A intolerância é um comportamento mental definido pela ausência de aptidão ou desejo em admitir e respeitar as diversidades entre opiniões e religiões. Se analisada a partir de uma percepção política e social, a intolerância é a falta de interesse e vontade para considerar as pessoas que possuem pensamentos diferentes. O intolerante não tem paciência para ouvir um ponto de vista diferente do seu.
Para
haver harmonia no convívio em uma sociedade democrática, é necessário trabalhar
a aceitação para aquilo que não se quer e ter serenidade para ouvir as opiniões
que divergem das nossas. A intolerância está cada vez mais enraizada entre os
povos e provocando o enfraquecimento de valores importantes como o amor e o
respeito ao próximo.
Conviver
com as diferenças não é algo simples e fácil, somos seres humanos diversos, com
convicções, pontos de vista, credos, crenças e com particularidades
específicas. Por causa dessas diferenças, ocorrem com frequência uma falta de
educação social e casos de desrespeito e intolerância, por conta de conceito
político, nacionalidade e naturalidade, orientação sexual, raça, religião, etc.
Geralmente,
as demonstrações intolerantes promovem violências, algumas delas com absurdas
proporções, a exemplo do Holocausto, uma das maiores tragédias da raça humana,
que ocorreu na Alemanha durante o Nazismo. Desde que o mundo é mundo a intolerância
sempre existiu, muitos impérios foram construídos em cima de muita brutalidade
e extermínios de populações inteiras. O regime de colonização também se originou
através de muita perseguição e crueldade, além da crença na superioridade
racial que resultou na escravidão.
Como
medida de prevenção contra barbáries, como as que aconteceram na Segunda Guerra
Mundial, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou em 1948, a Declaração
Universal dos Direitos Humanos (DUDH). O documento estabelece os direitos
fundamentais dos seres humanos, sem discriminação de classe social, cor,
língua, nacionalidade, opinião, raça ou sexo.
De
acordo com estudiosos, existem três principais motivações para práticas
intolerantes: crises políticas e econômicas - que fortalecem grupos políticos
que defendem condutas intolerantes; individualismo e imediatismo - as pessoas
não pensam no coletivo e não aceitam pontos de vista diferentes; isolamento e
cultura do medo - a dificuldade de admitir quem não é semelhante, provoca a
segregação de grupos.
A
intolerância nas redes sociais promove vários conflitos sociais e pessoais e é
um ponto que merece atenção, pois os intolerantes acham que a internet é terra
de ninguém e que podem se comportar de uma forma absurda e intransigente. Intolerância
religiosa, homofobia, misoginia, racismo, xenofobia são alguns exemplos de
práticas intolerantes que crescem no Brasil e no mundo, apesar de tão
amplamente combatidas.
Para
alcançarmos uma sociedade mais justa e saudável, é necessário identificar e
eliminar os comportamentos intolerantes. Não existe a mínima possibilidade de
que as pessoas compartilhem sempre da mesma crença, opinião, origem ou classe
social, a sociedade é diversificada e para ser de fato uma democracia é
imprescindível que haja empatia e respeito.
Com a frequência dos conflitos humanos e sociais, praticar a tolerância se tornou um recurso vital para sobrevivência. A tolerância possibilita uma espécie de escudo de preservação da nossa saúde mental e física. Uma pessoa tolerante tem a inteligência emocional e mental muito bem desenvolvidas e busca sempre ser mais evoluída e compreensiva com aquilo que é avesso à sua realidade.
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