaba nos deixando insatisfeitos com o nosso próprio corpo e buscando sempre atingir um nível maior de satisfação.
Vivemos
numa eterna busca para atingir uma boa medida de autoestima, autoconfiança e
autoconhecimento, isso inevitavelmente, acaba interferindo rigorosamente na
forma como vamos agir, pensar e nos comportar diariamente. O fato é que, a
autoestima é uma característica essencial para a manutenção do bem-estar
emocional. Ela é formada através das experiências pessoais, de comportamentos,
crenças, da autoimagem e da imagem que as outras pessoas têm sobre nós. Segundo
especialistas, a autoestima está diretamente relacionada ao desenvolvimento do
ego.
A
autoestima é estabelecida com base nas experiências do passado, na influência e
nos comportamentos da atualidade, que sentencia como será o futuro. Trata-se do
brio, um valor atribuído a si próprio, sendo uma avaliação física e mental, sem
falar do quesito aceitação, que reverbera no equilíbrio emocional e nas nossas
condutas diárias. De acordo com psicoterapia, a autoestima possui quatro
pilares estabelecidos, são eles: a autoaceitação e a autoconfiança - que representam
a dimensão intrapessoal, e a competência social e rede social - que representam
a dimensão interpessoal.
Se
você tem: competitividade em excesso; dificuldade para aceitar as próprias
limitações; dificuldade para reconhecer as próprias conquistas e vitórias; falta
de confiança em si mesmo; hábito de se comparar com outras pessoas; intolerância
às críticas; medo da rejeição; necessidade de inferiorizar as pessoas; perfeccionismo;
sensação de incapacidade; tendência a procrastinação e preguiça; timidez em
excesso, preocupe-se, pois esses são sintomas claros de uma baixo autoestima.
Ela pode prejudicar o desenvolvimento pessoal e profissional de qualquer
indivíduo.
A
baixa autoestima pode provocar transtornos como compulsão alimentar, anorexia,
bulimia e obesidade, além disso, a pessoa que sofre desse mal pode desenvolver
também, a dificuldade em dizer “não”. O desejo de agradar os outros sempre, de
ser amado, de conseguir pertencer a um grupo específico e a dificuldade de
dizer “não”, podem fomentar vários sentimentos negativos. Essa pessoa acaba sendo
tomada pelo crescimento do sentimento de raiva e cada “sim” que ela fala para o
outro, é um “não” que ela fala para si mesma.
Está
passando por esse processo complicado? Então, o exercício para melhorar a
autoestima é: admirar as próprias qualidades, focar no autoconhecimento, fortalecer
o amor próprio, investir na saúde mental, emocional e física, não buscar pela
perfeição, não se comparar aos outros e ser realista em relação às próprias expectativas.
O indivíduo que possui a autoestima elevada, faz bem a sim mesmo e à todos em
sua volta. A autoestima é um sentimento que nos faz acolher quem somos. Nós precisamos
aceitar a nossa humanidade e isso inclui forças e falhas, inevitavelmente.
Sustentar a autoestima estável está diretamente relacionado com o senso de autopreservação e isso ajuda a reduzir a ansiedade e o estresse. Lição para a vida: seja muito sincero com você mesmo, mas não se cobre tanto; confie em você; cuide-se; encare bem os próprios pontos fracos; enfrente bem a solidão e o desapego; não seja modesto nem arrogante; saiba dizer não; seja seguro de si; tenha facilidade para mudar e tome atitudes. E se você sente que a sua autoestima está baixa, não hesite em procurar ajuda. “Não deixe que o ruído da opinião alheia impeça que você escute a sua voz interior.” (Steve Jobs)