terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Diversidade

Diversidade significa a qualidade de tudo aquilo que é diverso, diferente, dessemelhante e variado, ela representa a multiplicidade. Também pode significar a inexistência de acordo ou divergência. Vai muito além de uma palavra, trata-se de uma atitude. Essa palavra pode ser usada para revelar o processo de inclusão cultural e de gênero na sociedade, na política, nas empresas e nos relacionamentos, mas ela também se refere ao meio ambiente

A inclusão acontece quando se aprende com as diferenças e não com as igualdades. (Reprodução internet)

A sociedade é composta por pessoas de diferentes crenças, etnias, raças, gêneros, histórias, orientações sexuais e etc. Por essa razão, existem várias categorias de diversidade, que podem ser classificadas como: biológica, cultural, étnica, social, entre outras. A diversidade é a união dessas pluralidades, possibilitando uma convivência respeitosa e harmoniosa entre os diferentes.

A diversidade cultural se refere à responsabilidade que nós temos em agregar diferentes indivíduos no ambiente em que estamos e a necessidade de haver união e colaboração para o bem-estar de todos. Já a biodiversidade se refere à responsabilidade que nós temos com a proteção e o cuidado com o meio ambiente, sabendo que, a forma como tratamos desse assunto impacta diretamente no nosso estilo de vida.

Para aceitar a diversidade cultural é necessário ir além de conseguir conviver com diferentes cores, gêneros e orientações sexuais, é preciso aprender a respeitar culturas, ideias e circunstâncias de vida distintas. As sociedades que investem em diversidade, costumam ser mais modernas, revolucionárias e transformadoras, elas se adequam mais rápido às mudanças que acontecem no mundo a todo momento.

A palavra diversidade possui uma dimensão grandiosa e transforma o ser diferente num diferencial competitivo no mundo atual. O Brasil e toda a sua extensão territorial é um país plural em termos de cultura, etnia e religião, mas o que deveria ser sinônimo de diversidade cultural, é na verdade um lugar onde existem atitudes extremas e absurdas por falta de empatia e respeito, repleto de intolerância por todo lado.

Somos diversos, mas apesar disso, estamos longe de ser o mundo ideal quando o assunto é a desigualdade de gênero; a diminuição dos casos de violência contra mulheres, negros e homossexuais e também a integração dos afrodescendentes nos vários campos da sociedade. Há um caminho longo para ser trilhado quanto à consolidação da diversidade cultural no Brasil e para conciliar todas as divergências e tornar o país mais justo, inclusivo e igualitário.

Toda a abundância e riquezas que a natureza nos oferece é denominada como biodiversidade. A fauna e a flora brasileira são riquíssimas e por isso, somos considerados o país da “megadiversidade”, apesar de todo desgaste natural que vem ocorrendo ultimamente. Há uma necessidade urgente de preservar a nossa biodiversidade e repensar sobre as nossas atitudes como agentes modificadores do meio em que vivemos.

É importante estimular o pertencimento, pois pertencer a um determinado grupo e lugar representa um vínculo com a organização na qual se está inserido e isso nos faz sentir acolhidos, é onde podemos ser nós mesmos. Além de tudo, viver e conviver em comunidade é uma necessidade psicológica. Geralmente, esse processo não é simples, pode levar tempo e ser doloroso, mas vamos nos concentrar na diversidade e criar uma cultura inclusiva, com isso o pertencimento pode acontecer naturalmente.

@marciamacedostos

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Por um respiro

Resolvi escrever esse texto para tratar um pouco sobre esse documentário que assisti na plataforma da Globoplay. Por um respiro tocou muito forte em mim e me levou para um lugar muito dolorido, onde me coloquei no lugar das pessoas retratadas ali e me senti muito mal. A gente precisa parar para analisar o quanto é sacrificante estar na posição do internado por causa da Covid-19 e por isso chamar a responsabilidade para nós e assim nos proteger e preservar o outro.

Respira fundo! Pela frente ainda tem muito mundo. (Reprodução internet)

O documentário Por um respiro foi criado e produzido pelo documentarista Nuno Godolphim, direção geral é de Susanna Lira e roteiro de Jorge Pestana, sendo uma produção da Ocean Films. Ele mostrou histórias reais de médicos que estavam na linha de frente no combate à Pandemia e também todo sofrimento e as angústias de pessoas que foram infectadas pelo Coronavírus, que precisaram ficar internadas e em isolamento por muito tempo, além do sofrimento de seus familiares.

A série possui seis episódios e os personagens que apresenta, tanto médicos quanto pacientes, foram diretamente impactados pela Covid-19. Não sei se comoveu outras pessoas, mas foi um gatilho que mexeu muito comigo. Eu parei para pensar no quanto a tentativa desesperada de respirar, sem conseguir, pode provocar agonia e quanto mais desesperada a pessoa fica, menos ela consegue respirar. Só de pensar nisso, senti uma falta de ar momentânea.

Você já experimentou a sensação de falta o ar? Falo daquela coisa simples, quando se está gripado, por exemplo, que a nariz entope e dificulta a puxada de ar para os pulmões. É muito ruim, não é? Eu tenho muito disso, por coisas bobas, eu sinto uma leve falta de ar e geralmente, isso me provoca um desconforto real, que dura apenas segundos, mas são muito ruins. Agora pensa, no dano respiratório que essa doença provoca e no quão doloroso é passar por isso.

Foi exatamente o que aconteceu comigo, eu comecei a pensar nas vezes bobas em que fiquei sem ar e me imaginar estando na situação daqueles pacientes retratados no documentário e de milhões de outros pelo mundo afora, eu senti dor e muita tristeza com isso. Sem falar dos tubos, do quanto a intubação é invasiva. Acho difícil alguém dizer que não conhece ninguém que foi acometido pela Covid-19, ou pior, todo mundo conhece, ao menos de ouvir falar, uma pessoa que morreu por conta dessa doença maldita.

E é exatamente sobre isso, o documentário fala da gravidade dessa Pandemia e sobre a falta de empatia das pessoas, muitas vezes do poder público. Muitos não acreditam no poder letal dela, outros desdenham e debocham quando se fala em usar máscaras e não aglomerar. Enfim, é uma espécie de sirene tocando alto e forte, alertando a população, dizendo que ainda estamos em Pandemia e que, infelizmente, o pior ainda não passou. Eu entendi o recado.

A vacina tá chegando... Graças a Deus! Mas ainda não há doses suficientes para imunizar toda a população brasileira. Os danos na saúde pública, na economia, na educação, na segurança são imensuráveis e ainda existem pessoas que negam toda essa tragédia. Eu não entendo e fico muito triste, imaginando e me questionando: Até onde isso vai? Até quando vamos ter que suportar? Quantos mais, ainda iremos perder? E depois de tudo, como vamos conseguir nos refazer? Todos conseguirão vencer? Não encontro respostas, mas tenho muita de que tudo isso vai melhorar.

@marciamacedostos

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Introdução alimentar

Meu sobrinho Gustavo acabou de completar seis meses e até aqui foi amamentado de forma exclusiva e em livre demanda. A partir de agora ele começa a IA - Introdução Alimentar. Acompanhar de perto todo esse processo é muito novo para mim, porque apesar de também ser mãe, a minha trajetória nessa questão, foi muito diferente, pois não consegui amamentar e tive que introduzir a fórmula bem cedo na vida do meu filho. 

Para uma alimentação saudável, descasque mais e desembale menos. (Arquivo pessoal)

Por motivo de saúde, com dois meses de vida, meu filho precisou de aleitamento materno exclusivo e como eu não produzia leite, ele teve uma ama de leite, que o alimentou por quase um mês. Por todas essas questões, não tivemos um cronograma alimentar tão organizado, onde cada fase é respeitada e levada tão a sério, como está acontecendo com meu sobrinho.

A introdução alimentar é o período em que são introduzidos outros alimentos, além do leite materno, na alimentação dos bebês. Ela é vital para o desenvolvimento saudável do paladar da criança e marca o início de um hábito alimentar diversificado. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde, esse procedimento deve começar no sexto mês de vida.

Até o sexto mês, é recomendável que o aleitamento materno seja exclusivo, não havendo a necessidade de oferecer nenhum outro alimento para o bebê, nem água, já que o leite materno possui todos os nutrientes necessários para a hidratação da criança. A introdução de alimentos na dieta é importante, mas é aconselhável que o leite materno continue sendo ofertado até os dois anos de idade.

Quando a mãe não pode amamentar o filho, como aconteceu comigo, é possível recorrer às fórmulas infantis, mas nessas situações a orientação é buscar ajuda de um médico pediatra para traçar o melhor caminho na nutrição do bebê. A alimentação adicional deve ser incluída de forma branda e gradativa. Algumas crianças estranham no começo e podem recusar determinados alimentos.

A possível recusa é absolutamente natural, por se tratar de uma experiência totalmente nova para os bebês e se eles não aceitarem a oferta de primeira, não precisa forçar, insistir e muito menos agradar. É interessante oferecer novamente o alimento que foi rejeitado em outro momento. Segundo especialistas, é necessário ofertar o alimento entre oito e dez vezes, até que a criança aceite.

Seu bebê irá comer por curiosidade, antes de comer por fome. (Arquivo pessoal)

Pediatras garantem que o ideal é dar uma alimentação bem variada e rica em nutrientes. Esses alimentos podem ser macro como: carboidratos, gorduras e proteínas e micro como: ferro, vitaminas e zinco. Para proporcionar à criança muita energia, proteínas, vitaminas e sais minerais importantes para um crescimento saudável, é necessário reunir representantes dos quatro principais grupos alimentares: frutas e hortaliças; cereais e tubérculos; carnes e ovos; grãos.

Alimentos como ovos, peixes e glúten devem ser introduzidos na alimentação do bebê, para gerar a tolerância e evitar possíveis alergias. A consistência da comida deve ser pastosa e se solidificar gradualmente. Não é recomendável bater os alimentos no liquidificador e nem misturar os grupos, é interessante que o bebê possa experimentar diferentes texturas e sabores e que também aprenda a mastigar. É indispensável distinguir o gosto dos alimentos e os movimentos da mastigação.

Evitar produtos como balas, café, congelados, enlatados, frituras, processados, refrigerantes, salgadinhos, salsicha e açúcar adicionado nos alimentos, é importante pelo menos até dois anos de idade, prefira os alimentos frescos. O uso do sal deve ser bem moderado e os temperos precisam ser leves. Na necessidade de utilizar óleo, é aconselhável que seja em pequena quantidade e usar óleos vegetais, como: canola, milho ou soja.

Por último e não menos importante, sempre ofereça água filtrada e fervida nos intervalos das refeições. É fundamental manter a disciplina na hora das alimentações, um ambiente calmo e tranquilo ajuda a criança a ter uma alimentação melhor, saudável e torna o momento da refeição mais agradável.

@marciamacedostos

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Intolerância

A intolerância é um comportamento mental definido pela ausência de aptidão ou desejo em admitir e respeitar as diversidades entre opiniões e religiões. Se analisada a partir de uma percepção política e social, a intolerância é a falta de interesse e vontade para considerar as pessoas que possuem pensamentos diferentes. O intolerante não tem paciência para ouvir um ponto de vista diferente do seu. 

A intolerância mata, causa dor e sofrimento, torna o ser desumano. (Reprodução internet)

Para haver harmonia no convívio em uma sociedade democrática, é necessário trabalhar a aceitação para aquilo que não se quer e ter serenidade para ouvir as opiniões que divergem das nossas. A intolerância está cada vez mais enraizada entre os povos e provocando o enfraquecimento de valores importantes como o amor e o respeito ao próximo.

Conviver com as diferenças não é algo simples e fácil, somos seres humanos diversos, com convicções, pontos de vista, credos, crenças e com particularidades específicas. Por causa dessas diferenças, ocorrem com frequência uma falta de educação social e casos de desrespeito e intolerância, por conta de conceito político, nacionalidade e naturalidade, orientação sexual, raça, religião, etc.

Geralmente, as demonstrações intolerantes promovem violências, algumas delas com absurdas proporções, a exemplo do Holocausto, uma das maiores tragédias da raça humana, que ocorreu na Alemanha durante o Nazismo. Desde que o mundo é mundo a intolerância sempre existiu, muitos impérios foram construídos em cima de muita brutalidade e extermínios de populações inteiras. O regime de colonização também se originou através de muita perseguição e crueldade, além da crença na superioridade racial que resultou na escravidão.

Como medida de prevenção contra barbáries, como as que aconteceram na Segunda Guerra Mundial, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH). O documento estabelece os direitos fundamentais dos seres humanos, sem discriminação de classe social, cor, língua, nacionalidade, opinião, raça ou sexo.

De acordo com estudiosos, existem três principais motivações para práticas intolerantes: crises políticas e econômicas - que fortalecem grupos políticos que defendem condutas intolerantes; individualismo e imediatismo - as pessoas não pensam no coletivo e não aceitam pontos de vista diferentes; isolamento e cultura do medo - a dificuldade de admitir quem não é semelhante, provoca a segregação de grupos.

A intolerância nas redes sociais promove vários conflitos sociais e pessoais e é um ponto que merece atenção, pois os intolerantes acham que a internet é terra de ninguém e que podem se comportar de uma forma absurda e intransigente. Intolerância religiosa, homofobia, misoginia, racismo, xenofobia são alguns exemplos de práticas intolerantes que crescem no Brasil e no mundo, apesar de tão amplamente combatidas.

Para alcançarmos uma sociedade mais justa e saudável, é necessário identificar e eliminar os comportamentos intolerantes. Não existe a mínima possibilidade de que as pessoas compartilhem sempre da mesma crença, opinião, origem ou classe social, a sociedade é diversificada e para ser de fato uma democracia é imprescindível que haja empatia e respeito.

Com a frequência dos conflitos humanos e sociais, praticar a tolerância se tornou um recurso vital para sobrevivência. A tolerância possibilita uma espécie de escudo de preservação da nossa saúde mental e física. Uma pessoa tolerante tem a inteligência emocional e mental muito bem desenvolvidas e busca sempre ser mais evoluída e compreensiva com aquilo que é avesso à sua realidade.

@marciamacedostos

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Ingratidão

Entre as muitas características ruins que pessoas podem ter comigo e que me incomodam demais está a ingratidão. Não existe coisa pior do que você se dedicar, dar o seu melhor, seja uma atitude ou algo palpável, para um ingrato que não sabe reconhecer, nem dar o devido valor para aquilo que recebeu. Ingratidão é uma particularidade do indivíduo que não admite o bem, a ajuda que lhe foi ofertado. 

A ingratidão mata qualquer sentimento, por mais forte que ele seja. (Reprodução internet)

Ingratidão pode ser considerada como uma ausência de afeto e é observada de duas maneiras distintas: uma por meio da insatisfação que o indivíduo tem com a própria vida e a outra por intermédio da insatisfação que o indivíduo tem com outras pessoas. Os cidadãos que realmente são gratos, no geral são criaturas competentes e que têm muita força de vontade, nunca são indiferentes ou ingênuos.

Gratidão é uma palavra que ficou bastante banalizada, muitos não conhecem seu significado e usam indiscriminadamente, sem valorizar o que realmente importa. Trata-se de uma qualidade moral, uma postura assertiva, saudável e pertinente para o desenvolvimento do ser humano, sendo um bem muito aclamado em todos os povos e todas as culturas. É uma força pessoal e está embutida no reconhecimento que temos para com alguém.

De acordo com algumas pesquisas, as pessoas agradecidas são mais agradáveis, aprazíveis e satisfeitas. Aqueles que convivem com indivíduos assim, consideram que eles são mais confiantes, comunicativos, sinceros e sociáveis. Especialistas do mundo todo concordam que a ingratidão é a atitude mais anormal, angustiante e perversa do comportamento humano.

O ingrato não reconhece quando fazemos algo por ele. Ao contrário disso, quando ele atinge o seu objetivo e consegue aquilo que almeja, demonstra um interesse absurdo de eliminar de sua história a parte que comprova a nossa ajuda quando mais necessitou. Assim ele finge que ninguém lhe deu auxílio para atingir o sucesso. Frequentemente, o ingrato não compreende sua natureza ingrata e segue a vida praticando ingratidão.

A ingratidão é um dos principais motivos que fazem as pessoas odiarem umas às outras, pelo fato de não terem reconhecimento, nem a devida valorização por seus empenhos e esforços. Os ingratos não costumam dizer “obrigado” e são incapazes de admitir que precisaram de outras pessoas e que elas se dedicaram e gastaram suas energias para lhes dar amparo e apoio.

Existem várias consequências negativas que a ingratidão pode provocar. Ela ocasiona uma enorme dor emocional e psicológica em quem lida com o ingrato, além de deixar a autoestima bem abalada. O indivíduo se sente arrasado, usado, desrespeitado e sem valor nenhum para o outro. Isso traz muito sofrimento e faz com que ele perca o interesse e a motivação para ajudar e apoiar novamente.

Ingratidão pode acontecer tanto no âmbito pessoal quanto profissional. Se um trabalhador não tem reconhecimento, acaba perdendo a motivação e o entusiasmo, a mesma coisa acontece quando o gestor demonstra gratidão ao seu funcionário e o mesmo não dá importância. Isso acaba promovendo um círculo vicioso onde o colaborador não faz porque não é reconhecido e o líder não valoriza porque a pessoa é ingrata. Assim se rompe o contrato psicológico, promovendo sérias consequências.

A prática excessiva da gratidão também pode ser prejudicial, ou seja, assim como a ingratidão é um problema muito sério, o agradecimento exagerado também é e pode provocar incômodo. É necessário ter muito cuidado para não soar falso e parecer caricato. Precisamos entender e nos colocar na perspectiva do outro e manifestar gratidão na medida certa. Agradecer quando alguém nos faz algo de bom é importante, nos faz um bem enorme e facilita o convívio social.

@marciamacedostos

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Relacionamento tóxico

O assunto de hoje é muito sério e precisamos falar mais sobre ele. O relacionamento tóxico é caracterizado pela vontade de controlar o outro pelo simples desejo de manter o domínio, isso dá uma falsa impressão de que se tem aquela pessoa somente para si. Trata-se de um comportamento que se manifesta devagar, aos poucos e de forma sutil, mas que geralmente, passa dos limites e provoca muita tristeza e sofrimento. 

Na relação tóxica tem: críticas, isolamento, a autoestima acaba e suas virtudes viram defeitos. (Reprodução internet)

Não é nada fácil conseguir se libertar de um relacionamento tóxico, mas isso é fundamental, pois ele pode provocar sérios prejuízos para a pessoa que ocupa o lado mais frágil da relação. Quem está nesse tipo de relacionamento, se sente muito mal, presa àquela situação e não visualiza possibilidades de crescimento pessoal. Geralmente, esse cenário se restringe ao campo psicológico.

Esse relacionamento pode ocorrer em qualquer tipo de vínculo, seja ele amoroso, familiar, de amizade ou até mesmo no ambiente profissional, mas é muito comum acontecer na relação amorosa. Normalmente, o indivíduo tóxico não percebe que está tendo essa conduta, é uma pessoa que está de mal com a vida, mas não tem uma intenção clara e definida de machucar e ferir a outra pessoa.

O indivíduo que possui um perfil tóxico costuma reclamar de tudo e de todos, gosta de criticar e julgar os outros com frequência. Além disso, ele suga a energia do outro e como na maioria das vezes, não percebe o que está fazendo, acaba ficando chocado quando é confrontado sobre o assunto e não acredita que provoca tanto desconforto na vida da outra pessoa.

Qualquer pessoa pode desenvolver um ou vários tipos de comportamentos tóxicos, mas esse fato em si não transforma, necessariamente, uma relação em um relacionamento tóxico. De acordo com especialistas, isso só ocorre quando há consistência, dano e intensidade. Na relação tóxica existe muito ciúme, excessiva cobrança e falta de liberdade. A vítima fica dependente e acaba se acostumando com a situação.

Não visualizamos as características nocivas de uma pessoa, quando começamos um envolvimento com ela e isso acontece porque ignoramos os sinais que são apresentados desde o começo, pelo fato de existir uma ligação emocional. Com o passar do tempo, quando diminui o encantamento, é possível perceber os indícios claros de uma relação tóxica.

Mesmo diante de vários indicativos de que a relação não está fazendo bem e nem promovendo um sentimento real de felicidade, a pessoa pode se sentir presa nesse relacionamento. Existem vários sinais que indicam que você pode estar vivendo um relacionamento tóxico, é necessário estar atento aos indícios e procurar ajuda, antes que algo pior possa acontecer.

Se na sua relação, a culpa de tudo é sempre sua; o outro não apoia suas metas e escolhas de vida; a relação traz à tona suas piores características; tem acúmulo de chateações; há críticas desmedidas; a energia é negativa; existem suspeitas o tempo todo; há ameaças frequentes de término do relacionamento; há dependência; há uma constante luta pelo poder; ocorrem crises frequentes de ciúmes; quando estão juntos você “pisa em ovos”; você não é você mesmo; você não se sente feliz; você não visualiza um futuro para relação... Sinto muito! Mas provavelmente, o seu relacionamento é tóxico.

A cura de um relacionamento tóxico não é uma tarefa fácil, nem simples. A atitude mais comum de quem está nessa situação é a negação, a pessoa não enxerga o quanto é doentio persistir em algo prejudicial à saúde mental, emocional e física. Para se livrar da relação nociva, a primeira iniciativa é trabalhar a aceitação e estabelecer uma rede de apoio, com pessoas dispostas a ajudar.

É importante investir no autoconhecimento, para entender os motivos que te fazem estar numa relação doente, praticar a autoconfiança e a autoestima. Procurar ajuda profissional é interessante, pois ele pode te orientar a ressignificar a experiência ruim que viveu e a se fortalecer para ter uma relação saudável. Se valorize e não aceite menos do que você merece.

@marciamacedostos

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Meu amigo cão

Depois de um 2020 bem difícil e desafiador, que testou todos os meus limites, mas também me trouxe bastante aprendizado, além de alguns “poucos” cabelos brancos, que eu odeio. Decidi que o primeiro texto de 2021 precisava ser leve e revelar a mais pura expressão do amor. A convivência com os animais só traz benefícios para a vida e até para autoestima dos seres humanos. Trata-se de uma conexão muito forte.

Lion - Eles já nascem sabendo amar, de um jeito que nunca iremos aprender. (Arquivo pessoal)

A minha relação com os animais sempre foi de muita proximidade e os cães são meus companheiros de uma vida toda. Apesar de me encantar por todas as espécies de bichos, os cachorros sempre foram figuras cativas por aqui, perdi as contas de quantos deles a minha família já teve. Convivi com muitas raças e portes diferentes, e todos eles ocupam um lugar bem especial no meu coração.

Os animais proporcionam companhia e muito afeto para os seres humanos e de acordo com os especialistas, cuidar de um animal também pode beneficiar a saúde dos indivíduos. Eles podem ser utilizados em terapias de crianças e idosos, os resultados favoráveis, são comprovados pela Ciência. Um animal tem a capacidade de retribuir afeição, carinho e cuidado, que servem de estímulo para as Terapias Assistidas por Animais (TAA).

De acordo com estudos, ter um bicho de estimação pode até reduzir significativamente, os riscos de doenças cardíacas. Além disso, um animalzinho pode ajudar a diminuir o estresse, a fortalecer o sistema imunológico, a ter mais disposição, dá apoio aos diabéticos, a aumentar o nível de concentração, interação social e a expectativa de vida, entre tantos outros benefícios. Cães, gatos, pássaros e até os cavalos (equoterapia) podem ajudar a curar pessoas.

Uma coisa é fato, conviver com os animais traz muita alegria e bem-estar, além de promover um convívio sempre agradável e reconfortante. Se você não curte lidar de perto com os bichos, deveria experimentar, garanto que não vai se arrepender. Eles só atacam, quando se sentem ameaçados. A relação entre humanos e animais deve ser de muito respeito, é claro que o entendimento deve partir do “animal racional”. É óbvio!

Pucca - Não há nada mais verdadeiro que o amor de um cachorro. (Arquivo pessoal)

Como já falei, tenho convívio com animais desde criança, mais especificamente com os cachorros e sempre recebi muito amor por parte deles. Lembro com saudade de quando eu e meu irmão éramos crianças pequenas e nós tínhamos um cão enorme da raça Boxer, que era literalmente o nosso protetor. Ele cuidava de nós como se fosse gente e ainda era ciumento. Ai de quem chegasse perto!

Já adolescentes, moramos no interior por um tempo e uma certa vez, encontramos um gatinho filhote abandonado, nessa época meus pais não queriam nem ouvir falar em criar animais, porque tínhamos acabado de perder um cachorro que amávamos muito e ainda estávamos muito tristes. Mas, não havia a remota possibilidade de eu e meus irmãos deixarmos aquele animalzinho indefeso, entregue à própria sorte.

Foi então que tivemos a ideia de colocar ele na casa dos meus avós, que era vizinha à nossa e estava fechada. Lá o gatinho estaria protegido e nós organizamos uma força tarefa para cuidar dele, sem que meus pais percebessem. Nisso, se passaram muitos dias e o consumo de leite da casa aumentou “inexplicavelmente”. Sempre pegávamos um pedaço de bolo a mais, carne, arroz, frutas, tudo para proporcionar uma dieta diversificada ao nosso filhote.

Enfim, nosso gatinho adotado cresceu saudável, até que se sentiu forte o suficiente para encontrar uma rota de fuga, numa casa nada preparada para gatos e foi embora para nunca mais voltar. Acredito que nossa missão chegou ao fim, com sucesso. Foram muitos os bichinhos que passaram pela minha vida, todos eles me marcaram e me tornaram uma pessoa mais feliz. Com eles eu acertei, errei, mas com certeza, aprendi a ser uma pessoa muito melhor.

Atualmente, tenho um cachorro chamado Lion e cuido esporadicamente de muitos outros. Eu não tenho a mínima habilidade para compreender, como pode existir pessoas tão miseráveis e capazes de maltratar os animais, que são seres indefesos, que só merecem o nosso amor e proteção. Para mim, indivíduos que maltratam animais, são capazes de tudo, inclusive agredir e ferir outros humanos. São pessoas desprovidas de qualquer sentimento bom.

"Aqueles que mais nos ensinam sobre humanidade nem sempre são humanos."

@marciamacedostos

Velha não, experiente!

Muito tempo sem postar por aqui e nesse período muita coisa aconteceu, algumas boas outras ruins, nada fora do normal, são apenas as conseq...